E chegamos até aqui, meu querido amigo.
O momento tão esperado por mim (e também por você). O momento em que, finalmente, Jimin selou o pacto comigo ao colar os nossos lábios, estando em sua forma infernal. Não sei explicar a sensação naquele momento, foi diferente do dia naquele quarto, sabe? Minhas mãos corriam apressadas por seus ombros, descendo para as costas e apertando sua camisa amassada, mesmo não sendo o local ideal para selarmos nosso pacto, eu não conseguia me controlar.. Os lábios deles estavam mais quentes, mais convidativos, mais doces e...
— Já está bom, Jeon. — disse Jimin ao finalizar o beijo.
Mas voltei depositar selinhos em seus lábios
— Ah, mas nem discutimos os termos ainda... — respondi entre os beijos.
Estava difícil ficar longe dos lábios dele, era como se os lábios de Park tivessem um ímã muito forte.
— Jungkook... — o ruivo acabou rindo entre os beijos. — Não tem termos, você sabe disso.
Após dizer estas palavras, Jimin segurou meu rosto com delicadeza, fazendo-me encará-lo. Suas pupilas voltaram ao normal trazendo consigo a coloração de seus olhos.
— O único termo que temos agora, na verdade já tínhamos antes, é que pertencemos um ao outro. Por toda a eternidade.
— Eternidade? — fingi pensar. — Sei. É muito tempo, você acha que aguenta?
— Te aguentei desde que fui para a terra, e olha que você era muito chato. — não hesitei em dar um tapa em seu braço, ele riu. — Agora você está mais amorzinho, legal, vou conseguir te suportar.
Me soltei de seus braços e, com um enorme bico, comecei a caminhar pela estrada vazia. Fui me afastando sobre protesto do Park, sequer dando importância a ele.
Foi quando, de repente, ele me jogou em seu ombro e deu alguns tapinhas na minha bunda.
— JIMIN! — Gritei. — EU VOU MATAR VOCÊ!
— Ah, vai nada. — o ruivo riu. — Nunca mais vire as costas para mim, eu hein.
Os tapinhas novamente, quis matá-lo ainda mais. Mas eu teria a eternidade para castigá-lo de diversas formas.
(...)
Passou-se alguns dias desde o incidente.
Quase fui morto pelos companheiros de Jimin quando voltamos. Na verdade, Taehyung não queria me matar, mas teve que segura Seokjin para que ele não fizesse isso. Namjoon, Yoongi e Hoseok ficaram extremamente felizes em me encontrar, porém quase quiseram me matar ao saber que eu finalmente havia firmado o pacto.
Resumindo, você, eles, nós, o bonde todo estava querendo a minha morte e o pior era que todo mundo tinha razão. Eu fiz muitas besteiras, muitas mesmo; agi sem pensar, me deixei levar por sentimentos ruins e quase coloquei tudo a perder. Eu fui um Jungkook inconsequente, confesso.
Mas eu também acertei bastante, mesmo que por acidente.
Estávamos em meu quarto, somente ele e eu. Era inverno, a fraca neve caia lá fora naquele fim de tarde e nós estávamos deitados em minha cama, frente a frente, mantendo o contato fixo. Jimin havia me emprestado seu braço como travesseiro e com sua outra mão livre, ele fazia um carinho gostoso em meus cabelos.
— Nem acredito que você tem que ir. — disse. — Não sei se vou aguentar ficar aqui, sem você.
— São dez anos, passa rápido, você vai ver.
— Claro, para você passa. Agora, pra mim? — revirei os olhos. — Vai ser uma eternidade.
— Pensa, por um lado, você vai poder curtir sua vida um pouco mais, se formar na faculdade... — Park continuava afagando meus cabelos. — Vai poder até ter uns romances, mas não deixe ficar sério, você é só meu.
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Como Se Livrar De Um Demônio Apaixonado, Volume 1
FanficLIVRO FÍSICO NO SITE DA @EuphoriaEditora Jeon Jungkook não era o tipo de pessoa que acreditava em seres sobrenaturais. Até a noite que é desafiado por seus amigos a invocar um demônio e acaba trazendo para terra um ser que irá virar sua vida de cab...