OBSESSÃO ll

Capítulo 4

Bernardo.

Me virei e vi um homem na minha frente, o novo namorado dela? Era tudo que eu não esperava e não queria pensar, ninguém me contou...

— Quem é você? — Perguntei, Malu estava me apertando e ainda chorando

— Você que tinha que me responder, quem é ele? — Perguntou chegando mais perto da Malu, esticou o braço para tocar nela.

Eu realmente não queria me estressar.

— Desencosta — Empurrei seu braço.

— Bernardo... — Malu ergueu a cabeça e ficou me olhando, chorava desesperadamente.

— Bernardo está morto, Maria Luíza — Ele disse e eu ri.

— Tô vivo e você já pode voltar de onde saiu — Falei, passando o braço no pescoço da Malu, ele parecia não acreditar. — Malu, quem é esse cara? — Sussurei.

— Me-uu namorado — Gaguejou.

Suspirei, contei de 1 a 100 na mente. Eu não queria matar ninguém.

Eu não vou matar ninguém.

Eu não posso matar ninguém.

Tudo que vinha na minha mente era isso, eu tinha que entender. Malu fez sexo com ele, esse tempo todo?

Escutei um barulho na porta, me virei e era o Augusto, junto com o Lucca.

— Esse filha da puta é namorado dela? — Gritei olhando pra os dois.

— Bernardo, você estava morto! — Malu gritou, me deu um tapa forte no peito, doeu.

— Eu nunca estive e você arruma um namorado. — Gritei por cima.

— Que hora boa de chegar hein — Augusto brincou.

Não dava pra acreditar, ou dava? Eu não esperava por essa, achei que ela fosse morrer solteira, no meu sonho.

— Que porra! — O viado falou, andando de um lado para o outro.

— Diogo, calma — Malu foi em direção a ele e eu parei pra ver a cena.

Minha mulher apaixonada por outro cara. Puta que pariu!

— Calma? Como você me pede isso? Quando vamos conversar sozinhos? Sem plateia? — Ele disse com ela em sua frente.

Malu colocou a mão no rosto dele e eu botei a mão na cabeça, abri a boca sem acreditar no que estava vendo, virei a cabeça, pra ter certeza que o Augusto e o Lucca também estava vendo aquilo, que eu não tava ficando louco mesmo depois dessa mentira.
Estava vendo a hora dos dois se beijarem na minha frente, ele já estava com a mão na nuca da Malu.

Não dava pra aguentar.

— Nem pensa... — Lucca sussurrou e segurou meu braço direito, me puxando para trás.

Tarde demais.

Quando me vi já estava em cima do tal Diogo, socando sua cara com força, depositei toda minha raiva no rosto de anjo daquele garoto. Malu gritava, mas eu parecia não ouvir, só queria bater e foi isso que fiz.

— Para porra, você não é mais moleque — Augusto falou, me puxando junto com o Lucca, tentei me soltar deles mas foi em vão. O chão estava cheio de sangue e ele quase desacordado.

— Some com ele daqui — Falei para o Augusto.

Os meninos logo tiraram ele de lá, Malu olhava o sangue no chão, sem acreditar. Estávamos sozinhos.

— Você voltou, e faz isso? — Disse sem acreditar.

— Você tá namorando esse cara? Ele tinha que ser mais bonito que eu! — Falei.

— Você não cresce, né? — Falou me dando vários murros.

— A gente vai se resolver — Falei segurando seus braços pra ela parar de me bater.

Segurei na sua cintura e ela me olhava, as lágrimas ainda caiam dos seus olhos, ela estava muito mais bonita, cara de mulher, o cabelo cacheado bem maior. O que eu sentia por ela, só cresceu.
Nossos lábios se encostaram, Malu brincava com eles de olhos fechados, eu a beijei, cheio de saudade. Apertei sua cintura com força e trouxe-a para o meu colo, ela prendeu suas pernas na minha cintura. Andei com ela no colo, até achar um quarto... Deitei a Malu na cama devagar, fiquei em pé logo em seguida, tirei minha blusa na maior pressa do mundo.

— Ei! Deita comigo — Malu pediu.

— Deitar? — Falei decepcionado, ela concordou com a cabeça. Me deitei ao seu lado e ela se encolheu, estava quase em cima de mim, Malu era menor e encaixava perfeitamente.

— Porque você fez isso comigo? — Falou chorando novamente.

— Eu voltei, tô aqui pra você — Passei a mão no cabelo dela. — Eu preciso ver a minha filha. — Falei e ela pulou.

— Ela vai surtar! — Malu, sentou no meu colo, quase me deixando louco, eu estava cheio de malícia.

— Eu já to — Falei observando seu corpo.