5- E N C U R R A L A D O

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Atenção:
• LINGUAGEM CONSIDERADA OFENSIVA É USADA NO CAPÍTULO.

Boa leitura !

E N C U R R A L A D O

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E N C U R R A L A D O

"Há 10 anos atrás"

Neste exato momento eu observo meus pais terminarem de se arrumar pra irem a tão esperada reunião de negócios que os trouxe aqui e não há nada que eu possa fazer a não ser observá-los.

Quer dizer, eu já tentei persuadi-los a me levarem mas não recebo nada mais do que caretas de desaprovação. Eles me ignoraram completamente, nem sequer perderam tempo a me responder.

Claro que isso só me fez sentir bem pior. Eu me sentia inútil e com essa rejeição acabei me sentindo indesejada. Parecia que quanto mais eu tentava ajudar, mais eles me empurravam e levavam em desconsideração.
Aos olhos dos meus pais eu era a filha birrenta que tentava a todo custo interferir na decisão dos adultos e eu precisava mudar isso.

Isso só me motivou mais a continuar xeretando essa história. Não era apenas uma questão de ajudar os meus pais. Não mais. Agora eu precisava provar pra eles que eu não era mais uma criança e que eu era bem útil quando levada em consideração. Só pela ignorância e por terem me subestimado eu decidi segui-los pra mostrar que eu descobriria que merda eles estavam tramando com ou sem o consentimento deles.

Eu convenci-os de que eu e Zary ficaríamos perfeitamente bem durante a sua ausência no hotel, comendo algumas pipocas e assistindo algum filme da tv. Mas meus planos eram outros, bem diferentes de ficar pegando filminho meloso na tv com a ela.

Esperei pacientemente enquanto eles terminavam de se preparar, fingindo prestar atenção ao filme que Zarya acabava de colocar.

Alguns minutos depois meus pais saíram da suíte principal da cabana em que nos encontrávamos hospedados vestidos de uma maneira formal e elegante. Minha mãe usando um vestido vermelho e meu pai com seu terno preto com uma gravata vermelha que acompanhava com o vestido de mamãe. Ambos pareciam estonteantes e fatais usando aquelas roupas que eu desconfiava serem Armani.

— Estão lindos, parecem até aqueles casais famosos que saem por aí nas revistas de fofoca. — Eu me dirigi aos meus pais.

— Obrigada filhote. — Respondeu mamãe.

— Embora estejamos muito distantes de ser um casal famoso em revistas de fofocas. Você sabe que nunca gostamos de exposição. — Acrescentou ela.

Aí está outra coisa que eu nunca havia entendido sobre os meus pais. Eles faziam o seu máximo para não estarem expostos à sociedade. E quando eu dizia o máximo era no sentido literal mesmo. Chegando ao ponto de maior parte dos trabalhadores da empresa da família nem sequer terem noção de quem eram os donos. Somente uma parte da direção da empresa tinha conhecimento sobre a sua identidade e meus pais juravam que eram pessoas de extrema confiança.

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