[Possível abertura do programa] (Quero direcionar essa mensagem à você, ouvinte, só por um momento, com um aviso prévio sobre esse próximo episódio. Tenho certeza de que você percebeu que cada parte desta série, até o momento, tenha sido palco de eventos estranhos e inexplicáveis, e que se passaram em muito e muitos quilômetros de viagem. Não preciso nem dizer que foi algo bem planejado. Tenho resumido as incontáveis horas de meandros insignificantes e tomando cuidado a mais para documentar os fenômenos esquisitos que encontramos ao longo do caminho. Eu queria que a história se movesse rapidamente, para que haja a sensação real de continuidade em cada capítulo.Se é o sentimento de intriga exploratória o motivo para você estar ouvindo essa parte em questão, entendo completamente. Tenho certeza de que isso é uma atração primária para quase todos vocês; as reviravoltas, as curvas, os encontros estranhos e misteriosos ao longo de uma estrada tecnicamente impossível.
Mas se esse o caso, sinto que é meu dever informá-lo de que, tirando algumas exceções, quase não haverá muito a se ver no campo do sobrenatural nessa estrada, e os monstros que vamos encontrar serão muito mais humanos; estresse, divisões, desconforto e, como se poderia imaginar, luto.
Se quiser ler a sinopse deste episódio no site e aguardar a próxima parte, você conseguirá ficar em dia com a história e tenho certeza de que voltaremos ao caminho de antes, indo cada vez mais profundamente no desconhecido. Mas sinto que é importante de mostrar o resultado do sequestro de Ace, em parte devido ao significado das revelações que são descobertas em seu rastro, mas também como um gesto de respeito e consideração pela vida que foi perdida.
Essa é a história da nossa segunda noite na estrada.)
-
À medida que fazemos a curva à esquerda, o terrível espaço atrás de nós foi rapidamente substituído por um vazio quieto à frente. O Wrangler se rastejava, derrotado, em direção ao comboio que nos esperava. Os quatro carros restantes estão estacionados um pouco mais a frente, ocupando mais da metade da estrada. Rob vai até a ponta frontal, ultrapassando todos para retomar a formação original. Ambas suas as mãos paradas no volante, olhos fixos em algum ponto distante. Não é difícil imaginar que por trás do foco e do silêncio controlado, há um homem transtornado, um homem que não sabe o que dizer, um homem com medo de falar demais.
AS: Aqui é Bristol para todos os carro. Vamos voltar à estrada. Fique em formação e dê espaço para os outros. Temos muito a percorrer antes de pararmos para dormir.
LILITH: Bristol, onde está Ro... Ferryman?
AS: Ferryman está aqui.
APOLLO: Cadê o Ace?
AS: Ace... Ace não conseguiu passar.
APOLLO: Como é?
LILITH: Como é que é, porra? Cadê ele, porra?
Seria simples descrever o que acontecera ou, pelo menos, resumir os fatos mais básicos; o que aconteceu com Ace, onde tinha ido parar, o motivo de não ter voltado. Mas, por algum motivo, não consegui dizer uma palavra sobre o que acontecera. Algo sobre o evento em si faz com que seja impossível de ser descrito, como se as frases necessárias estivessem trancadas dentro de mim.
AS: Precisamos ir para o ponto de parada. Não estamos seguros aqui.
Algumas horas antes, quando saímos da esquina da rua Fileira de Sicômoros, Rob deu a entender que o restante da viagem seria sem grandes eventos. Se ele tivesse esperado apenas alguns minutos a mais, estaria completamente correto. Ficamos mais umas quatro horas naquela estrada, cada um de nós com nossos próprios pensamentos enquanto a floresta ao redor ia diminuindo. A paisagem dá lugar a campos de milho que se estendem além do horizonte em ambos os lados.
![](https://img.wattpad.com/cover/160920277-288-k162023.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Contos Sobrenaturais
TerrorCreepypasta,Contos de Terror,Lendas,Relatos Alguns podem ser Reais outros Não! leia para descobrir!