Malditos olhos cor de ébano. Malditos olhos que possuem poder sobre cada parte do meu corpo. Maldito seja o detentor de olhos tão escuros e profundos, de orbes tão significativas. De tão hipnotizantes e belos mirantes, que se comparam aos céus mais belos e estrelados que qualquer homem que já colocou os pés sobre o solo terrestre pode ter visto.
E o que poderei ser eu, a não ser mais um fanático poeta fascinado por estes olhos?
Os olhos que me trouxeram cor.
Meus próprios mirantes, tão opacos e obscurecidos, cobertos apenas pelo óculos de grau de armações redondas, céticos em comparação ao resto do mundo, se levantaram dos antigos e empoeirados livros de mitologia apenas para se encontrarem com os seus. Você foi extremamente bom em me dar um pouco de seu brilho, Park Minhyuk.
E como poderia agradecer eu, um simplório amante de histórias tão antigas quanto os homens mais velhos da Terra?
Os olhos que me cativaram profundamente.
Página 178. Afrodite. Um chá fraco e frio jazia ao meu lado. Chá que quase derrubei ao encontrar seus olhos cravados nos meus. E naquele momento, não consegui mensurar mais nada. Mitologia misturou-se ao real, e como se agraciado com a beleza de todos os Deuses, de todos os panteões, você apareceu. Ah, Minhyuk, como poderia eu explicar sua beleza descomunal com apenas palavras? Poesia parece-me simplório demais. Etéreo parece-me eufemístico demais. Você é selvagem. E suave. É como o encontro entre dois polos opostos, é como se o preto e o branco formassem uma nova cor, totalmente diferente e desconhecida aos olhos humanos.
E que tipo de bom mortal eu fui, para ser agraciado com tal beleza?
Park Minhyuk, você é Afrodite. Você é Zeus e Hades. Você é gelo e fogo, sedução e suavidade, pureza e malícia. Palavras não são suficientes para descrever.
E eu? O que é Yoon Sanha, num mundo aonde existe você?
Eu sou apenas um poeta. Um poeta inspirado por cada toque, cada percepção, cada beijo e cada visão. Eu sou sensorial e inteligível. Eu sou o que apenas chamam de apaixonado. Apenas aquele que está com um pequeno caderno e que com uma caligrafia sonolenta e rebuscada escreve devaneios de amor às três, quatro, cinco da madrugada para aquele que é Cupido, Vênus e Himeros.
Park Minhyuk, você me cativou. Você agora me tem. Agora sou eu a maçã que antes caminhava entre seus lábios. Agora sou eu o morango que deliciosamente degustavas quando eu estava por perto.
E quando eu penso que meu coração parou de acelerar, encontro teus olhos.
Ah, malditos olhos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
♡♡┆sanhyuk ↬ aphrodite means death ˎˊ˗
Hayran Kurgu❝ malditos olhos. malditos olhos cor de ébano, pelos quais eu me apaixonei perdidamente. maldita beleza comparável a de afrodite, que me cegou para todo o mundo, menos para você. eu soube, no momento em que olhei seus olhos: eu não teria escapatória...