Capítulo VIII

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Filipa- Oh meu Deus. -tentei não gritar-

Eu sentia-me a tremer, nem sabia o que dizer. Ele olhou-me confuso.

Ashton- What's wrong?

Não sei porquê apeteceu-me bater-lhe. What'swrong? Meu grandeotário, ésoAshtonIrwin!

Finalmemte as palavras surgiram na minha cabeça e eu tentei-me acalmar, mas devia parecer um tomate.

Filipa- kid is lost, name is Thomas. -solucei olhando aqueles braços perfeitos que me faziam parecer pequenina-

Ele pareceu imensamente sensibilizado, tal como o outro homem, mas desta vez ele tomou consideração por mim e reparando que eu não era australiana, inglesa ou americana, chamou um outro homem com quem o Ashton teve aos segredos. Parecia um nerd com uns 45 anos. Tinha um casaco creme pelo joelho e uns óculos que lhe ocupavam metade da cara. Sónos filmes.

Ele olhou-me sorridente e esticou-me a mão para eu a apertar. Assim o fiz. Ele fez um gesto para eu falar. Masoqueéqueohomemqueriaqueeudissesse?

Filipa- Hello.. -disse baixinho-

Ele abanou a cabeça negativamente e da sua enorme mala tirou um caderno que ao ser aberto mostrou as bandeiras de todos os países do mundo. Aí, finalmente, entendi que ele queria saber a minha nacionalidade.

Foi passando, com o dedo, devagarinho por todas as bandeiras. China, Rússia, Itália, até que poisou o dedo na bandeira de Portugal. Levei um dos meus dedos até à mesma e ele fechou o livro sorrindo.

Dr. Yuri- Boa tarde menina, sou o doutor Yuri. -esticou-me novamente a mão- Tradutor oficial da banda australiana, 5 seconds of summer.

Filipa- Sou a Filipa. Sou uma miúda. -apertei a sua mão-

Ele riu-se um pouco. Estava tão aliviada por saber que ele era brasileiro, nem sei porquê.

Dr. Yuri- Precisa de ajuda para alguma coisa?

Filipa- Eu e mais uma senhora australiana andamos à procura do neto dela, o Thomas, mas até agora não encontramos ninguém.

Ele virou-se para o Ashton, o único membro da banda ali presente, e explicou o sucedido. O Ashton como um perfeito cidadão australiano deu de ombros e virou costas prestando atenção a outras coisas, muito mais importantes no ver dele do que um miúdo de seis anos perdido. Filho da puta.

Dr. Yuri- Lamento Filipa mas não.. -olhou-me- não vimos nenhum miúdo.

Filipa- Obrigada Dr. Yuri, e diga aí ao seu patrão que é pessoas iguais a ele que me dão vontade de cuspir em cima. -virei costas não me importando o que tinha dito-

O raio do Dr. sendo um bom empregado disse tudo o que lhe tinha dito e aquele cabrão do Ashton limitou-se a revirar os olhos.

Aquele rapaz por quem eu tinha uma crush tornou-se um rapaz tão odiado por mim, que se o ódio psicológico mata-se ele já nem estava ali a coçar o e a arma-se em puto rico.

Fui ter com a Lauren que continuava com aquele ar desesperado, era esperou pela resposta da minha procura e abanei a cabeça negativamente. Ela era tão forte, ela nunca baixou os braços, aquele neto devia ser tudo para ela. Será que a minha mãe também ia à minha procura se eu desaparecesse?

Ficamos mais umas horas à procura do miúdo mas nada. Eram quase horas de jantar e a minha tia devia estar quase a aparecer em casa. Agarrei a Lauren pelas mãos e esforcei-me ao máximo para dizer algo de jeito.

Filipa- Sorry Lauren, I need to go! Call me if Thomas.. you know.* -dei-lhe um papelinho amarrotado com o meu número e abracei-a com força.

Ela agradeceu toda a ajuda que tinha dado e beijou-me a testa abandonando assim aquele local. Deus, se ele existir, queteprotejaThomas.

Mal cheguei a casa fui bombardeada com perguntas, mas apenas dei uma resposta.

Filipa- Estive a ajudar uma velhota a procurar o neto, e não, não o encontramos. -olhei cada corpo à minha frente-

O meu tio foi o primeiro a a avancar. Deu-me um abraço caloroso enquanto me beijava a cabeça.

Tio- Estou orgulhoso de ti.

Não respondi. A minha garganta parecia ter um nó e o meu coração estava esborrachado, não só por causa do Thomas mas tambem de eu ter conhecido o Ashton Irwin e ele não ser aquilo que eu tinha sonhado. Eu juro ter pensado que ele era um rapaz querido e atencioso mas é o contrario. É uma pessoa sem coração, falso e um miúdo mimado que só vê dinheiro. Fiquei muito magoada só queria chorar e para me consolar, queria chorar nos braços do meu Ashton Irwin, o meu sonho.

Depois de jantar nem quis ver as novelas com o meu tio, fui-me logo enfiar no meu quarto e chorar. Chorar de raiva, de pena, de desilusão. Chorar em frente ao computador vendo figura mas que por trás daquilo era tudo uma mentira.

Queria despejar tudo isto que sentia. Decidi ir ao twitter, uma rede social utilizada pelos adolescentes, e pesquisar: AshtonIrwin. Depois de dois segundos de procura, apareceu o twitter daquela besta. Não publicava nada há mais de 16 horas, porém mesmo sabendo que ele não estava online, decidi mandar-lhe todos os palavrões que conhecia, mandei-lhe quem eu era, mandei-lhe a 'nossa' conversa de hoje à tarde, mandei-lhe tudo. Queria que todos vissem que aquele merdas que andava aí era um completo fingindo.

Desliguei o computador quando senti os passos da minha tia pelo corredor. Enfiei-me na cama e estava com tanto nojo de tudo que pensei que não iria dormir, mas felizmente os meus olhos comecaram a pedinchar por descanso mas eu não queria dormir, ou melhor não conseguia dormir, a minha mente pensava que afinal que os meus pais nem sao tão maus como aparentam ser. Apesar de um pouco desinteressados eles amam-me se nao faziam como o Ashton davam de ombros e viravam costas assim que eu nascesse mas não, ficaram comigo. Ao pensar nisto fiquei mais calma e pareceu-me sentir a minha mãe a fazer-me festas na cabeça. Os meus olhos fecharam-se devagarinho e eu adormeci. Boa noite mãe, boa noite pai, boanoiteRuby, boanoiteLaureneboanoiteThomas, onde quer que estejas.

* DesculpeLauren, precisode ir! Ligue-meseoThomas... você sabe.

Filipa, don't go. - ashton irwinOnde histórias criam vida. Descubra agora