Capítulo XIII

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*********************************** Filipa **************************
'' Ashton, eu preciso de ti, e se esta era a resposta que esperavas, aqui a tens. Todos dizem que és uma memória adolescente, uma coisa passageira, mas eu estou apaixonada por ti. E sabes porquê? Porque me arrependi de tudo o que te disse, sem ter pensado duas vezes. Se calhar és uma pessoa maravilhosa, e na verdade, eu apaixonei-me por uma ilusão e acredito que ela seja real. Um grande beijo Ashton.''

O meu pai saiu do meu quarto e eu abri a janela novamente, acendi o meu cigarro enquanto pensava no que escrevi para o Ashton. Está uma noite gelada, nem parece uma noite de verão. Está calma, inaudível, persistente no frio e a única coisa que me aquece é o fumo que sai da minha boca.
Estou segura de que quero mesmo voltar a encontrar-me com o Ashton, apesar da dificuldade do acontecimento, mas tudo é possivel se afincarmos trabalho e suor. Não sei se valerá a pena, mas basta um sorriso sincero da parte dele para tudo ficar bem, para eu me sentir completamente bem.
Um último bafo e já estou a pensar no pouco que acabei de escrever. Está bom, está simples e claro.
Apago o cigarro e fecho a janela, aninho-me na minha cama já gelada e penso. Penso no amanhã que já é hoje e que esse trás consequências. Penso nas palavras ditas e não ditas. Penso nele e na existência de um romance. Mas espera, eu sou um bocado burra a inglês. Mas que se dane as dificuldades, há coisas piores. Se não salvar um romance, salvo uma amizade, se não salvar uma amizade, salvo o respeito e a dignidade de duas almas no mundo.
Levanto-me por mais um cigarro e vou caminhando pela casa. Está um gelo. Como se a porta da rua estivesse aberta permitindo que o frio se instala-se pela casa a fora. Vou até á cozinha onde fico a fumar. Eu, um cigarro e uma chávena de café. Tão clichê, tão necessário. São quase 6 da manhã e o sol começa a nascer. Gosto de adormecer ao nascer do sol porque tenho medo do escuro da noite. Gosto de adormecer ao nascer do sol porque gosto de dormir no barulho, o silêncio atormenta-me.
Ouço um despertador e caminho lentamente para o meu quarto, fecho as portadas, abro a janela e deixo-me adormecer pela brisa da manhã.

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Filipa, don't go. - ashton irwinOnde histórias criam vida. Descubra agora