Capítulo 6

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Bernardo.

Eu estava ficando um tempo na casa da Malu, com minha filha, minha família na verdade. Eu sentia a Malu distante às vezes, eu passei muito tempo fora e nada voltou ao normal, tirando meu trabalho insuportável, Lucca agora está trabalhando conosco, eu, ele e Augusto estamos quase comandando a empresa do meu pai. Sophia está estudando e muito esperta por sinal, não sei a quem puxou, todo dia um bilhete diferente de um menino, esses moleques deveriam ter vergonha na cara, vou esperar crescer para pegar todos. Todos os dias eu tento conquistar a Malu, mesmo com o meu jeito grosso e ignorante... Aquele Diogo, ex dela às vezes manda mensagem e eu to tentando ficar longe de problema, não quero espancar ele de novo. Eu descobri quem me deu o tiro naquela época, não sei onde ele está, porém estão se mantendo longe de mim, não escuto falar da máfia a anos. Tento seguir minha vida o mais normal possível, só quero minha mulher.

Acordei cedo para ir trabalhar, plena segunda feira. Passei a mão do lado na cama e não senti a Malu lá. Abri os olhos e não enxerguei a mesma, me levantei coloquei uma cueca e desci, Sophia estava na sala com a roupa do colégio e mexendo no celular novo que a Malu inventou de dar.

— Bom dia filha, cadê a sua mãe? — Perguntei dando um beijo em sua testa.

— Oi pai, ela saiu, me deixou pronta e não me avisou pra onde ia. —

Estranhei por ela não ter me avisado nada.

Passei o olho pra ver o que a Sophia tava fazendo no celular e ela estava no YouTube, subi, tomei um banho demorado e troquei de roupa para ir trabalhar, peguei meu celular e disquei o número da Malu... já estava estressado.

Ela não me atendeu.
Chamou, chamou e nada.

Coloquei o celular no bolso e suspirei. Desci, peguei a Malu no colo, coloquei no carro e dirigi até o colégio dela. Minha cabeça estava distante.

Pra onde essa mulher foi sem avisar? Que raiva do caralho.

— Tchau papai, até mais tarde — Sophia falou batendo à porta do carro e foi andando até a porta do colégio.

— Tchau filha, não chegue com carta hoje — Gritei e ela riu.

Dirigi até a empresa, minha cabeça já doía, ela sabe como me estressar. Já estava chegando na rua da empresa e avistei a minha mulher de longe, conheci também o carro do Diogo, meu sangue ferveu. Puta que pariu.
Encostei o carro perto do dele e desci rápido, Malu e ele conversavam, ela me viu e arregalou os olhos. Olhei pra ele e ainda pude ver as marcas que tinha deixado da outra vez.

— Que porra é essa? — Gritei e puxei ela pelo braço.

— Solta ela — O viado falou.

— Quem vai me fazer soltar? Você? Tenta — Falei alto, esperando.

— Bernardo, espera! Para com isso, Diogo pediu pra conversar comigo — Malu falou tentando soltar o braço.

Eu não queria machucar. Não mais. Porém eu tava com saudade, eu não sei o que é transar desde que voltei. Malu me evitou.

— Entra no carro, vamos pra casa — Abri a porta do carro e joguei ela dentro.

Ele se aproximou dela e ela fez que "não" com a cabeça. Entrei no carro e ela estava com cara de choro. Dirigi de volta pra casa quase a 100km/h.

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