Olá, minha gente! Sim, desculpem a demora. Como expliquei no Facebook e no Twitter, eu tinha um projeto para entregar até dia 10/03 e um intercâmbio durante o mês de Janeiro todo, por isso não pude atualizar a história. Massss já to de volta.
Outra coisa é que as postagens agora serão às sextas-feiras! Semanalmente ou, no máximo, quinzenalmente ;)
Ino olhou o celular em mãos sem saber o que fazer. Estava no metrô, sentada em um dos bancos com o vagão balançando enquanto ouvia a música em volume baixo no celular. A cabeça estava confusa, podia dizer que, desde o momento em que flagara Hanabi até então, ainda estava em choque, tentando compreender o que tinha acontecido. Bem, era óbvio o que estava acontecendo, ela não era idiota, mas, ainda assim, era... irreal demais.
O som estava marcado em sua cabeça, quantas vezes já não o havia ouvido naqueles anos todos no ballet? Uma das bailarinas que havia se suicidado já tinha parado três vezes no hospital pela bulimia, e não dava para esquecer como era entrar no vestiário feminino antes da aula e ouvir aquele som... Odiava-o, com todas as forças, tinha nojo, chegava a ficar arrepiada só de lembrar porque, céus, era tão difícil ficar longe daquela doença quando todos ao seu redor pareciam dispostos a abraçá-la como se fosse normal...
E então havia a expressão de Hanabi, a surpresa, a vergonha e o medo quando a encontrou do lado de fora do banheiro... Não houve tempo para perguntas, embora Ino estivesse certa de que não teria conseguido dizer nada enquanto Hanabi a encarava em pânico. Os olhos se encheram de água conforme os segundos se prolongavam, Hanabi sabia que ela havia entendido, e por isso fugiu, sem lhe dar tempo para...
Para o quê?
O que faria?
O que diria?
O começo de sua adolescência inteiro havia sido marcado pela presença da psicóloga repetindo que ela não precisava daquilo, que ela devia se aceitar, se amar, que não devia ir pela cabeça dos outros... Ino orgulhava-se de nunca ter cedido, de ter sempre permanecido longe daquele abismo que a engoliria se olhasse demais para ele. A porta do banheiro por muito tempo fora algo que ela sequer encarava, convencendo-se toda vez a nunca se demorar lá dentro, fugia como se cada segundo ali fosse tentador, ainda mais depois que Orochimaru virou seu professor... As coisas haviam melhorado depois que Sasuke, Neji e Sakura entraram em sua vida. Os amigos davam um tipo diferente de suporte e, mesmo que Sasuke e Neji não fossem de demonstrar seus sentimentos com facilidade e fossem difíceis de ler, eles sempre pareciam acertar o momento em que ela precisava de socorro, de conforto, de alguém para se colocar entre ela e aquela maldita porta.
Hanabi era a modelo ideal, quase inalcançável, por que ela... por que logo ela? Não conseguia aceitar. E, quando havia saído às pressas, despedindo-se de todos no automático, por um momento, um breve e rápido momento, seus olhos se encontraram com o de Konohamaru. E ele sabia. Pela forma como ele correu na direção que ela havia acabado de vir, Konohamaru com certeza sabia. Então: por quê??
Mordeu o lábio, incrédula demais para sentir raiva no momento, mas não o bastante para não reparar na grossa lágrima que tinha escorrido pelo rosto e agora secara. O olhar se perdeu na paisagem através do vidro. Os passos que a levaram pela estação foram impensados, um torpor gélido e desagradável, como se o cérebro estivesse congelado e ela não conseguisse obrigá-lo a raciocinar, a sentir o que quer que fosse. Não se sobressaltou quando o braço de Neji passou por seus ombros, mesmo sem lembrar quando tinha ligado para o amigo. Ele ficou em silêncio enquanto esperava que ela dissesse o que havia acontecido. E foi naquele momento, quando os lábios enfim verbalizaram o que tanto a assustava, que os olhos se encheram de lágrimas, como uma torneira a ser aberta de repente:
VOCÊ ESTÁ LENDO
Não pare a Música
FanfictionA dança é composta por vários elementos. Você tem a coreografia, o tempo, a música, o dançarino, a técnica... várias partes que tentam se somar para produzir um único resultado que tende à excelência. Contudo, entre uma nota e outra tocada pelo pian...