Capítulo nove: suspeitos?

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   A viatura de Alicia chegou onde os vampiros haviam abandonado o carro. Lá já estava a policia da cidade vizinha e seus detetives. Dizem que policiais de delegacias diferentes não se dão muito bem. A expressão de Alicia, que demostrava um ar de superioridade, faz qualquer um crer que isso é um fato.

― Boa noite, policiais. ― Demostrou educação.

― Estão atrasados, policiais. ― Ele olhara para trás de Alicia. ― Acho que devo mudar essa frase para singular. Houve um sequestro. E isto é um veiculo abandonado repleto de sangue de uma possível vitima. E a policia de Terra Nova nos manda, apenas, uma policial?

― Garanto que sou mais competente que todos os seus homens. ― Respondeu-o sem retirar a expressão de superioridade do rosto. ― Nossos homens estão cuidando de outro caso. Casos estes de sua delegacia, que mandou vinte corpos para nossa corporação investigar. Por que mesmo? Falta de competência, policial?

― Estamos com o dobro de corpos para investigar, policial Martin.

― Então se mandou partes de um único caso para a nossa corporativa, devo pensar que é devido nossa competência, certo? ― Questionou-o. ― Então não duvide de nosso empenho para manter a segurança da nossa cidade. ― Ela sorriu. ― O que temos?

Ele parecia irritado por tamanhas afrontas, mas sabia que viria mais de onde aquelas vieram.

― Temos impressões digitais do sangue presente na carroceria. Batem com o desaparecido: Marcos Cordeiro.

― Suspeitos? ― Perguntou-o enquanto ambos se direcionavam a caminhonete.

― O último a vê-lo com vida foi um velho.

― Nome? ― Pediu com autoridade. ― Por favor.

Ele respirou profundamente, abriu uma pasta contendo informações sobre o caso.

― Rodolfo Zhuntamrt Williams. ― Gaguejou, não sabia qual a forma correta de pronunciar o sobrenome.

― Temos depoimento? ― Ela encarava o sangue mais de perto.

― Segundo ele, depois de sair do bar, só restaram três pessoas lá e, claro, nossa vitima.

― Descrições? ― Ela abaixou, olhando o sangue que escorria para baixo do carro.

― Dois homens e uma mulher. Ele disse que lembra somente de que um dos rapazes tinha cabelos brancos.

― E veja só o que achamos. ― Disse um perito enquanto se aproximava com um fio de cabelo branco, de mais ou menos uns sete centímetros; dentro de um plástico transparente, usado para colocar provas.

― Não deve haver muitos rapazes de cabelos brancos por ai. Vou chegar os registros da delegacia, façam o mesmo e prepare o exame de DNA para este fio.

― Isto tudo está encaminhado. ― Respondeu o policial.

― Ótimo! ― Ela respondeu. 

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