Malu.
Bernardo tinha acabado de sair do restaurante e todo mundo da mesa dele ficou me olhando. Eu estava nervosa. Eu vi a hora dele quebrar tudo ou ir para cima do Diogo.
— Está tudo bem? — Diogo perguntou me fazendo prestar atenção nele.
— Sim — Voltei a prestar atenção no cardápio.
Fiz o meu pedido e estava esperando a comida, com muita fome, ao extremo eu diria e se tem uma coisa que eu não suporto é ficar com fome.
Diogo recebeu uma ligação e mudou seu semblante.
— Olha, precisamos ir, meu pai me ligou e pediu para ajudá-lo com algo — Falou levantando.
— Já? Nem pedimos a comida — Falei me levantando.
— Depois a gente come, eu te levo. Vamos — Diogo pegou na minha mão e foi quase me arrastando para o carro dele.
O pai dele tinha que tá morrendo pra me tirar as pressas de lá.
— Seu pai esta bem? — Perguntei colocando o cinto.
— Eu acho que sim, mas deve ser rápido — Falou com uma mão no volante e a outra mão foi em minha coxa, me fazendo carinho.
Fiquei olhando pela janela enquanto ele dirigia, mandei mensagem para o meu pai avisando que estava saindo do restaurante e que mais tarde pegava a Sophia lá.
— A casa do seu pai é em um interior? Seria melhor ter me deixado em casa, não queria chegar tão tarde por conta da Sophia — Falei quando vi um caminho estranho.
— Estamos chegando — Falou Diogo e acelerou mais o carro.
Comecei a ver casas enormes do nada, de gente rica. Carros e mais carros. Eu estava ficando com medo, já que tudo depois do Bernardo me deixou desconfiada.
— Chegamos — Diogo parou o carro em uma casa enorme.
ENORME!! uma mansão.
— Gente, seu pai mora aqui? — Perguntei descendo do carro e ele só concordou.
Pegou na minha mão e entramos dentro da casa pela porta da frente que era enorme, podia passar uma manada por ela.
Assim que entramos dei de cara com uma fileira de homem armado, meu coração foi direto na boca. Me virei na esperança de conseguir correr e senti um aperto no meu braço. Diogo me segurava com força e a porta se fechou na hora.
— Fica calma — Diogo falou enquanto eu esperneava.
— Me solta pelo amor de Deus. O que você vai fazer? — Gritei.
— Vem, eu não vou te machucar, não piora tudo — Ele disse rude.
Os homens pareciam estátuas, não se mexiam. Meu rosto já estava tomado por lágrimas, eu chorava muito, com medo de acontecer tudo de novo, a cena do estupro passou pela minha mente.
— Ainda bem que chegaram — Apareceu um menino que eu daria ter no máximo 18 anos.
Ele estava de terno e parecia muito com o Diogo.
— Quem é você? — Perguntei atordoada em meio ao choro.
— Prazer Maria Luiza, sou o Higor, irmão do Diogo. O homem que a dois anos atrás atirou no seu marido. — Disse frio no seu tom de voz.
Meu mundo desabou. Eu vi tudo girando e vi uma luz preta.
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OBSESSÃO ll
RomanceAnos se passaram e muitas coisas mudaram. Bernardo, morto? Maria Luiza conseguiu superar a morte do Bernardo e seguiu sua vida com sua filha? Acompanhem para saber. Muita coisa mudou.