Capítulo 13

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Bernardo.

Eu já tinha voltado a trabalhar, eu sou chefe da empresa agora, meu pai quis parar e eu tive que assumir.  Eu estava com muita coisa na mente, emprego, minha filha, Malu e o cara quem eu devo matar. Passei muito tempo fora e planejando o que iria fazer na minha volta, eu não quero voltar pra essa vida, eu tenho uma filha agora, não sou mais um moleque como a Malu pensa... Mas eu tenho contas para acertar.

Eu já estava na empresa a um tempinho, desde cedo. Augusto é meu braço direito e ainda arrastei o Lucca para trabalhar com a gente aqui. Nos três juntos não dava muito certo, mas tentamos o máximo. Augusto soube que o filha da puta do Diogo iria trabalhar em um setor da empresa e eu não gostei nada, eu podia muito bem demitir ele, mas aí a Luiza ia achar que eu realmente sou um moleque.

Estávamos em um restaurante, o único que eu como perto da empresa, perto da praia, reunião da empresa e eu sempre reúno todo mundo aqui. Lucca e Augusto não parava de ligar para meu celular, mas eu não podia atender no momento, eu já estava ficando preocupado.

— Acho que se expandir mais não iremos lucrar tanto quanto pensam
— Pedro falou.

— Não concordo — Falei dando um gole na minha cerveja.

— Precisamos crescer e expandir pessoal — Disse mais um colaborador da empresa.

Continuei ouvindo as opiniões de todo mundo. O restaurante começou a ficar movimentado, sexta feira né... Olhei para o lado e queria não ter olhado.

Malu estava com o cara que eu esmurrei alguns dias atrás.

Me levantei na mesma hora, meu corpo bateu na mesa fazendo tudo balançar e alguns copos caírem no chão. Malu me olhou um pouco assustada e o tal do Diogo tentava não demonstrar medo.

Eu não iria fazer o que fiz da última vez.

— Continuaremos a reunião outro dia — Falei ainda olhando para os dois.

Peguei a chave do carro e minha carteira que estava em cima da mesa e sai andando, eu queria mesmo era quebrar tudo e encher aquele cara de murro de novo. Ela termina comigo em um dia e no outro já está com um cara?

Eu estava louco de ódio.

Entrei no carro e fiquei sentado, vou esperar os dois saírem. Liguei o carro junto com o ar-condicionado, eu não iria derreter.

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