Acertos

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– Holmes, isso pode ser perigoso! – Watson falou assim que leu o papel.

– Mas não menos excitante meu caro! – O detetive respondeu com um meio sorriso.

– Não conheço mais ninguém que ficaria feliz com uma coisa dessas. – Lestrade falou aflito.

O que você pretende fazer detetive Holmes? – O policial perguntou.

– Watson, você quer dizer nós. – Sherlock falou apontando dele para Watson e vice-versa com um pequeno sorriso brincando em seus lábios.

– Não Holmes. Você quer dizer você! – Watson rebateu novamente exasperado – Tenho um jantar com os pais da Mary.

– Rita! – Sherlock bateu com a palma da mão na própria testa.

– Que tem ela? – Questionou Watson.

– Pedi para que ela fosse ao hospital. Tenho algumas coisas que gostaria de perguntar. Preciso ir para casa. Ela pode estar me esperando.

– E quanto a mais esta charada? – Lestrade perguntou ansiando por uma resposta.

– Qual é o lago mais fundo de Londres? – Sherlock perguntou astuto.

– Suponho que o Mirror High. – O policial respondeu de pronto.

– Tem um mapa Lestrade? – O detetive virou-se para o inspetor que foi sem demora buscar em uma de suas gavetas um detalhado mapa de Londres.

Sherlock abriu-o em outra mesa e com o dedo fez o caminho que utilizaria para chegar até o lago.

– Nos encontramos no lago Mirror High assim que o sol nascer, está bem? – Sherlock falou olhando para Watson e Lestrade.

Ambos assentiram.

– Vamos descobrir o que ainda nos espera. – Sherlock pronunciou pensativo com o olhar vago.

– Este caso é mais complicado do que eu pensava. – Comentou Lestrade.

– Sim.Você tem razão. Mas iremos solucioná-lo e temo que o fim disto tudo seja algo surpreendente.

– Surpreendente? – Perguntou o policial curioso.

– Exatamente. E igualmente decepcionante. Mas agora preciso ir. Até o amanhecer! – Sherlock falou com um gesto solene e se retirou.

Os três homens se entreolharam de soslaio curiosos e preocupados com o que estaria por vir e com o que Sherlock poderia estar escondendo.

– O que ele quis dizer...? – Lestrade questionou no que o policial deu de ombros e Watson fazendo uma expressão de dúvida, gritou para o amigo:

– Holmes! Irei com você!

Alguns minutos depois, chegando a Baker Street, Sherlock e Watson conversavam...

– Pensei que não viria comigo. – Sherlock falou já subindo na calçada de casa.

– Precisava lembrar-lhe do que peguei na mansão. O documento e o vinho. Não sei se irão lhe servir... – Eles pararam em frente a porta da casa – Mas achei interessante que você visse.

– Claro! O atestado de óbito da Sra. Valdéz, certo? Mas o vinho... Onde está?

– Nesta minha maleta. Não a largo para nada.

– Manias de médico. – Sherlock falou revirando os olhos.

– Tome. – Watson retirou do bolso de seu sobretudo o documento e logo em seguida, abriu sua maletinha quadrada e entregou-lhe também o vinho – Nos vemos logo cedo! E conte-me o que descobrir! – O doutor subiu levemente o chapéu em sua cabeça em sinal de despedida e foi ao encontro de sua amada Mary.

Sherlock Holmes e o Sumiço da Caixa EspanholaOnde histórias criam vida. Descubra agora