Capítulo 15

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Bernardo.

Fui seguindo o carro do Diogo e parecia que eles iam transar no mato, lugar longe do caralho, eu soubesse que era tão longe não tinha vindo, deixava ela viver sua vida e pronto. Malu foi rápida até demais, término em um dia e no outro já está saindo com o cara.

O caminho estava ficando estranho e eu cada vez mais desconfiado. Comecei a ver muitas casas grande em um monte de mato, parecia interior. Estacionei meu carro em uma rua de barro um pouco afastada das casas.

Coloquei a mão embaixo do banco e peguei meu revólver, coloquei na cintura e andei devagar escondido de todo mundo, apesar de não ter tanta gente na rua. Vi o carro do Diogo entrar em uma casa, quase 5 casas juntas de tão grande. A casa não tinha portão, só uma frente grande até a porta principal.

Estava tudo muito estranho.

Vi alguns homens armados ao redor da casa, ótimo. Eu não iria entrar escondido e nem embolando no chão como acontece em filme, não to doido e não sei fazer isso.

Andei até a entrada da casa e os homens apontaram a arma para mim junto de gritos. Eu não liguei, eles têm algum chefe e só obedece a uma pessoa, não iriam me matar sem que alguém mande.

Abri a porta de entrada e vi o Diogo segurando a Malu pelo braço e o Higor, o moleque que me deu o tiro.

— Bernardo! Ora ora — O moleque falou surpreso.

Eu sabia que ele não estava surpreso, ele sabia que eu não estava morto.

— Diogo, porque caralho trouxe a Malu pra cá? — Perguntei chegando mais perto dele.

— Não sabia? Você sabe de tudo, soube que pesquisou a vida de cada um daqui, Diogo é meu irmão — Falou Higor e riu.

Filha da puta. Eu iria matá-lo e matar a Malu por ser louca de se envolver com esse cara.

— Me tira daqui — Malu falou e escutei sua voz aos prantos.

— Calma — Diogo falou para ela em um tão doce que eu diria que é viado.

— Larga ela caralho — Gritei.

Malu bateu no braço do Diogo e correu até mim. Todo mundo apontou a arma pra nós.

— Eu te esperei tanto e você chegou fácil até mim — Higor falou.
— Eu vou matar você —

— Se você me matar, eu mato ela — Falei tirando a arma da cintura e apontado na cabeça da Malu.

— Não, pelo amor de Deus — Diogo implorou e foi direto no irmão. —Lembre do nosso combinado — Diogo disse para Higor.

— Ela não gosta de você, para de ser burro! Por isso você não está no meu lugar e ele não tem coragem de matar ela — Higor disse me encarando.

Realmente eu não tenho.

— Paga pra ver então, seu irmão vai gostar de ver ela morta — Falei sorrindo enquanto a Malu chorava e molhava toda minha camisa. Ela estava abraçada cmg, com o rosto no meu peito.

— Deixa ele ir embora, não faz nada com ela — Diogo falou e a porta de frente abriu. Higor tinha apertado em um botão no controle.

Fez sinal para eu ir com a mão, fui andando de costas até sair da mansão que eles estavam, fui sempre olhando para trás. Malu acompanhava meus passos.

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