Capítulo 6 - Finalmente serviu!

78 10 0
                                    

     O céu acima estava azul e, apesar de ainda fazer um frio congelante, o sol brilhava sobre a rua enquanto a fanfarra tocava, e o séquito de homens do príncipe parou na ruadeles

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O céu acima estava azul e, apesar de ainda fazer um frio congelante, o sol brilhava sobre a rua enquanto a fanfarra tocava, e o séquito de homens do príncipe parou na rua
deles. O pai de Cinderela se recusou a descer. Até Esme estava desanimada enquanto esperava com Rose na sala de estar, com Cinderela também por ali sem fazer nada, nos fundos, fingindo atiçar as chamas da lareira. Rose, em seu melhor vestido, estava sentada numa poltrona. Seu rosto estava pálido. Com certeza estava sofrendo por causa do pé machucado. Cinderela captou seu olhar e as duas garotas trocaram sorrisos cansados. Esme não olhou para nenhuma delas. Cinderela não sabia ao certo se ela tinha coragem de fazer isso. A gritaria tinha parado quando ela viu o que Rose fizera, e ela estava com olheiras
profundas que não indicavam uma loucura febril.
Quando os lacaios entraram com o conhecido sapatinho de diamante brilhando sobre uma almofada vermelha, por um breve instante Cinderela desejou que ele coubesse em Rose para que terminassem logo com aquilo. Ou ainda melhor: que não coubesse em nenhuma delas e eles seguissem adiante.

- Sua alteza real decretou que a jovem em quem este sapato couber será tomada como sua esposa. Toda jovem destas terras tem a obrigação de experimentá-lo. - O homem parecia cansado e disse as palavras sem ânimo. - Senhorita, se me permite - disse a Rose. Ele baixou a almofada e pôs o sapatinho aos pés dela. Rose olhou para ele e deu um risinho, um som baixo e triste.

- Eu cortei o dedo errado - disse calmamente. - Típico.

- Senhorita? - perguntou o criado.

Ela o ignorou, ergueu o pé direito e tentou calçá-lo no sapato, mas sobraram uns dois centímetros de calcanhar para fora, e ela não conseguia espremê-lo mais. Para Cinderela ela não se esforçara muito, mas nem podia culpá-la.

- Bem, então é isso - disse Esme. Depois de toda a histeria das duas semanas anteriores, a voz dela agora estava calma e vazia. - Obrigada.

O criado pegou o sapato e o levou até Cinderela.

- Senhorita, se me permite.

O coração de Cinderela se acelerou. Ela não podia evitar.

- Ela não foi ao baile - disse a madrasta. - Não precisa se incomodar com ela.

- Todas as mulheres do reino. - O criado deu um leve sorriso. Em sua exaustão, ele mal conseguia levantar os cantos da boca. - Se não fizer isso, vou ter de começar tudo de novo.

Cinderela levantou o pé com cuidado. Ela já podia sentir o calor do estranho sapatinho de diamante. A sola mal tocou o interior e ela sentiu o sapatinho se apertar em torno dela,
ajustando-se à forma de seu pé.
Houve um longo momento de silêncio quando a verdade caiu sobre todos eles.

- Serviu! - O criado estava boquiaberto. - Finalmente serviu!

- Mas isso não é possível! - Esme a encarava sem poder acreditar. - Como você conseguiu... Como... Por que você não disse?

FEITIÇO - Toda beleza é magia | Saga Encantadas - Livro 2 | Sarah Pinborough |Onde histórias criam vida. Descubra agora