O Beijo mortal (romance gay vampiro)

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Os burburinhos sobre o acontecimento da noite anterior estava por todas as partes, era o assunto principal em todos os lugares por onde Noah passava, a impressão que tinha era que ninguém estava penalizada pela morte de uma garota tão jovem e sim especulando sobre o que tinha acontecido com ela, alguns diziam que ela havia sido atacada por uma gangue e por isso estava semi-nua, outros diziam que era um animal o responsável pelo ataque mas não sabiam explicar o por que a falta de roupas, enfim cada um procurava uma resposta plausível para o ocorrido. 

Ao contrário de todos Noah não queria saber o motivo, não estava a procura de notícias sobre o ocorrido, quanto mais pudesse esquecer que aquilo havia acontecido seria melhor, ainda lhe doía o fato de não ter sido capaz de reanimar a garota e que ela havia morrido em seus braços. Quando chegou na agência de modelo onde trabalhava, Natan o esperava:

_ Como você está? _ Suponho que tenha tido dificuldade para adormecer depois da noite difícil que tivemos.

_ Sim, demorei para dormir, a cena da garota morrendo nos meus braços ficou tumultuando meus pensamentos.

_ Deveria ter ficado em casa hoje para descansar.

_ Temos muito trabalho para concluir, não podemos nos dar ao luxo de ficar em casa descansando Natan.

_ Você é incorrigível mocinho.

Ele se deu por vencido, sabia que nada que falasse iria persuadir Noah a mudar o jeito que tinha, e assim que ele o deixou sozinho,  Noah  afundou-se nas papeladas entretanto vez ou outra se pegava a recordar da garota agonizando em seus braços.

O trabalho o faria esquecer:

_ Dona Dora por favor traga os arquivos pendentes para que eu possa avaliá-los.

Não demorou para que dona Dora trouxesse uma pilha de fotografia para serem analisadas, dentre tantas variedades Noah tinha a incumbência de escolher uma garota para começar a modelar representando a marca da agência fora do país e cinco garotas para comerciais, as tantas opções faziam com que ele tivesse dúvidas de sua escolha mas entre as escolhidas estava uma jovem chamada Desirré, seus cabelos cor de ferrugem e seu ar de inocência havia sido  o toque fundamental para que ela fosse a escolhida. 

_ Natan, veja essa garota, é a minha preferida o que você acha?

_ Acho que você soube escolher muito bem, ela tem um toque excêntrico bem expressivo.

_ Então acho que está decidido, peça que ela se apresente aqui, na quarta-feira no primeiro horário. 

Natan ficou olhando para Noah por um longo minuto até criar coragem:

_ Noah, você está com o ar cansado,  esse final de semana eu irei ter que ir para uma conferencia de moda, e bem que você poderia vir comigo, passar dois dias longe do trabalho irá lhe fazer bem. 

_ Não sei Natan, ainda tenho tantas coisas para resolver aqui na agência que não sei se sair esses dias irá dar certo.

_ Noah, você vive para essa agência, você tem que cuidar um pouco de você, sair um pouco, beijar na boca, a quanto tempo você está sozinho, você não sente falta de estar com alguém, de beijar, fazer um carinho... De transar?

_ Você fala como se eu tivesse alguém para isso.

_ Não tem porque não quer Noah, se você desse uma chance choveria pretendentes, talvez a pessoa esteja mais perto de você do que imagina. 

_ Quem sabe, talvez você tenha razão e eu preciso sair um pouco mais. 

_ Então aceite a viajar comigo, a passar esses dois dias longe de trabalho, apenas curtindo a minha companhia. 

_ Como recusar o pedido de um amigo que está sempre disposto a cuidar de mim?

_ É... um pedido de amigo. 

A última frase foi dito de forma inaudível. 

Já era tarde da noite quando Natan mais uma vez vinha tirar Noah de sua ocupação:

_ Já é tarde Noah, não acho seguro que fique até tarde na agência quando todos já se preparam para ir, ainda mais com os acontecimentos atuais que anda acontecendo.

_ Eu já estou indo Natan. Só preciso terminar de avaliar algumas informações sobre o desfile que acontecerá na semana que vem. 

_ Então eu ficarei com você até que termine, assim me asseguro que chegue em casa bem. 

_ Eu tenho a leve impressão de que as vezes você me trata como uma mulherzinha indefesa. 

_ Não... não é isso, eu apenas tenho cuidado, nós somos amigos, e você é tão distraído com o trabalho que não se dá conta do resto. 

Novamente os dois foram parar naquela lanchonete por insistência de Natan. Tudo parecia normal, até o momento em que a porta abriu-se dando passagem a um homem de uma aparecia singular. Seus cabelos negros realçavam o seus olhos castanhos escuro, a estrutura corporal era algo que chamava bastante a atenção pela sua perfeição em todos os aspectos, o olhar dele parecia um magnetismo que  me prendia pois desde que ele invadira o local eu não conseguia desgrudar o olhar daquela figura que permanecia ali parado apenas olhando-me, sim ele me olhava sem desviar por um minuto o olhar, e da mesma forma como surgiu ele virou-se deixando o local. 
Apesar de todos os olhares estarem sobre ele, o homem não se dirigiu a ninguém. Apenas virou-se e se foi:

_ Que homem estranho.

Natan tirava Noah do devaneio a qual ele se permitiu  aventurar-se. A estranha sensação de ser observado de forma tão intensa como jamais havia sido observado era quase perceptível através daquele estranho que apenas se limitou a olhá-lo antes de deixar o local contudo  o deixara com aquele sentimento de estupefacção. 

Em um rompante Noah erguia-se da cadeira a qual estava sentado, causando uma surpresa momentânea em Natan que lhe indagava:

_ Noah, aconteceu alguma coisa?

_ É o que... não, não aconteceu nada, eu apenas tenho que ver o meu gato. 

_ Gato? _ Eu não sabia que você tinha gato. 

_ É porque eu não tinha mesmo, ele apareceu ontem na minha porta e eu o acolhi. Eu preciso ir Natan, até amanhã.

_ Espera eu te levo.

_ Não!

_ Não?

As palavras saiam de minha boca automáticas. 

_ Eu preciso ir, até amanhã Natan.

O rapaz  caminhava olhando para os lados, aquele fenômeno de impressão de estar sendo observado não o abandonava e era como se ele procurasse entre o vazio alguém que estivesse ali, mas nada, não havia ninguém.