Capítulo 18 - Eu não sou uma mimadinha, já você...

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"Primeiro eles te ignoram, depois riem de você, depois brigam, e então você vence." - Mahatma Gandhi

POV Percy

Paciência nunca foi uma das minhas virtudes. Como filho de Poseidon, eu era impulsivo, tal como o mar. Era uma de nossas brincadeiras. Brooke, por outro lado, era calma e muitas vezes até fria e calculista demais. Nós dizíamos que isso se dava ao fato dela também ser filha de Atena, já que Annabeth e Malcolm apresentavam o mesmo tipo de personalidade.

Bem, só que os dois loiros conseguiam conter sua frieza quando estão perto de pessoas. Brooke consegue fazer isso, mas... É diferente, como vocês já devem ter percebido.

Enfim, eu achava que Harry compartilhava da mesma paciência que Brooke ou até mesmo Damon demonstravam, mas eu estava errado. De novo.

- Como ele ainda não está preso? Achei que vocês tinham dito que tinham provas suficientes para...

- Harry, não é tão simples quanto parece. – o corto. – A parte fundamental ainda não está lá, falta uma peça para o quebra-cabeça e aí sim poderemos desmascará-lo perante a sociedade.

- Você só diz isso, tio Percy, mas não faz nada! – exclama.

- Não compete a mim fazer, e sim a sua mãe. – reviro os olhos. – Ela tem um plano para acabar com isso, só que não disse a ninguém. Nem mesmo a seu pai.

- Faz um mês que estamos nisso. – ele inspira pesadamente, os olhos ficando vermelhos. – Não aguento mais.

Ele queria chorar, eu sabia. Só que, como filho de Brooke, possuía o mesmo defeito dela: Vergonha de expressar uma fraqueza a alguém, mesmo que seja a um membro da família.

- Eu sei, Harry, eu também estou cansado. – suspiro. – Mas já vai acabar, eu lhe prometo.

- Eu espero que sim, tio. Quero nossa família unida de novo, quero viver em paz, ser normal.

- Você não é normal, Harry, e não digo isso por ser filho de dois empresários incríveis e excelentes pessoas. – comento, fazendo o garoto bufar. – Você é inteligente, curioso, até demais para alguém da sua idade, isso não é normal. Mas isso é você, e isso é ótimo.

- As crianças não sabem o que estão perdendo ao deixarem de ler Harry Potter. – dá de ombros. – Ou fazerem equações do segundo grau, ou...

- Já entendi, Harry. – rio. – Por Deus, sua mãe fez um ótimo trabalho com você.

- O que quer dizer?

- É como se eu a visse quando olho para você. Digo, quando ela era criança, era exatamente assim. – aponto para ele.

- O que aconteceu?

- Ela cresceu, viu e ouviu algumas coisas. Não foi a melhor das infâncias, apesar das regalias. – explico. – Brooke aprendeu cedo demais que o mundo não é exatamente um mar de rosas como todos fazem parecer às crianças.

- Eu também aprendi.

- Não, Harry, não aprendeu. – sorrio. – O mundo é muito mais do que apenas isso que estamos passando.

- Você me subestima demais, tio Percy. – coloca as mãos nos bolsos de seu casaco, sorrindo. – Ainda me vê como um garotinho.

- Ah, e você é o que? – brinco.

- Touché. – murmura. – De fato, eu não sou um homem ou um adolescente, mas creio que você me entendeu. Eu não falava de idade real, mas em questão de maturidade...

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