"Eu realmente sou Yurissexual"
Depois do beijo que eu havia dado em Yuri, eu acabei vomitando toda a bebida que eu havia tomado. Nunca deveria ter bebido tanto. Para terminar com chave de ouro aquele primeiro beijo, eu desmaiei. Tudo o que vi foi uma escuridão e, agora estou recapitulando tudo o que aconteceu enquanto estou em um quarto desconhecido. Claro, iria recapitular tudo para saber exatamente onde eu poderia estar.
— Puta merda, Renan...—passei a mão em meus cabelos. Poderia estar na casa de um dos meus amigos, mas não me recordo de nenhum deles terem revistinhas japonesas ou coisas de Star Wars. Era um quarto muito geek.
Respirei fundo, um único ponto positivo que eu encontrei, foi que eu estou de roupa. O que significa, eu não transei com ninguém.
Okay, a última pessoas que eu vi foi...Yuri, não seria problema se eu tivesse dormido com ele...mas, eu gostaria de dormir com ele e lembrar da noite, é claro.
Estava na minha linha de raciocínio, quando derrete comecei a escutar barulhos, ou melhor, uma melodia. De piano para ser mais exato. Oras, o dono mistérioso da casa toca piano, posso descartar meus amigos da lista. Eu conheço uma pessoa que toca piano e, essa pessoa é o Yuri. Me levantei da cama e comecei a caminhar sem fazer muito barulho, não por medo de chamar atenção, mas sim para não atrapalhar o moreno. Passei pelo corredor e da porta do corredor que dava na sala, vi Yuri, vi como seus dedos tocavam nas teclas com tanta delicadeza e agilidade. Eu sinceramente não sabia que música o moreno estava tocando, mas era uma melodia maravilhosa, um som realmente agradável. Peguei meu celular que estava ainda no bolso da calça e passei a gravá-lo.
— Então, toco bem? —senti um frio subir pela minha espinha. Pensei não ter feito barulho.
— Como soube que eu estava aqui? —ignorei sua pergunta.
— Vi seu reflexo pela televisão! E você não respondeu. Eu toquei bem? —ele se levantou da cadeira e começou a caminhar até mim, com aquele maldito sorriso que me deixava com o coração acelerado.
— Toca...—murmurei— Onde aprendeu a tocar?
— Fiz algumas aulas, mas foi na raça mesmo. —olhei seu sorriso, talvez de orgulho por ter aprendido a tocar sozinho. —Fiz um café da manhã. Imagino que esteja com fome, já que colocou tudo para fora ontem —ele se referia ao fato de mim ter vomitando no meio do beijo.
— Não direi nada sobre isso. O que fez? —o cheiro parecia realmente apetitoso.
— Eu sou simplista, vamos comer pão com ovo e um café com leite, ou se preferir um suco. —vejo Yuri, andando pelo apartamento. Sigo o mais velho até uma mesinha de duas cadeiras.
— Qual o nome? —aquela pergunta saiu tão sem querer, mas já havia feito.
— Nome? De quê exatamente? —ele se virou com um prato com dois pães nele.
— Nome da música que você estava tocando, qual o nome? —reformulei a pergunta —Achei bonita...
— Sen To Chihiro no Kamikakushi! É de uma animação japonesa muito boa. —eu sinceramente não entendia muita coisa sobre desenhos japoneses, ou como chamam animes.
— Qualquer dia eu dou uma olhada...—eu simplesmente iria esquecer e nunca mais tocaria no assunto. Isso se eu não ouvisse o Yuri, tocando novamente essa melodia totalmente encantadora.
— Podemos assistir juntos. Adoro esse filme. —ele comentou enquanto se sentava. —Sinta-se em casa, pode se sentar.
— Obrigado. —eu me sentei. —Mora sozinho? —eu ansiava por um sim.
— As vezes recebo uma visita que me deixa realmente feliz. —séria eu?
— Quem?
— Minha filhinha! —fiz uma careta. Oh caralho, o homem tem uma filha, puta que me pariu. Ele é hétero, tem uma filha. Sorri amarelo.
