7 - É Uma Longa História Ψ

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— Permita que eu me apresente. — Ele se levantou ajeitando o terno escuro. — Meu nome infernal é Lucifer, príncipe do orgulho e soberano do inferno. Mas, aqui na terra, me chamo Taehyung. Parece que é mais fácil para vocês, humanos, me reconhecerem melhor.

Pisquei meus olhos diversas vezes tentando processar o que estava acontecendo. Estava diante do filho rebelde, um anjo caído.

Ele abriu um sorriso largo e abriu os braços andando em direção ao Jimin.

— Eu estava com muitas saudades, amigo.

— Para, Taehyung. — Jimin levantou a palma esquerda pedindo para que o outro parasse. — Você não faz ideia do que tentou fazer.

Dito isto Park caminhou em minha direção e eu ainda estava no chão olhando assustado para o loiro, ele estendeu a mão e me ajudou. Segurou meus ombros olhando em meus olhos, suas pupilas já estavam com a coloração normal castanho escuro.

— Você está bem? — Mesmo depois de tudo aquilo acontecendo ele ainda estava preocupado comigo.

Assenti mostrando que ele não deveria se preocupar, meu servo apenas sorriu fraco como se estivesse aliviado. As vezes me esquecia de que ele era um demônio.

— Eu estava fazendo o que era preciso. — Disse Taehyung.

— Preciso?! — Sua voz se alterou. Jimin virou-se para ele. — Você poderia tê-lo matado ou pior, tê-lo transformado em um demônio.

— Você fala como se isso fosse algo muito ruim.

— Eu já não sei mais o que é bom, Tae. — Jimin suspirou cansado, não pude ver seu semblante pois ele estava de costas para mim, mas parecia triste.

— Você está passando tempo demais com esse humano, sabe o que pode acontecer. — O semblante do loiro era sério, bem diferente do homem que se apresentou para mim há alguns minutos.

— Já chega, Luci. Vamos conversar sobre isso depois.

Park girou os calcanhares e começou a andar em direção a porta. Os ombros caídos, um olhar triste, era como se as palavras desse tal Taehyung tivessem o afetado de alguma forma e, de certa forma, vê-lo daquele jeito fez com que eu me sentisse mal. Quando a porta se fechou, resolvi dar um passo em direção a mesma, iria atrás dele. Todavia o príncipe foi mais rápido e correu no meu lugar, e eu, bom, eu não consegui me mexer quando vi o loiro ir atrás dele.

De certa forma eu não tinha direito, Taehyung era seu melhor amigo.

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Encontrei os dois no estacionamento da delegacia, quando cheguei eles pararam de conversar e Jimin sugeriu que fossemos para casa.

Quando chegamos em minha casa, Jimin pediu de forma educada para que pudesse conversar com Taehyung a sós em meu quarto, chegando até mesmo a usar a palavra "mestre" e pela primeira vez me senti irritado ao escutar aquela palavra escapar de sua boca. Quer dizer, eu jamais havia me importado quando ele me chamava assim na frente de meus amigos, mesmo eu dizendo que não havia necessidade, mas ele me chamar assim na frente de seu amigo soou como se eu fosse apenas seu mestre. Mas, cara, eu disse para Park que eu também podia ser seu amigo.

Então, por que eu não podia saber o que os dois conversavam?

Estava sentado na poltrona da sala batendo o pé impaciente. Já fazia alguns minutos que eles estavam conversando e eu estava curioso sobre o que estava acontecendo. Nada havia sido esclarecido para mim!

Olhei para um lado, para o outro e então bufei irritado me recostando na poltrona encarando o teto, aquela curiosidade iria me matar.

Mas, se eu fosse ao banheiro no andar de cima, poderia escutar algo.

Como Se Livrar De Um Demônio Apaixonado, Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora