Começo e Conclusão
Parte I -
Pareço prudente
Mas sou inconsequente
A solidão insiste
Em invadir minha mente
Tento dissipá-la
Mas ela me arrasta
Arrasta-me para as correntezas do mar
Querendo me afogar
Acho que ela mora ali
Nesse mar perto de mim
Ela sabe dos meus receios,
meus devaneios,
meus maiores medos,
desejos inconsequentes,
imprudentes
Mas não quero naufragar nela
Só gosto de sobrevoar esse mar
Às vezes acabo por me jogarParte II -
Ela fica me atentando
a sumergir nas águas
porque ela sabe que amo o mar
Por isso, acho que ela
mora lá
A solidão
Sabe que me atrai
E, quando não tenho forças,
ela me subtrai
Devora-me
Sufoca-me
Até eu me afogarParte III -
Mas na correnteza
De repente, tem sempre alguém ali
Vem sempre me salvar de submergir
Carrega-me até a praia
e me salva
Me bendiz
Sorri para mim
Deixa-me ali
sã e salva
Mas minh'alma está fraca
Gosta de ficar presa nela
no mar da solidão
E ela sabe disso
Ela me espera
Fica de tocaia
Esperando eu
Chamar por elaParte IV -
Faz armadilhas
para eu cair
Finge-se de sereia amiga
Ou de navegador austero
O qual se impõe com seu jeito severo, numa lábia maldita
Mas, existe um ser que me salva
deles todos
Dela - a solidão - e esses seus
discípulos variados e perdidos
Esse ser, é a outra face de mim
De minh'alma
Já senti
Então acabo por descobrir
Sou eu mesma!
A alma que me salvaAdrianaCV
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Converse com seus demônios.
PoetrySinopse: #CPP4 #FWLOW Nesta obra encontram-se a maioria dos sintomas da depressão, em conjunto com poesias em forma de desabafos. Não existe idade para desenvolver as tais: "Doenças psicossomáticas." Todos assuntos da obra são relatados na visão...