19- Falando com meus irmãos

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*POV  ANSELISE*


Voltamos pra Illéa e chegamos meia noite no palácio. Meus irmãos já tinham ido dormir e meus pais já estavam em seu quarto. Kile pegou a minha mala e a dele, me deixou na porta do quarto, me deu um selinho e foi para o seu quarto. Eu estava acabada, não vou desfazer minhas malas e nem quero ser a princesa mimada e mandar alguém fazer isso por mim.

Acho legal isso que meus pais fazem, só temos empregados para as tarefas necessárias, e nada de empregados à disposição, bem apenas tia Marlee e porque ela quer.

Tomo um banho e vou direto para cama, mal deito nela e apago.

- Lise. Lise acorda - Sinto mãos me sacudindo com delicadeza, abro os meus olhos e encontro olhos castanhos escuro como os do papai me encarando

- Olá Harry. Que saudades - Eu disse depois de um bocejo. - Que horas são?

- Já são onze horas. Você perdeu o café da manhã, mas eu pedi para tia Lena fazer isso para você. - Disse apontando para frente da cama, tia Lena é uma das cozinheiras.

Quando eu olho tem um carrinho de café da manhã, com um pouco de tudo que eu gosto.

Torta de maçã, bolo de laranja, cookies de chocolate com menta e suco de laranja para acompanhar, tudo em pequenas porções para não desperdiçar.

- Nossa Harry você que pediu isso para mim? – Disse.

- Sim. Sei que você não gosta de perder refeições, isso te deixa irritada, e eu não gosto de ver minha irmã favorita irritada.

Desde que Harry fez dez anos, ele começou a não se importa mais com que nossos irmãos pensam, o favoritismo pelo qual é o irmão favorito é óbvio, mas Harry sempre tentou não os magoar, porém ele era sempre descuidado e magoado pelos outros, então começou a deixar explícito que eu sou sua irmã favorita.

Agora com seus doze anos ele realmente não se importa mais.

Harry agora está maior, mais esperto e menos bobo. Ele ainda tem o mesmo corte de cabelo, os mesmos olhos amáveis e o mesmo sorriso contagiante.

- Obrigada Harry, agora vem, me dá um abraço. Senti sua falta baixinho. - Disse agarrando o meu ruivinho.

- Eu também senti sua falta. Sua palha blindada, agora come senão eu como.

- Tá bom. Senta aí. - Disse dando um lugar na cama para ele. – Antes, pegue aquela bolsa que está em cima da cabeceira. Essa mesmo, pegue a última barra, é a sua.

- Chocolate belga! Flocos com menta! Valeu Lise, eu vou comer.

- Depois do almoço! - Eu o cortei. - Se quiser comer alguma coisa pode pegar do meu café, essas barras já têm hora para ser abertas.

Harry abriu um sorriso malicioso, sabia o que eu estava falando, eu e ele apenas na sala de cinema comendo doces para cacete, à meia noite.

É uma coisa nossa fazermos de vez enquanto.

Ele apenas guardou a barra na minha bolsa e se sentou ao meu lado. Comeu um pedaço de torta e ficamos conversando, ele perguntou porque eu fiquei mais tempo viajando, e eu perguntei como a Haly está, enfim, colocamos o papo em dia.

Quando acabei o café, avisei que ia tomar banho e falar com nossos irmãos e pais, e confirmei minha presença na sala de cinema mais tarde. Harry saiu do quarto com um sorriso no rosto e eu depois do meu banho fui para o quarto de Katherine.

- Olá. Katherine? - Ela não estava, então fui para o quarto de Kaden.

Ele estava escrevendo alguma coisa e quando eu entrei ele guardou rapidamente, e me olhou constrangido.

Kaden está agora com dezesseis anos e parece muito com meu pai. Minha avó me mostrou uma foto do meu pai quando tinha a idade dele e é assustadoramente idêntico.

- Olá Kaden. Que saudades. - Disse lhe dando um abraço apertado.

- Como foi a viagem? E por que demorou mais para voltar? Aconteceu alguma coisa?

- Calma Kaden! Bem comigo não aconteceu nada, e eu não autorização para contar o que ouve, mas você vai saber em pouco tempo.

Ele revirou os olhos em sinal de impaciência.

- Não seja criança Kaden! Você vai descobrir logo. Bem você sabe o estar a Kath?

- Na sala de música. Não quer visitas, brigou com a mamãe e com o papai.

- Com o papai? Ela nunca briga com o papai.

- Eu sei. Agora vai falar com o Osten, eu sei que você já falou com o Harry.

- Ok. Até mais tarde. - Beijei a sua bochecha e antes de sair me virei para ele e disse: - O que você estava escrevendo Kaden?

- Nada que interfira diretamente na sua vida agitada mana. Coisa minha, nada o que se preocupar. - Me lançou uma piscadela e eu saí.

Bati no quarto de Osten e ouvi um “entre”. O encontro apenas de bermuda fazendo embaixadinhas dentro do quarto.

- Olá Lise que bom que voltou! E aí como é que foi lá?  - Ele me deu um abraço apertado, com seus catorze anos recém completos ele desfruta de suas paixões livremente, que é jogar futebol e estudar.

Expliquei novamente o porquê de não poder contar. A rainha Elizabeu exigiu sigilo, com direito a quebra de aliança a quem revelar a informação.

- Como eu vou saber de qualquer jeito por que você não conta?

- Porque eu sou uma pessoa honesta, eu disse que não ia contar e não vou.

- Aí tá! Chata.

- Bobo. Vou falar com a Amberly, só vim dar um oi, até mais tarde. - Lhe dou mais um abraço e saio para falar com Amberly.

Eu entro em seu quarto e a encontro lendo em sua cabeceira.

- Oi Amber. - Disse lhe dando um abraço por trás.

- Oi Lise, como vai? - Disse retribuindo o abraço.

- Está lendo o que?

- Memórias de uma Criança Anti - Real, a Continuação de um Sonho! - Disse animada.

- Essa história é dividida em quantas partes?

- Até agora cinco! - Disse animada.

- É né, porque você ler "Memórias de uma Criança Anti-Real" desde que tinha menos de dez anos.

- Eu sei. Eu e Maven mandamos cartas para o escritor pedindo continuações, na verdade foi o Maven quem me deu esse livro.

-  O nível de nerdice de vocês é anormal, bem só vim aqui te dar um oi, vou falar com a Kath.

- Boa sorte. Ela está na sala de música têm quatro dias, só saiu para dormi e ir ao banheiro. Ela come lá, e eu tenho certeza que está com um cheiro horrível.

- Mas o que aconteceu? Ela estava feliz e alegre quando eu fui viajar.

Ela se sentou em sua cama e me olhou com o seu olhar "lá vem bomba".

- Mamãe e papai disseram que ela tem que escolher um pretendente, de sangue real ou não, até fazer dezoito anos.

- Por que? Eles nunca me cobraram isso.

- Mas você sempre teve um pretendente Lise - Ela disse revirando os olhos. - Você, Kaden e Harry não precisam dessa cobrança, já sabemos o que provavelmente vai acontecer.  Nossos pais até se preparam politicamente para isso. Mas nós, no outro lado da moeda, temos o futuro incerto.

- Entendo, vou tentar falar com ela, obrigada. - Lhe dou mais um abraço e sigo para a sala de música.

Acho que eu vou ter que resolver alguns problemas, tá na hora de retribuir o sigilo da Kath.

Sonhos Reais, Primeira Parte (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora