Capítulo 88

2.5K 149 10
                                    

Pov. Anastacia

3 meses depois

Estou tão feliz, a minha barriga está tão grandinha e agora me encarando na frente do espelho vejo com maior exatidão o volume imenso que ela adquiriu e agachando observo e acariciando o volume com as mãos e sorrio como uma boba. Afinal para todos os efeitos sou uma gestante de primeira viagem.

— Hey mamãe está tão feliz meu amor... - sussurro falando com o meu bebé.

Não tem maior felicidade que essa. Poder falar com o meu filho e saber que mesmo dentro de mim ele possa me entender, pois se mexe, chuta igual um belo goleiro.

— Quem está pronta para ir na consulta? - Christian irrompe entrando no quarto e fica estático me observando semi nua. - Que visão maravilhosa! - diz ele vindo até mim e se agachar na frente da minha barriga e beijá-la com delicadeza. - Papai te ama, ouviu? - sorrio fechando brevemente os olhos com essa declaração.

— Eu te amo! - anuncio para ele.

Christian se coloca de pé e olha nos meus olhos, é como se o mundo parasse de girar nesse exato instante de nossas vidas. A minha respiração trava ficando falha e a minha atenção toda cai sobre os seus lábios macios e incessantes que tantas vezes mergulhei fundo não os querendo jamais largar.

A sua boca aproxima da minha num movimento lento, como se estivéssemos ambos em transe e sem mesmo dar conta pouso as minhas mãos no seu quadril, ele no meu e uno os meus lábios aos seus como a forma vinculada de uma moldura de um retrato. Em que ele é a moldura, eu o seu retrato vivo.

A sua boca move calmamente na minha abrindo um caminho tranquilo para investir sua língua saciante na minha que a espera envolvida por uma temperatura amena, mas que entra logo em convulsões, quando encontra o seu par de dança sensual. Ambas se envolvem tão ativas e é avassaladora a forma de como se tocam, pegam e entram em plena combustão no interior de nossas bocas que se movem mais urgentes e precisas agora.

Rapidamente me vejo ofegando sem parar, querendo respirar sem conseguir e ter os pulmões aqui dentro gritando socorro, um socorro que ninguém escuta, que o coração bate furioso, o oxigénio não entra para oxigenar toda essa corrente de adrenalina que anda travando. Christian é assim, um fogo arde, mas não se vê. Não que o esteja comprando ele a um soneto de Camões, mas ele é perfeito e nos dois somos mais felizes juntos que separados.

Quando o beijo cessa abro os olhos e percebo que ele me encara de mãos depositadas em cada lado do meu rosto rubro. Pois até isso ele continua arrancando de mim como na primeira vez.

— Vamos? Estou louco para saber o sexo do nosso filho! - a sua voz é cheia de emoção e sorrio boba já sentindo uma lágrima atrevida atravessar no canto do olho.

— Sim, sim, sim... - dou mais um selinho e trato de me arrumar direitinho.
Quando saio do quarto Christian entrega a sua mão para mim e envolvo a minha na sua e ambos entramos no elevador seguidos por Taylor que se mostra sempre sereno e calmo.

Ao descermos os meus nervos começam pesando a pique e para ficar mais calma deposito atenção na barriga volumosa. Logo a mão de Christian deposita em cima dela, passando com suavidade os seus dedos de pianista. Os meus olhos sobem ao encontro dos seus e vejo que está tão feliz.

— Está crescendo forte e rápido! - sopra para mim baixo e as portas se abrem.

Taylor sai na frente para ir pegar o Audi R8 e Christian me alça a mão para seguir com ele apesar de estar boa demais para me locomover sem ajudas, mas sei que ele só está tentando ser um cavalheiro e amo isso.

Start again a new chance for LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora