― Eu nunca esperei tanto pra algo! ― Nilo reclamava enquanto batia o copo sobre a mesa antiga de madeira.
― Como você é extramamente mimado. ― Sol não tinha paciências para exigências vazias, ainda mais vindas de Nilo.
― Estamos aqui há horas! ― Gritou ele afim de que o garçom ouvisse e fosse ao encontro deles. ― Mas o que esperar de uma espelunca que tem luz neon?
― Pare de gritar. ― Sussurra Sol.
― E que o banheiro é simplesmente imundo. ― Comenta Estrela, chegando do local mencionado com uma expressão de nojo estampada. Checando com os olhos o solado de seu salto.
― Você está morta. Mortos não urinam. ― Comenta Nilo.
― Banheiro também tem espelhos, e preciso deles para...
― Inflar seu ego? ― Nilo interrompeu a fala dela.
― Retocar a maquiagem. ― Ela corrigiu.
O bar não era muito aconchegante, mas fora o único que acharam a beira da estrada, no caminho até Terra Nova. Construído de madeira, era escuro por dentro, iluminado apenas pelas luzes neons no teto e no balcão. Nas prateleiras, também de madeira, que ficavam na parede, nas costas do balcão, separados apenas pelo garçom, havia alguns pregos grandes, cujos alguns estavam com panos pendurados, usados para limpar o balcão. Além dos três irmãos, ocupavam aquele ambiente apenas o funcionário e um cliente que já estava de saída.
― Obrigado. ― Obrigado você. Espero-te amanhã senhor Williams. ― Tchau garoto. ― Despediam-se o funcionário e o senhor que aparentemente visitava o estabelecimento todos os dias.
― Acho que a gasolina está acabando. ―Disse Nilo ouvindo a porta do bar fechar.
― É serio que está dizendo isso agora? Passamos por um posto a uns dez quilômetros.
― E provavelmente só haverá outro na cidade. ― Completou Sol, a fala de Estrela.
― Eu perguntei a este idiota como estava o tanque, ele disse que estava cheio.
― A dez quilômetros estava.
Sol ergue-se da mesa, enquanto os irmãos discutiam e caminhou até o balcão. Sentou-se em um dos bancos, que rodeava a parte externa. Apoiou seus cotovelos sobre a madeira e a cabeça na palma da mão, enquanto sorria para o rapaz que servia os drinks.
― Você poderia me informar onde fica o posto de gasolina mais próximo? ― Sol perguntou.
― A uns doze quilômetros, na chegada da cidade vizinha.
― Droga! ―Exclamou com raiva. Contudo, ao perceber o olhar apreensivo do rapaz, voltou a esbanjar um sorriso malicioso. ―É que acabei ficando sem gasolina, sabe? Porém eu acho que vi uma caminhonete ali fora. É sua?
― É sim. ― Disse o menino orgulhoso. Havia comprado com seu trabalho aquele carro.
― Um lindo carro. ―Elogiou completo de interesse. ― Seria muito abuso meu pedir uma carona? ― Sol olhou o garoto dos pés a cabeça, erguendo as sobrancelhas ao chegar à altura de sua boca.
― É que... ― Por mais que o rapaz tentasse dizer não, algo no olhar de Sol o atraia de uma forma tão intensa, que seu cérebro, agora, mal juntava palavras para uma frase.
― Eu ficaria muito, muito grato.
― Claro! Tudo bem. ―Afirmou tão animado, que mal conteve um sorriso.
― Eu posso ir dirigindo? Afinal você trabalhou o dia todo e tem o caminho de volta, que é bem longo.
― Sim! ― Tirou as chaves de dentro do bolso, levando-as até as mãos do vampiro.
Os pedidos de Sol mal eram finalizados e as respostas já estavam prontas. O garoto estava tão cheio de luxuria, que não percebeu que os olhos mágicos do rapaz a sua frente, o hipnotizava.
Sol não segurou as chaves, mas sim a mão de Marcos. Puxou-o lentamente para mais e mais perto, e o pobre jovem era atraído como um imã. Perto o suficiente para seus lábios estarem a centímetros de distancia. Entretanto Sol o empurrou, com tanta força, que sua cabeça se chocou contra um dos grandes pregos da prateleira. Com a rapidez do arremesso, a chave foi jogada pelo rapaz e o vampiro pego-a no ar. Sague escorria pela boca do rapaz, enquanto seus olhos arregalados não entendiam o motivo.
Sol ergue as sobrancelhas, vendo o garoto dar seus últimos suspiros. Estica-se um pouco e penetra suas unhas no braço da vitima.
― Coloque-o na camionete. ― Ordenou aos irmãos.
― Por que o marcou? ― Questionou Estrela.
― Ele é o primeiro ser humano não desprezível que eu conheço. Ele tem potencial. Sem contar que gerar ele será um passatempo agradável para nossa mãe, enquanto não pegamos a garota.
― E você quer transar com ele. ―Completou Estrela.
― E eu quero transar com ele.
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Banshee
VampirCeleste Damart após ter sonhos proféticos descobre que faz parte de um mundo sobrenatural. Tendo que lidar com seus novos poderes, a garota se ver ameaçada e fonte de caça de criaturas não humanas repletas de intenções, para ela, desconhecidas. Terr...