A expressão taciturna de Dereck era tão assustadora que arrancava arrepios por todos os poros do corpo de Noah ainda que mantivesse o olhar a desafiá-lo, seu temperamento explosivo o fizera chegar aquela situação, não podia e nem queria retroceder d...
Eu sinto a frieza em meu coração, adoraria que você estivesse comigo Adoraria se você pudesse curar a minha dor mais profunda
Você me leva para longe de todos os meus medos Mas estou preso em meu mundo de dúvidas Eu não estou livre para segui-lo Eu sei que você me daria tudo o que tem E você me daria sua mão com cuidado
Eu nunca irei esquecer o momento em que você me olhou nos olhos Quando eu toquei sua pele pela primeira vez, Senti o paraíso nas minhas mãos
Então eu tentei fechar meus olhos E estou sonhando em vão Em meus sonhos você sempre vai estar Em meus sonhos você me abraça apertado Nunca mais quis acordar de novo Não quero encarar a realidade Uma vez tão longe de mim Mas você sempre está em meus sonhos
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Natan ficava a espera de uma resposta de Noah, mas esse não tinha o que dizer, não queria de forma alguma machucar o amigo. Aquela declaração pegou-o totalmente de surpresa. Bem que Noah queria corresponder os sentimento de Natan, mas não podia, era como se o seu coração já tivesse dono, já tivesse sido entregue a muito tempo e não podia desviar-se de seu destino.
_ Natan... eu...
_ Não diga nada Noah, eu tenho consciência de que você só me vê apenas como um amigo, mas eu não podia esconder mais esse sentimento apenas para mim.
_ Eu não quero te machucar, você é muito importante para mim.
_ Eu sei, é tolo da minha parte imaginar que um dia você me daria uma chance.
_ Natan!
_Por favor, não diga nada. Se não posso ter o seu amor, me recuso a ter a sua piedade.
No caminho de volta para casa, novamente Noah carregava a caixa de transporte de Dereck no colo, Natan não puxou assunto era como se Noah não estivesse ali.
O tempo todo ele havia se concentrado na estrada ignorando totalmente a presença de Noah ali do seu lado. Ele parou o carro em frente a casa de Noah, esperando que ele descesse. _ Nos vemos amanhã.
_ Natan, me desculpa não corresponder aos seus sentimentos. _ Não é culpa sua Noah, eu não estou com raiva de você, estou com raiva de mim, porque te amo tanto mesmo sabendo que nunca irá me corresponder. O meu amor nunca será suficiente para você.
_Natan... _Até amanhã Noah.
Sem esperar por uma resposta, ele dava marcha ré e já manobrava o carro se distanciando. Noah ficava ali estático e somente quando o carro de Natan virava a esquina era que ele puxava a mala de rodinha com uma das mãos enquanto a outra se ocupava com a caixa do seu felino levando para dentro da casa.
_ É Dereck, vida de humanos é complicado, sorte sua que você é um gato e não precisa passar por isso.
Para tirar o cansaço da viagem Noah foi tomar um banho demorado para poder relaxar o corpo. Depois deitou-se sobre o sofá com o gato em seu colo alisando seus pelos, acabou pegando no sono e novamente foi levado em sonho por uma trilha até um casebre onde Dereck estava a sua espera, ele tocava uma música em um piano envelhecido pelo tempo, olhando a partitura.
Noah estava com um cálice de cobre em sua mão, tomando um gole do líquido que o cálice possuía, sem um pré aviso, Dereck se erguia de onde estava sentado e no mesmo instante o corpo de Noah foi preso entre o peso do corpo do sanguessuga e a parede, ele erguia os pulsos de Noah os prendendo acima de sua cabeça, seus lábios se encontravam com gula enquanto suas línguas serpenteavam, tão logo os caninos de Dereck ficava a mostra e ele cravava na curvatura do pescoço de Noah, sua artéria esguichava o néctar dos deuses para qualquer imortal, Dereck sugava avassaladoramente enquanto Noah sentia todo o frenesi que lhe transpassava por seu corpo e para que isso ficasse explícito ao outro suas unhas passava com força arranhando toda a parede deixando um risco onde suas unhas passavam, seus corpos rolavam de um lado a outro enquanto os dois se acasalavam, subiam pela parede, desciam pelo chão e os destroços seguiam seus rastros a medida em que seus corpo galgavam a amalgamar. Em seguida foi a vez de Noah fazer o mesmo com Dereck, arrancando um pedaço de sua pele com suas presas afiadas, que após o ato foi regenerada, quando saciados os dois saíram para caçar, a junção de seus corpos lhe aguçava a sede e juntos eles iriam em busca de uma presa.
Encontraram então um rapaz, cujo Noah conhecia com a aparência de Natan, não demorou para que Noah o seduzisse com sua beleza e o sorriso encantador que tinha, Dereck ficava apenas a observá-lo, e o rapaz não apresentou nenhuma resistência em acompanhar Noah até o casebre, ele se permitiu ser beijado, acariciado, e ter as roupas de seu corpo arrancadas, nesse instante Dereck aparecia.
_ Vai começar a festa sem mim Noah?
_ Sabe que nunca faria isso.
_ O que... quem é ele?
O humano perguntava olhando de um para o outro.
_ Ele... ele é o meu parceiro.
_ Vocês são malucos, eu vou embora.
_ Ah! Dereck, acho que você assustou a nossa presa.
_ Não foi minha intenção, sabe que adoro ser um bom anfitrião.
O rapaz começava a colocar as roupas novamente, Noah e muito menos Dereck fazia menção de impedi-lo, se mantinha calmo, dissimulados, e quando o rapaz estava se aproximando da saída as portas se fecharam, assustado o rapaz virava-se para trás.
_ Eu não queria que fosse assim, eu quis ser gentil, mas você não me permitiu.
No mesmo instante Noah estava de frente ao homem, arregalando os olhos o humano pode ver os caninos serem apontados e sem chance alguma de fuga viu Noah cravar-lhe os caninos em sua jugular, Dereck também vinha alimentar-se, o corpo do homem ficou extremamente mutilado e depois seus restos mortais foram jogados em uma vala.
Nesse momento Noah despertou, ele respirava com dificuldade, passava o dorso da mão na boca pois ainda sentia o gosto de sangue em sua garganta.
Em sua mente, ele misturava os acontecimentos reais e os transformava em fantasia, era difícil imaginar que seus sonhos houvesse de fato acontecido, era mais fácil imaginar que se tratava de uma fantasia.
