二十

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Changbin lê sua última mensagem com um sorriso bobo nos lábios, se perguntando como um jovem em seus quase vinte anos conseguia ser tão fofo e careta ao mesmo tempo. Seus olhos reviram, mas não é em ignorância, é quase como se achasse aquilo fofo.

   — Está vendo esse olhar, Chan? — Jisung pergunta, apontando para o que agora guardava seu celular. — É o olhar de quem está apaixonado.

   — Conhecemos muito bem — Minho brincou, deitando sua cabeça no ombro do namorado.

   — Conversando com o Hao? — Chan perguntou, apoiando sua face em uma de suas mãos, enquanto a outra se concentrava em algum cálculo da faculdade de física.

   — Olha o sorrisinho no rosto dele, se não for o Minghao, ele achou uma fanfic fluffy namkook do wattpad — Jisung rebate, abraçando Minho pelos ombros e dando um beijinho na sua cabeça.

— Nossa eu não posso nem mais rir de uma piada no meu celular que já sou o doido apaixonado — o acusado diz, revirando os olhos. — Mas, afinal de contas, por que a gente ainda está aqui?

Já eram quase quatro e meia da tarde, e os quatro amigos estavam ainda no campus da faculdade. Chan estava fazendo um trabalho para sua classe avançada, os pombinhos estavam de namoro e o que sobrou se perguntava o porque de ainda não estar em casa, pintando algumas telas sem ninguém para interferir.

— Porque hoje é uma das nossas Consagradas Sextas-Feiras — Jisung lembrou. — E você sabe como comemoramos as Consagradas Sextas-Feiras.

— Mas já? Ainda estamos no começo do mês — Chang se pergunta, franzindo as sobrancelhas e puxando seu celular de dentro da bolsa, abrindo o calendário.

— 'Tá aí, olha — Chan aponta com seu lápis. — A segunda sexta-feira do mês de fevereiro. Não vai me dizer que esqueceu da nossa tradição.

   — Nem tem como esquecer dessas coisas, Chan. É que hoje é dia 8, não é culpa minha que às vezes a gente adia até dia 17 — o mais baixo dá de ombros e guarda novamente seu celular. — Mas isso ainda não explica o porque de estarmos aqui.

   — Antes de irmos pra minha casa, temos que deixar o Minho na aula de dança e esperar ele sair — Jisung comenta, olhando a hora em seu telefone. — E acho melhor já irmos levando ele lá, sua aula começa às cinco, né?

   — Sim, das cinco as seis — o casal se levanta e nos encara.

   — Já vou, já vou — Chan comenta, também se levantando e puxando o baixinho pelo braço. — Vamos, Changbin, não me deixe de vela.

   — Ya! — Jisung exclama, com a sobrancelha franzida. — Vocês têm é sorte de serem vela pra mim, imagina se eu ficasse me pegando com o Minho toda hora que nem uns casais por aí? Aí vocês iam saber o que é ser vela de verdade.

   Changbin meio que concordou em sua cabeça. Mesmo quando saía apenas com o casal, eles sempre davam um jeito de colocar Chang no meio, conversar com ele é trocarem o mínimo de toques possível, para não deixá-lo desconfortável. Era até raro ver os dois trocarem algo além de um selinho, abraços e beijo no rosto, talvez por isso todos se sentissem tão confortáveis na presença de Minho.

   — Achei que tivesse parado de fazer aula depois do incidente com aquela maluca — Chan fala, chamando a atenção do dançarino.

   — Eu saí daquele instituto, agora estou fazendo numa escola nova aqui perto, as aulas começaram essa semana.

   — Ele disse que o professor é bem novinho, mas é muito legal — Jisung conclui, dando a mão para o namorado. — Hyunjin está fazendo aula lá também, né?

@darkkingOnde histórias criam vida. Descubra agora