Capítulo 18 - Escolhas

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Em certos momentos da nossa vida, a gente sabe que fez a escolha certa, a gente recebe de bom grado o prazer em que a mente mergulha pelo acerto e nada naquele bem estar sem preocupações. E foi assim que Sasuke se sentiu.

Com o corpo colado ao de Naruto, prensando-o contra a parede da cabine, tudo no que podia pensar era em como estivera louco para repetir aquilo. A satisfação foi automática, e ele se recriminou por ter demorado tanto tempo para tomar uma atitude. Seu coração dava saltos, regojizando-se enquanto a boca quente de Naruto parecia querer devorar a sua por completo; beijava-o com a mesma fome e desespero, as mãos sentindo os cabelos loiros como há tempos vinha sonhando em fazer e a língua compartilhando o sabor da bebida e o trocando pelo gosto quente e erótico de Naruto.

Suspirou, o aperto das mãos de Naruto em sua cintura o arrepiava, a firmeza com que esfregavam os corpos um no outro o deixava excitado e ansioso por mais. Os dentes de Naruto o provocavam, mordiam seu lábio inferior antes que fosse chupado em meio a um sorriso provocante.

Ah... sim, sim, sim! Segurou o rosto de Naruto com desejo, sentiu-o abrir as pernas e foi natural colocar a sua entre elas, sendo recompensado pelo gemido rouco que Naruto soltou ao jogar a cabeça para trás e olhar desfocado para o teto. Sugou-lhe os lábios, mordeu a linha da mandíbula e quis provar o gosto da pele, a curiosidade levando sua boca ao pescoço alheio para que mordidas e chupões fossem depositados sem pudor ou restrições.

Intenso, exatamente como havia descrito para Shikamaru. Tudo com Naruto parecia intenso demais, como se eles não acendessem apenas uma chama, mas sim decidissem entrar de vez na fogueira apenas pelo prazer de sentirem a pele queimar e o coração ceder. Não eram apenas toques, não eram beijos e suspiros, eram olhos cegos pela sedutora cortina do desejo, era o desespero de fundir os corpos para fazer o outro entender a insanidade que os governava.

Naruto arfou, o chupão que recebia no pescoço o acompanharia no dia seguinte e mais uma vez ele teria dificuldade em esquecer o quão doce era a boca de Sasuke. Apertou com vontade os quadris dele, os corpos se esfregando em um frenesi que, Deus, como Sasuke conseguia lhe deixar tão perdido!?

O coração batia sem ritmo, ou era ele que estava tão imerso em tantas informações que já não sabia mais dizer... Empurrou Sasuke até a privada, a tampa abaixada permitiu que não perdesse tempo e o fizesse se sentar para então lhe ocupar o colo.

Sasuke arregalou os olhos para o tom entregue de sua voz quando Naruto se sentou exatamente sobre seu membro, a boca já estava ocupada no segundo seguinte, a língua de Naruto o convidando a se perder enquanto a mão dele lhe puxava o cabelo para trás. Sentia a afobação, gostava dela... Naruto era como um oceano revolto, intenso, desordenado, forte, e Sasuke tinha certeza de que sempre seria arrastado por aquela correnteza.

Quis senti-lo, quis tê-lo por completo sob suas mãos como se elas tivessem todo o direito de lhe explorar o corpo, como se nada fosse mais natural do que poder apertar as coxas de Naruto, escorregar as mãos aos glúteos dele e o puxar ainda mais para si, gemendo baixo pelo rebolar que recebia.

A sensação de Naruto era de caos, o mais intenso e excitante caos. Seu corpo fervia, o álcool ajudava um pouco nisso, mas não podia negar, nem se quisesse, que Sasuke o tinha refém. Havia possessividade, delicadeza não era algo que compartilhavam, os toques deixavam claro o desejo, como se as mãos quisessem marcar a fogo todo e cada lugar novo que conheciam.

Sensíveis, a prova de que aquilo já estava além de qualquer controle era que estavam sensíveis demais a tudo relativo ao outro. Os suspiros arrepiavam, os pelos se eriçavam e faziam Naruto puxar o cabelo de Sasuke e se inclinar para aprofundar ainda mais o beijo. Os gemidos roubavam de Sasuke a noção de tempo e espaço, tudo que ele queria era continuar ouvindo o som grave e baixo que arranhava a garganta de Naruto ao escapar dos lábios deles aos seus.

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