Capítulo 7

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Dominic sabia o que seria feito agora, a notícia da morte da bruxa logo chegaria aos membros do Conciliábulo e sendo a última Laveau era imprescindível que ela voltasse para continuar a linhagem poderosa.

Dominic sabia que isso não ficaria assim, com certeza eles começariam a corrida para reverter a situação, isso se já não tivessem começado, pensou sentindo asco somente de imaginar como isso seria feito, mas ele não podia permitir que essa alma voltasse. Não podia arriscar que isso acontecesse, não depois de tanto trabalho e espera.

Dorian o sondou. — A última mulher que teve contato com a bruxa deve ser usada para trazer um ancestral de volta a vida para repor a linhagem perdida do Coven. Você sabe como os bruxos são fanáticos com isso de linhagem e força de nome. E sem uma Laveau no conciliábulo, mesmo que seja uma mequetrefe como essa cafetina, o poder dos bruxos sobre os clãs de vampiros irá enfraquecer e duvido que eles fiquem de braços cruzados.

Dominic assentiu pensativo, já sabia disso e Dorian gargalhou e bateu no próprio peito onde descansava a pedra vermelha.

— Agora... O que eu quero saber é quanto tempo irá durar essa liderança meu irmão. Pois se eles conseguirem trazer a Laveau de volta então terão força para nos subjugar novamente e caso isso aconteça eles irão se virar contra nós e quando os covens se unirem contra os vampiros nada restará de nossa raça. Não podemos com eles, é sabido.

Dominic apertou os olhos. — Tem razão, foi uma jogada arriscada, como você sabe, pensar não é o meu forte, esse é o seu talento, de todo modo não estou preocupado com isso, a vingança pelos nossos foi feita.

Dorian o encarou e seus olhos castanhos mostravam preocupação genuína. — Nosso clã está praticamente extinto, não teremos forças contra tantos. É necessário fazer alguma coisa.

Dominic assentiu. — Você é o líder, isso que importa agora e ainda temos os que nos são fieis. Não se preocupe com a garota.

Dorian assentiu pensativo. — Fez bem, não podemos permitir que os bruxos a levem. Somos poucos e não somos unidos.

— Os Voloshin sempre foram unidos. — Dominic ponderou em seguida soltou um suspiro. — Mas restaram tão poucos, somos os mais fortes do nosso clã agora.

Dorian riu. — O que não quer dizer muito já que somos os únicos nascidos e isso me leva a outra questão. Se temos capacidade de procriar normalmente, esse é um fator a se considerar para aumentar nossa força um dia.

Dominic sorriu. — Se tivermos, então você deixou bastardos por todo estado de Louisiana, e quem sabe alguns outros ao redor.

Dorian assentiu rindo. — Não me ofenda seu depravado, é você que não pode ver uma bela moça que tem dormir com ela, não é?

Dominic levantou uma sobrancelha. — Essa parte luxuriosa ficou toda para você Dorian, você que não sabe segurar seu pau vampiresco dentro da calça, eu não entendo essa sua fome.

— E eu não entendo essa sua passividade com as necessidades do corpo Dom. Acho que você é impotente e não quer me contar, fica dizendo que não aceita qualquer uma ao seu lado na cama, no entanto acho que mente. Tenho certeza que quando nascemos a virilidade veio toda pra mim e para você restou a impotência. Hu? O que me diz? Vai finalmente me contar seu segredo? Vai me dizer que é verdade?

Dominic não respondeu, Dorian nunca entenderia, e nem ele se entendia na verdade, mas ele não sentia desejo facilmente. Apreciava a beleza do corpo, a beleza do rosto e dos olhos, mas era somente isso, faltava alguma coisa para fazê-lo querer sexo. Sorveu um gole diretamente do pescoço de sua vítima e mal sentiu o gosto, ainda estava pensando sobre isso, talvez Dorian estivesse certo, talvez para ele tivesse restado apenas o bom gosto ao apreciar uma bela mulher e mais nada.

Irmãos VoloshinOnde histórias criam vida. Descubra agora