Capítulo I

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Tenho 17anos, idade em que todos os adolescentes passam por uma fase pouco simpática das suas vidas. A minha mãe diz que eu não sou uma adolescente normal porque não faço esterismos, birras, dramas ou algo parecido, mas o que ela não sabe é que ao fazer-se esses tipos de coisas estou a jogar-me para o campo ''alerta, filha adolescente vai-se matar'' dos meus pais e isso seria um erro já que gosto e quero ser externamente adulta.
Apesar disso sou horrivelmente monótona, gosto de coisas de ''teenagers'', boas músicas, saidas com amigos, fumar um charrito às escondidas dos pais, o que é na minha opinião um bocado estúpido porque todos os pais sabem que os filhos fazem essas coisas, festas até às tantas e o vicio da internet.

Estava mais uma vez no meu quarto, perdida no mundo da música rock, punk ou indie rock. Este tipo de musica faz-me ficar em transe, em sintonia comigo própria.

Batem a porta, reconheço que é o toque da minha mãe, mais uma vez aquela mulher decide estragar a minha boa vida.

Filipa- Sim mãe? -disse eu baixando o volume da musica, ela abre a porta e enfia a pequena cabeça dentro do meu quarto.-

Mãe- Filipa, está vestida? -eu apontei obviamente para a minha roupa-, pois bem, quero que saiba que eu e o seu pai vamos sair a um jantar e a Leonor vem tomar conta de si.

Filipa- Sim mãe, divirta-se. -ela assentiu e retirou-se do quarto fechando a porta-

Claro que eles iam sair, óbvio que iam sair. Saem sempre, a sorte é que fico com a companhia do meu gato, Ruby, que é horrivelmente gay. risos, muitos muitos risos. A sorte é que ia ficar com a Leonor, uma velhota meio simpatica lá do bairro que se disponibiliza por 50€ para tomar conta de mim, mas na verdade, eu podia partir a casa toda e ela nem dava conta.

Mas pronto, eu aprendi a viver assim desde muito nova, e descobri coisas novas, como o sexo, ai o sexo, doce sexo pela manhã, pela tarde, pela noite fora até ficar com o corpo a tremer de cansaço. Desde dos 14 anos que já não sou virgem, dei uma queca com um miúdo a quem eu chamava de namorado, um atrasado qualquer que me deu o meu primeiro orgasmo.

Filipa, don't go. - ashton irwinOnde histórias criam vida. Descubra agora