— Quantos anos? —desviei meus olhos do rosto charmoso e totalmente tentador de Yuri. Eu estou me sentindo tão gay.
— Sete aninhos. —ele sorriu, falar na filha parecia lhe deixar feliz. —Ela é fruto do meu casamento, mas infelizmente não deu certo.
— Então, você é divorciado? —era meio óbvio já que ele disse que, infelizmente não deu certo. Que bom que não deu certo.
— Sim. Relaxa, eu sou totalmente solteiro. —ele me ofereceu o pão com ovo e um copo.
— Ah, achei que era comprometido...—eu não posso julgar ele se ele fosse casado ou tivesse uma namorada. Olha para mim, tenho uma namorada e estou na casa de um homem que aparentemente eu sinto atração física e que beijei ontem depois vomitei nele.
— Por que achou isso? —ele diz e logo depois mordeu seu pão com ovo.
— Sei lá, pessoas da sua idade tem costume de ser casado! —comentei. Eu estou realmente feliz que ele seja solteiro.
— Não sou tão velho assim! Me senti ofendido. —vi o copo tocar em seus lábios, o que me fez lembrar do beijo de ontem. E nesse momento de lembranças, uma leve vontade de beijar ele novamente surgiu.
— Você está em boa forma. Pode dizer que é jovem que ninguém desconfia...—ver a boca do moreno se mexer era uma tentação danada.
— Parece tão interessante olhar minha boca! —ele riu no final da frase.
— realmente...—sequer percebi que respondi com sinceridade. —Digo, realmente você está blefando!
Vejo, Yuri se levantando, meu coração começou a acelerar. O moreno se aproximou de mim, estava prestes a encostar seus lábios tentadores com os meus. Porém meu celular acabou tocando na hora. Peguei o aparelho imediatamente e o desliguei, ninguém iria estragar meu momento!
Me levantei também e puxei Yuri pela camiseta, como havia feito na noite anterior. Grudei meus lábios nos lábios dele, aparentemente pareceu que eu precisava daquilo para viver, e realmente, aquele mísero beijo me deixou com um ânimo para viver que só por Deus. Yuri iria iniciar um beijo de língua se não fosse pelo fato do meu celular tocar novamente, então ele separou nossos lábios, fato que me deixou realmente frustrado.
— Puta merda! Quem é!? —atendi totalmente irritado.
— Mais respeito pelo seu pai, muleque! —congelei na hora que ouvi a voz do meu pai.
— Perdão. O que foi? —falei o menos agressivo possível, mas continuo totalmente irritado com a ousadia do meu pai.
— Você não voltou para casa e sequer ligou para se explicar. Sua mãe está preocupada, menino irresponsável! —Puts, eu havia esquecido totalmente deles.
— Desculpa, esqueci de avisar que iria dormir na casa de um amigo...—agora eu preciso ir pra casa com a cara mais inocente do mundo.
— Por que não atendeu da primeira vez e desligou!? —pensa, pensa. Olhei para Yuri que parecia achar a situação cômica. Já sei!
— Eu bati o dedo no botão errado, eu estava tomando café aí aconteceu isso.
— Não volte tarde! Até depois. —esperei até ele desligar. Assim que não ouvi mais a voz dele, suspirei tão aliviado e Yuri começou a rir.
— Seu pai não pode nem sonhar que você dormiu aqui e, que estava beijando o filho do Ciro. —ele voltou a se sentar.
Obrigado, pai! Por ter estragado meu beijo com o filho do Ciro Gomes!
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Eu sei que sou um anjo por atualizar rapidamente! Espero que esteja do agrado de vocês e é isso. Até o próximo capítulo do meu bagulho aqui. Ah sim, obrigada quem vota e cometa, vocês são uns anjos e são os amores da minha vida.
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O filho do inimigo do meu pai_
Fanfiction"-Oh senhor Jesus! Eu não posso estar gostando desse homem!-" Acompanhe essa pequena aventura do filho do grande deputado Bolsonaro. Uma linda e trágica história de amor. (espero não ser processada pelo filhote do Bolsonaro KKKKK é isso aí, aprovei...