Epílogo

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Acaboooooou! :(

Ah, gente... MUITO OBRIGADA por me acompanharem em mais uma aventura. Espero que tenham se apaixonado tanto quanto eu. Foi tudo feito com muito carinho. Fico feliz em saber que vocês ainda estão por aqui comigo. ♥ Que venha a próxima! \o


Alexandre

Dois anos depois.

Sinto a areia fofa nos meus pés enquanto caminho pela beira da praia. É verão, época em que a pensão lota, que a correria aumenta, mas que acaba se tornando algo gratificante. Depois de uma reforma, com a minha ajuda, e com os lucros que ela veio dando, a pensão ficou ainda mais acolhedora. Clara e eu não paramos um minuto sequer. Não tenho do que reclamar. Não, porque sei que no final do dia eu vou deitar e ter a minha mulher ao meu lado, me encarando com aqueles olhos intensos e cheios de paixão.

Quem diria que eu estaria tão feliz, vivendo um amor verdadeiro, que me faz, inclusive, parecer um tolo quando vou contar a alguém. Sempre faço questão de espalhar aos quatro cantos o quanto tive e tenho sorte por ter encontrado a Clara. Essa praia, esse paraíso, as pessoas que nos rodeiam, nada consegue ser melhor.

A cada vez que eu fecho os olhos consigo visualizar o dia especial do nosso casamento. Foi aqui mesmo, na beira da praia, com o padre celebrando do píer, com a brisa do mar batendo nos nosso rosto, com a música tocando baixinho, os convidados sentados nas cadeiras organizadas e com a noiva entrando, vestida com um longo branco, os cabelos soltos esvoaçantes e um buquê de rosas nas mãos. Naquele momento eu só quis leva-la de volta para casa e aproveitar nosso dia.

Isadora estava radiante. Com o Guilherme ao lado, ela entrou como dama de honra, carregando as alianças com o sorriso no rosto. Caetano e a família também estavam presentes.

— Papai, papai! — O grito eufórico me faz virar a procura da voz. — Olha o que eu achei.

Sorrio ao pegar as conchas que Luís me entrega cheio de empolgação.

— Muito bem, meu garoto.

Passo a mão na sua cabeça, bagunçando as mechas negras.

Luís foi nosso primeiro presente depois do casamento. Depois de uma luta para conseguir adotar uma criança, o destino colocou esse anjo na nossa vida. Infelizmente, de uma maneira que vai machucá-lo no futuro, já que a mãe o abandonou na porta do centro de apoio, há um ano. Sem pensar duas vezes, Clara ficou com ele. Com a ajuda de boas advogadas, conseguiu registrar a criança no nosso nome. Devo confessar, não foi fácil. Até porque em questão de leis, tudo fica mais difícil; mas como o juiz era alguém conhecido, acabou cedendo. Claro, sem que isso se tornasse público.

Agora, esse pequeno menino, negro e cabelos curtos, com uma energia pulsante e uma inteligência que me faz ficar embasbacado, me deixa orgulhoso. Mesmo que não tenhamos o mesmo sangue, ele é meu. Meu e da minha mulher. Da única que eu quero permanecer pelo resto da vida.

Meu pai não tentou entrar em contato e minha mãe muito menos. Eu não me importo também. Quero viver minha vida sem ter o fardo de pessoas com energias ruins me rodeando. Isadora agora está na faculdade de medicina numa cidade a duas horas daqui. Para a minha saudade que martela no peito, ela mora por lá. Vem todos os finais de semana. O que é bom, porque o foco dela permanece nos estudos. Não que eu não goste dela com o Guilherme, mas é bem melhor que ela pense primeiramente no futuro.

Admito, ele é um bom rapaz. Nesse tempo que está namorando minha filha nunca o vi fazendo nada de errado. É trabalhador, e agora com Isadora incentivando, ele também está estudando. Eu torço para que dê tudo certo entre eles, mesmo que eu ainda visualize a minha primogênita como uma eterna criança. Aquela menina de cabelos longos que sempre corria pela casa, causando um alvoroço e me deixando louco com sua imperatividade.

Recomeçando ao seu ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora