O começo do sofrimento

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[Pov's Lucy]

Assim que cheguei no quarto, vi que o Natsu havia separado uma roupa para mim e enchido a banheira, o que admito, me fez sorrir. Tiro a roupa e entro, me deliciando com a água quente do jeito que eu gosto, porém, aos poucos, começo a me lembrar da faculdade, na verdade, de algumas situações que ocorreram…

[Flashback ON]

Eu estava no segundo semestre da faculdade e super feliz por ter passado nas provas finais com as melhores notas! Como eu morava longe, sempre chegava mais cedo com medo de me atrasar, já que essa faculdade, era para pessoas ricas, o que não era o meu caso.

Entro na sala, com calma, pois ainda tinha uma hora para a aula começar, então me sentei e abaixei a cabeça, dormindo. Não sei quanto tempo fiquei assim, mas quando acordei, um garoto, Loke se não me engano, estava me cutucando e só faltavam 10 minutos para a aula começar.

Me espreguiço e o olho, logo perguntando o que ele queria comigo, pois ainda estava do meu lado:

- Preciso de um favor seu Lucy!

- Olha, se for pra passar a lição de casa, eu não vou, porque quero que você aprenda, mas se for para ensinar… - ele coloca a mão na minha boca, me fazendo ficar quieta.

- Não é nada disso! Eu quero achar um livro específico na biblioteca, pra ajudar a entender mais o curso! - ele fala, dando um sorriso - será que você podia me mostrar? - ele pede.

- Tá, depois da aula…

- Não! Preciso agora, por favor, é importante! - ele diz e eu, como a manteiga mole que sou, acabo cedendo.

Me levanto e ando com ele até a biblioteca, enquanto o Loke puxava papo comigo, tentando saber mais ao meu respeito, até que chegamos ao nosso destino. A parte boa de ser uma rata de livros, é que eu já sabia onde ficava cada uma daquelas fontes de conhecimento.

Acho o livro, que por sinal, ficava em uma área mais afastada, pego e entrego ao Loke o monte de folhas, ele para e fica olhado do livro, para mim, até jogar ele pelo ombro:

- Sabe Lucy… eu desconfiava que você era muito ingênua, mas nunca pensei que seria tão burra e fácil de enganar! - ele diz, dando um passo de cada vez em minha direção, enquanto vou andando para trás, até que bato com as costas na prateleira - calma, eu não vou te fazer mal! Só vamos brincar um pouco! - ele fala, segurando meus pulsos, começando a beijar e morder meu pescoço.

- Por favor Loke, para! Eu prometo que se você me soltar não vou dizer nada para ninguém, então por favor, me solta! - digo, quase implorando, mas ele não parece querer me escutar.

- E perder a chance de ver esse seu corpo, que você esconde por debaixo dessas roupas largas? Nunca! - ele fala, lambendo os lábios - e como sou bonzinho, vou ser rápido, assim você não vai se atrasar tanto para a aula! - diz, rasgando minha blusa e puxando o sutiã, começando a chupar e morder um dos meu seios.

Eu comecei a gritar, mais ninguém vinha, me causando mais desespero, até que enfim, tudo acabou e eu só pude escorregar até o chão, morrendo de dor e vergonha, chorando, com as roupas rasgadas. O pior, foi que o desgraçado do Loke, tirou fotos minhas, enquanto fazia o que queria com meu corpo, além é claro, de um vídeo; enviando tudo pra escola inteira.

E foi aí, que meu inferno pessoal teve início…

[Flashback OFF]

Quando me dei conta, lágrimas silenciosas caiam pelo meu rosto; lembrando o que fizeram com meu corpo. Limpo o rosto e respiro fundo, me acalmando, pois eu sei que não posso e nem quero preocupar o Natsu com meus problemas, pelo menos, não é algo que ele precise saber, por enquanto.

E é com esses pensamentos, de me tornar mais forte, que saio do banho, indo colocar minha roupa.

(Quebra de tempo)

A verdade é que, quando eu desci as escadas, não esperava encontrar o Natsu sentado no meu sofá, com uma coberta no colo, comendo pizza, na maior tranquilidade do mundo. Chego perto dele e dou um sorriso, indo por trás e tampando os olhos dele:

- Quem é? - digo, sentindo ele sorrir.

- Bem, deixa eu pensar… é uma mulher, loira, de corpo escultural, gentil, sensível… enfim, uma verdadeira deusa entre os homens! - ele fala, me fazendo rir.

- Gostei do elogio! - falo, dando um beijo em sua bochecha.

Sério, se alguém me disser como o Natsu conseguiu ser tão rápido, vou dar um prêmio! Ele me agarrou pela cintura, enquanto beijava sua bochecha e me fez cair sentada em seu colo, o que nos leva ao dado momento, em que estou xingando ele e dando leve tapas, por causa do susto:

- Seu idiota! - falo, enquanto ele faz bico - e para já com essa carinha fofa! - digo e começamos a rir.

- Não vai querer pizza? - ele pergunta, apontando para a caixa, me fazendo sorrir com a visão que tenho.

- Calabresa e frango com catupiry, como você…

- Quando nos conhecemos, você disse que gostava desse sabor… só tive que me lembrar! - o Natsu fala e eu lhe dou um beijo.

- Você é o melhor! - digo.

- Eu sei! - fala, com o maior sorriso convencido no rosto.

Acabou que aquela noite, se resumiu a pizza, refrigerante e muita conversa. A verdade, é que tudo foi maravilhoso e por sinal, dormimos de novo no sofá, mas tudo com o Natsu, desde as coisas simples até as mais complexas, se tornam únicas.

Mas uma coisa, eu tenho que assumir, aquela foi a primeira vez em tanto tempo, que me senti amada de verdade, pois eu tive alguém, para enxugar minhas lágrimas, as quais, não paravam de cair.

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