A expressão taciturna de Dereck era tão assustadora que arrancava arrepios por todos os poros do corpo de Noah ainda que mantivesse o olhar a desafiá-lo, seu temperamento explosivo o fizera chegar aquela situação, não podia e nem queria retroceder d...
A expressão taciturna de Dereck era tão assustadora que arrancava arrepios por todos os poros do corpo de Noah, ainda que mantivesse o olhar a desafiá-lo, seu temperamento explosivo o fizera chegar aquela situação, não podia e nem queria retroceder diante daquele homem que sempre o instigava com suas atitudes a desvendar o que ele escondia por trás de seu comportamento frio, sua postura ainda que impecável era sombria como se estivesse a ocultar o seu verdadeiro eu por trás de sua peculiaridade.
Noah não sabia explicar o efeito em que Dereck causava em seu espírito toda vez em que ambos se esbarravam, entretanto não conseguia passar imune a esse contato, levando-o a querer ir atrás de descobrir o que tanto o perturbava, e foi assim que chegou ao ponto em que estavam.Ele o segurava pela cintura, juntando seus corpos onde ele podia sentir sua temperatura gélida em seu corpo que estava em chamas, seus olhares por um segundo se cruzavam, como se a conexão os unissem em uma fração de segundos, por mais que quisesse Noah não conseguia desviar o olhar, era como se um magnetismo o atraísse em direção aquele olhar que o prendia fazendo sua respiração ficar a cada minuto mais ofegante:
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O início:
Noah não havia notado as horas passarem só percebendo que já havia anoitecido quando Natan invadia seu escritório.
_ Não acha que já trabalhou bastante por uma eternidade em um único dia, que tal ir para a casa descansar um pouco hein mocinho?
Noah sorria, a forma como Natan o tratava fazia ele parecer uma criança precisando de proteção, embora o rapaz fosse somente dois anos mais velho que ele, sempre o tratou de forma que o fizesse sentir-se um menino perto dele.
_ Já anoiteceu?_ O dia passou tão rápido que nem percebi as horas se passarem.
_ E com isso acaba se descuidando não é mesmo, você já almoçou hoje ou ficou enfurnado nesse escritório? _ E não adianta mentir para mim.
_ Eu comi sim.
_ Mentiroso. _ Tá bem você venceu, eu não comi nada, estava ocupado com as papeladas da agência que nem tive fome.
_ Vamos vou te levar para comer algo.
Noah não teve escolha a não ser acompanhá-lo, ele o levou a uma lanchonete próximo de onde estavam:
_ Está mais do que na hora de você arrumar alguém para cuidar de você, já que você não faz isso por si só, um casamento te faria bem Noah.
_ Para que eu preciso casar se eu tenho você Natan?
Natan quase engasgou ao ouvi-lo, todos sabiam do amor secreto que ele nutria por Noah o único que parecia ignorar esse fato era exatamente o próprio Noah.
_ Então devemos nos casar, assim eu teria toda autonomia para cuidar de sua alimentação.
_ Eu jamais o prenderia a uma união por puro egoísmo, somente para que cuide de mim.
_ Você sabe não é?
_ Sei o que?
_ Sabe que eu te a...
A frase foi interrompida por um grito horrorizado vindo próximo a lanchonete, todos os presentes saíram para olhar o que estava acontecendo porém nada avistavam, contudo o grito ainda ecoava pelo local. As expressões nos rostos de alguns deixava estampado o medo que sentiam evidente, outros se gabavam de serem corajosos e foram caminhando em direção aos gritos, dentre esses Natan.
_ Fique aqui Noah, eu e os outros iremos ver o que foi isso, não saia daí ouviu.
Noah concordou com um mover de cabeça, e Natan se afastou, quando eles retornaram, Natan carregava em seus braços uma jovem aparentando ter seus dezesseis anos, ela estava apenas em seus trajes menores, seus cabelos castanhos escuro vendava metade de seu rosto, aparentemente seu corpo inerte parecia estar sem vida porém seu coração ainda batia isso nos levava a crer que ela apenas estava desacordada.
Noah aproximou-se e no mesmo instante o corpo da jovem parecia convulsionar, ela se debatia e por mais que os homens a segurassem não impediu que seu corpo fosse ao chão, Noah abaixou-se sentando-se no chão colocando a cabeça da jovem em suas pernas ela ainda se batia de repente parou, ficando imóvel, Noah temia o pior e foi exatamente o que aconteceu, a jovem entrou em óbito. A jovem havia morrido em seus braços isso foi o suficiente para uma crise de choro no jovem que ainda mantinha a menina em seus braços.
A polícia e os legistas foram chamados ao local e todos os que ali se encontravam foram colocados na lista de depoimento, o arrolamento das investigações começariam após o colhimento das informações fornecidas por eles.
Noah foi o último a ser ouvido, seu depoimento não acrescentou muito aos que os outros já haviam informado, afinal somente o que ouviram foram os gritos e nenhuma informação da jovem conseguiram arrancar.
Quando ele foi liberado, Natan fez questão de levá-lo para casa:
_ Tem certeza de que está bem, não prefere ir para minha casa, lá poderei cuidar melhor de você, hoje enfrentamos um dia difícil.
_ Estou bem Natan, pode ir sossegado. Tenha cuidado.
Assim que Natan entrou no carro e dirigia em direção a sua casa, Noah teve a leve impressão de que alguém o vigiava, atribuiu ao dia difícil essa impressão, quando já estava preste a entrar em casa um gato preto surgia em sua frente ronronando e esfregando-se nele, ele então erguia o animal em seus braços:
_ Oi, está perdido gatinho, nunca o vi por aqui, deve está com fome não é?
Noah preparou uma tigela improvisada com leite morno e alguns cereais em outra e esperou o gatinho entrar, mas ele permanecia parado em frente a porta.
_ Vamos entre venha comer.
O gatinho então invadia a casa entretanto ele não parecia estar com fome pois não tomou o leite e nem ao menos tocou no cereal, apenas encolheu-se próximo ao sofá.
_ Que danadinho, não era fome o que você tinha né espertinho era frio.
Quando adormeceu o gatinho estava em cima de sua cama próximo a seus pés. Aquela noite Noah teve uma noite agitada, e quando conseguiu adormecer foi levado a sonhar com o tempo medieval. Seus cabelos lisos eram agora enrolados em cachos que caíam por seus ombros, as roupas moderna se tornavam formais trajes de gala da era medieval, Noah já não estava mais em seu quarto e sim andando por uma floresta onde caminhava próximo a um arbusto a procura de alguém, esse alguém parecia querer esconder-se por algum motivo toda vez que ele o via, ele escapava para outro lado até que Noah o chamava pelo nome:
_ Dereck!
Nesse momento ele acordava, demorou para se situar e perceber que estava em seu quarto devido a respiração ofegante e o coração disparado.
Quando normalizou-se seus batimentos cardíacos e já controlava sua respiração ele percebeu que o gatinho estava lambendo sua mão de forma carinhosa. Ele então passou a acariciá-lo .