Capítulo VII

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Depois do ocorrida na festa, James indagou a namorada para saber de fato o que havia acontecido para ela estar tão atordoada como estava no memento em que a encontrou, mas ela nada disse, multiplicando assim a preocupação do jogador.

Cecília não quis contar por vergonha, porque era isso que ela definiu sentir, também não queria contar pelo fato da pessoa ser colega de trabalho de James e talvez isso pudesse prejudicar o colombiano, e prejudicar James não estava nos planos dela. Uma semana se passou e o jogador acabou deixando um pouco de lado ela história, na realidade ele deixou de insistir pois definitivamente Cecília não lhe contaria ao certo o que havia acontecido, ele respeitou a decisão dela de guardar isso para sim, mas não gostou nada, achou que a namorada não tinha verdadeira confiança nele. Essa semana serviu para afastá-los, James estava chateado, óbvio que ficaria e Cecília percebeu isso, porém nada a fazia mudar de ideia, ela não contaria.

A semana também fora cheia devido as viagens para os jogos com o Bayern de Munique, James quase não esteve em sua casa durante os dias. O casal falava raramente por mensagens, nem sequer ligavam para conversar, aquilo estava matando os dois e a brasileira se culpou por tudo isso.

–– Ei, o que aconteceu? – Julian apareceu na sala e se sentou no sofá ao lado da amiga. – Percebi que você está tão triste esses dias. O James fez alguma coisa? – Cecília negou.

–– Não, ele não fez nada, eu que fiz. – suspirou. – Eu sou uma estúpida, Julian.

–– Não diga isso, meu bem! Você não é uma estúpida, não diga besteira – o amigo a repreendeu. – Mas me diga, o que aconteceu? Você fez algo?

–– O que eu não fiz. – Cecília suspirou outra vez pensando se deveria contar aquilo.

Ela ficou em silêncio enquanto o amigo esperava ansiosamente para saber o que a afligia.

Julian já estava desistindo de esperar que ela falasse algo, ele não iria insistir. Mas ela falou.

–– Mats foi um babaca comigo na festa.

–– Mats? Que Mats? O Hummels? – perguntou Julian de olhos arregalados e ela concordou. – O que esse homem fez com você?

–– Me falou coisas que me ofenderam, ele me olhava como se eu fosse – ela sentiu enjoou ao lembrar daquele olhar. – uma... ah, você entende. E a mulher dele estava lá, mesmo ao lado dela ele me lançava aqueles olhares nojentos. Ah, Julian, eu juro que não me insinuei para ele.

–– Eu sei, meu amor, eu sei. – o amigo consolou a mulher que já estava chorando. – James não viu nada, não é mesmo? – negou Ceci. – Você sabe que precisa contar a ele. – negou outra vez. – É claro que precisa.

–– Tenho medo dele não acreditar em mim, de ir tirar satisfação com o Hummels e o babaca distorcer toda a história.

–– Cecília, o James ama você, está escrito na testa dele. É claro que ele vai ficar do seu lado. Não seja boba, não o afaste de você.

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Cecília ligou para James perguntando a que horas o colombiano chegaria junto da equipe me Munique e ele lhe avisou que chegaria por volta das oito da noite, ela perguntou se poderia ir até a casa dele quando o mesmo chegasse pois eles precisavam conversar, James concordou de imediato mesmo sentiu um frio correr por todo o seu corpo quando a namorada disse que precisavam conversar.

A viagem de volta do jogador foi inquieta, ele tentava adivinhar o que Cecília tinha para lhe falar. Pensava que ela poderia lhe contar tudo o que aconteceu naquele dia da festa e até cogitou a possibilidade dela querer terminar o relacionamento. O jogador mesmo cansado não conseguiu cochilar, mesmo o ônibus estando em completo silêncio, o que era muito difícil de acontecer.

Entrelaços - James RodriguezOnde histórias criam vida. Descubra agora