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Minhyuk foi prensado de uma vez contra o armário de metal do time de lacrosse. O canto de sua boca estava machucado devido ao soco que recebera de Haejun, e o triste é que não podia revidar. Certamente, um dos socos de Minhyuk deixaria Haejun sem dentes e provavelmente atravessaria seu crânio. E naquela altura do campeonato, o que Minhyuk menos queria era matar alguém de novo.

— Ei, Haejun — Youngjae o puxou para trás, para longe do corpo magricela de um Minhyuk que escorregou pelo armário e sentou-se no chão — controle-se cara. Se continuar assim, você vai perder o título de capitão do time.

Haejun olhou o Chae como se o fosse matar, mas apenas suspirou pesadamente e deixou o vestiário.
Com o olhar, Youngjae perguntou "sério, Minhyuk?", que fez com que o Yoo risse da própria desgraça.

— O que você fez para irritar aquele cara? — Youngjae estendeu a mão para o amigo, o qual a aceitou de bom grado, levantando após.

— Disse que o capitão devia ser inteligente nas jogadas, senão íamos perder outra vez hoje à noite.

Youngjae respirou fundo, controlando a vontade de arrastar a cabeça de Minhyuk contra o metal do armário.

— Não vou contar a Kihyun o que aconteceu hoje — Youngjae murmurou — mas você fica me devendo uma.

— E "com me devendo uma", você quer dizer que devo ser seu escravo como das últimas vezes? — o Chae riu.

— Você vai fazer meus trabalhos dessa vez.

Minhyuk rolou os olhos, mas sorriu depois.

— Posso conviver com isso — Minhyuk respondeu.

No caso de você estar pensando que está tudo em seu devido lugar, nada está aonde deveria estar. A começar pela paixão de Minhyuk, que partiu sem deixar rastros: Jooheon.
Após terem trocado carícias naquela noite, Jooheon desapareceu. Minhyuk ficou desnorteado ao amanhecer, tentou falar com o Lee, mas ele não queria ser encontrado.

Minhyuk continuava devastado, mas não deixava isso transparecer, caso contrário, preocuparia seus pais. E a última coisa que aqueles dois precisavam era de problemas. Se bem que Minhyuk é o epítome de problema.

O Lim empurrou a porta transparente do Traveler, seguido de Youngjae e abaixou-se quando viu que Kihyun jogou uma faca. Não era para acertar o filho, e sim Changkyun. Só que o último mencionado desviou. Youngjae esbugalhou os olhos, o coração faltou sair pela boca quando o objeto afiado passou próximo de seu rosto.

— Eu vi você com ele, Changkyun! — Kihyun bradou da cozinha. Minhyuk não se preocupou em dizer que havia chegado, e fez com que Youngjae o seguisse até o andar de cima.

— Eu não estava com ninguém, Kihyun. Me escute, só dessa vez! — Changkyun praticamente implorou.

Kihyun riu desdenhoso.

— Você vem dizendo que está viajando há um mês. Eu não reclamei em momento algum, mas acho que seu filho merece sua presença.

— Nem preciso! — Minhyuk berrou do andar de cima. Kihyun foi no quarto de Minhyuk e, em um piscar de olhos, o trouxe para baixo — preciso sim — o Lim mais novo reformulou a frase, e Kihyun deixou-o ir.

— Nós não somos mais a mesma família de um ano atrás, Changkyun.

Changkyun pensou em protestar, mas seria pior.

— Estou começando a pensar que foi um erro ter deixado você me transformar.

E aquilo quebrou o pobre coração de Changkyun.

— Eles estão brigando sempre que chegamos — Youngjae disse quando Minhyuk passou pela porta do quarto e a fechou.

— É assim faz um bom tempo.

— Acha que eles vão se separar? — o Chae sentou-se na cama.

— Eles se amam tanto que eu nem sei dizer a intensidade daquilo — Minhyuk suspirou — mas eles se amam o suficiente para dar espaço um ao outro. Mesmo que esse espaço leve mil anos.

Youngjae molhou os lábios e tentou disfarçar o clima tenso dentro do Traveler.

— Quer sair, Minnie? Ir ao shopping, fazer qualquer coisa. Não será bom caso você fique aqui.

Minhyuk assentiu e pôs as mãos nos bolsos, seguindo Youngjae pelas escadas.

— Aonde vai, Minhyuk? — Kihyun perguntou do balcão.

— Não me espere acordado.

E os dois garotos deixaram o café. Kihyun jogou o pano que usava para limpar o balcão para o lado, irritadiço. Essa não era sua ideia de viver seu "felizes para sempre" com Changkyun. Estava tudo se despedaçando aos poucos.

A porta de vidro foi empurrada outra vez, e pelo faro, Kihyun sabia quem era. Por isso, deixou que um sorriso desabrochasse: Tuan.

— O que faz aqui? — indagou o vampiro.

Mark riu soprado e sentou-se em uma das cadeiras.

— Você parece precisar de um amigo. E eu preciso de companhia para ir à uma festa hoje — Kihyun achou ótima a ideia — e aí, o que me diz, Kihyun?

REISENDER: ZERO 「 Changki, 2Won, Joohyuk 」Onde histórias criam vida. Descubra agora