Ando de um lado pro outro realmente não quero sair.
Lúcia: Vai mãe diz para Rebecca que a senhora me mandou ficar em casa, por favor me manda lavar prato, arrumar casa só quero ter motivo pra não sair.- a mesma nega enquanto assisti a sua novela.
Marisa: Vai sair Vera Lúcia! Minha filha você só vive cuidando de mim, se a preocupação for o hora do remédio eu não esqueço... vai se divertir tu mal sai de casa... agora uma coisa, não se envolve com gente daqui. Não quero saber de você andando com o Gael aquele malandro, bandido!!- era perceptível a sua raiva ao falar de Gael, seu próprio filho.
Era assim que mamãe chamava Gael "malandro" "bandido". O mesmo saiu de casa muito novo, Gael desde novo teve envolvimento com o crime, no fundo tenho certeza que mamãe sabia bem, só se fazia, como se esperasse pegar ele no ato.
A mesma me proibiu de falar com Gael, mamãe acha que não tenho contato com o mesmo, mas não vou me separar do meu irmão pelo fato de mamãe se negar a aceitar o que Gael faz, também não gostei da ideia de Gael se envolver nisso mas não posso obrigar ele a nada.
Lúcia: Mãe a senhora sabe muito bem que eu nunca vou me separar de Gael. Ele é meu irmão, seu filho!!- a mesma cruza os braços olhando para o lado.
No fundo eu sei que mamãe se arrepende de ter falado o que falou para Gael.
Marisa: Vai pra tua farra Vera Lúcia.- ordenou.
Respiro fundo pegando meu celular colocando na cintura, pego a chave de casa colocando no bolso junto dos meus documentos. Pego o remédio de mamãe colocando em cima da mesa pra mesma não esquecer de tomar, vou até a minha mãe lhe dando um abraço bem apertado.
Lúcia: Fica com Deus mãe.- seus olhos estavam marejados.
Marisa: Gael nunca vai me perdoar Lúcia, eu não fui mãe suficiente para vocês.- nego segurando suas mãos.
Lúcia: Vai sim, Gael não guarda rancor de ninguém.- a mesma concorda.- coloquei o alarme no seu celular, quando tocar toma o remédio que tá em cima da mesa mãe.
Marisa: Eu sou burra Vera Lúcia? Eu sei menina!- sorrio.
Rebecca: Lúcia, vem pra fora.- gritou.
Marisa: To de olho em você, o que tu fizer lá eu vou saber Vera Lúcia.- arregalo os olhos.
Abro a porta para Rebecca que entrou com um salto na mão, seu vestido vermelho vinho era lindo!
Rebecca: Você não vai com essa roupa, pode dar meia volta. Aqui toma esse vestido.- me entregou uma bolsa.- veste ele com essa roupa comigo você não sai. Tia cadê o café mulher? Já vim tomar café aqui.
Reviro os olhos indo pro quarto trocar de roupa, o vestido era lindo porém não fazia meu estilo, o mesmo era preto colado, com um decote nos seios. Bem a cara de Rebecca.
Visto o mesmo puxando para baixo, Rebecca entra no quarto com um sorriso.
Rebecca: Tá lindo, agora para de puxar pra baixo meto já um tapa na sua cara. Coloca aquele salto preto ali toda gótica.
(...)
Lúcia: Rebecca tem muita gente aqui, eu vou sentar.- a mesma faz uma cara feia.
Rebecca: Sentar só se for em uma piroca né Lúcia.- arregalo os olhos.- amiga aproveita bebe um pouco.
Baile de rua, ou como Rebecca gosta de chamar rave de rua.
Estava muito preocupada com mamãe, tinha medo da mesma esquecer o remédio. Com o coração na mão pedi para a vizinha chamar a mesma quando for a hora dos remédios.
Rebecca: Amiga tá vendo aquele homem com uma carinha de mal?- apontou.- eu já peguei, não fala pro Sandro pelo amor de Deus é amigo dele.- a mesma fala rindo.
Rebecca amar beber mas é fraca pra bebida, quando a mesma tá bêbada solta seus podres todos.
A rua está completamente lotada de gente! Rolo meus olhos pela local avistando Caio de longe o mesmo sorrir vindo em minha direção junto de meu irmão. Me abaixo rapidamente, se Gael me ver estou ferrada!!
Rebecca: Levanta daí, vai por um ovo Lúcia.- puxou minha mão.- Gael.- escuto a mesma falar.
Galego: Qual foi Rebecca? To ligado que a Lúcia tá aqui contigo pô.
Rebecca: Tá não Galego, para rapaz Lúcia ta novinha ainda deixa a menina curtir um pouco. Tu pode por que ela não pode?- a mesma cruza os braços.
Galego: Ihh nem entra no papo Rebecca fica fora parceira.- o mesmo sai deixando apenas Caio, Rebecca e eu.
Me levanto olhando para os lados, mas não encontro meu irmão.
Rebecca: Você devia falar com o Galego, poxa ele é teu irmão não teu pai.- falou alto por conta do barulho, respiro fundo.
Lúcia: Gael foi para mim como um pai, não consigo.
Caio puxa minha mão para o meio da multidão.
Caio: Vai Lúcia dança um pouco, eu sei que tu sabe dançar já vi o teu vídeo dançando.- viro o rosto morta de vergonha.
Lúcia: Meu Jesus! Quem te mostrou?- o mesmo gargalha.
Caio: Rebecca.- eu devia imaginar.
Sorrio, balanço meu corpo de um lado pro outro só pra aquecer mesmo. Morro de vergonha de dançar na frente dos outros.
Rebecca: Olha isso! Dança mesmo coloca essas baranga daqui no chinelo viada.- a mesma gritou.
Coloco a mão nos joelhos balançando a bunda.
Caio: Caralho Lúcia! Tu dança demais, pô. Namoral vou pegar umas dose pra gente.- o mesmo saiu me deixando sozinha.
Dancei a música todinha ainda dancei mais uma. Pela primeira vez um bebi, acredite não foi cerveja, duas doses de whisky foi o suficiente pra me deixar aérea, Rebecca? Já me deu um perdido danado.
XXX: Ae Lúcia, tua coroa ta passando malzão pô.- o menino com uma pistola na cintura me parou.
Meu coração rapidamente acelerou, eu sabia! Não deveria ter saído de casa. Por motivos assim não me sinto bem em sair deixando mamãe sozinha em casa.
Lúcia: Avisa o Galego por favor.- o mesmo concorda.
Sai dali voada, deixei os saltos pela rua mesmo e sai correndo. Quando cheguei perto de casa de longe já vi uma ambulância levando mamãe.
Foi inevitável as lágrimas desceram por meu rosto.
Lúcia: Dona Cida me fala o que aconteceu com a minha mãe.- minha vizinha apenas me abraça.
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Na Luz da Viela
Genç Kurgu+18 "No decorrer de nossas vidas, passamos a acreditar que somos ligados para sempre aqueles que têm nosso sangue. E mesmo que não escolhemos a família, esse laço pode ser a nossa maior força.... Ou nosso maior arrependimento!" Chegou a história do...