Descobrindo novos sentimentos

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Dica: ler ouvindo anavitória a música Trevo.

 

[Pov’s Lucy]

 

o Sting começa a falar de seu trabalho, o que devo admitir, me dá sono, mas não presto atenção nele, já que estou ocupada demais vendo o Natsu vir em direção a nossa mesa, me fazendo gelar. Quando ele chega perto, sorri:

- Oi Sting! Tudo bem? – ele pergunta, falando com meu “namorado”.

- E ai, Natsu! Tudo bem e com você? – o Sting pergunta, se levantando e dando um abraço camarada no amigo.

- Tudo! Vim aqui com a Lis, pra ver se acalmo um pouco a fera! – ele diz, olhando então para mim, logo dando um sorriso maior ainda, que me faz perder o fôlego – oi! Acho que ainda não nos conhecemos, meu nome é Natsu!

- O-oi, Natsu! – falo, dando uma leve gaguejada, o que me faz ver um leve brilho malicioso em seu olhar, mas foi tão rápido, que deve ter sido só impressão minha – meu nome é Lucy! – falo, estendendo minha mão para cumprimenta-lo, o qual a beija, como um verdadeiro cavalheiro, me fazendo sentir um leve choque elétrico.

- Encantado! – sorriu, todo galanteador, me fazendo sorrir também.

- Oi, meu amor! – uma albina surge atrás do Natsu, agarrando em seu pescoço e olha para mim – quem é essa? – a mesma pergunta, me olhando com ar de superioridade.

Esse olhar, eu conheço bem, é aquele olhar de superioridade que todos me davam na faculdade, como se eu fosse uma qualquer sem importância e instintivamente, acabo olhando para baixo, percebendo que estou com a roupa da lanchonete, ou seja, estou com cheiro de gordura e cabelo despenteado. De repente, várias memórias me voltam a cabeça, é então que me levanto:

- Com licença! – falo, saindo da lanchonete e andando para longe dali.

Aquele lugar podia sempre ser o meu recanto, mas hoje, se tornou uma prisão e o último lugar que quero estar. Quando já estou virando a esquina, alguém me puxa para um beco e antes que eu possa pensar em gritar, a mesma pessoa me abraça, me fazendo perceber de quem se trata, então apenas retribuo o abraço, segurando a vontade de chorar:

- Tá tudo bem! Vai ficar tudo bem! – o Natsu diz, me fazendo derramar algumas lágrimas.

- Me desculpa! – digo.

- Te desculpar pelo que Luce? Você não fez nada! – ele fala, me abraçando mais forte – quer que eu te leve para algum lugar? – o Natsu pergunta, gentil como sempre.

- Não, eu só quero ir pra casa! – falo, o fazendo assentir.

- Tá!

Deixou então o Natsu me guiar e quando me dou conta, já estou dentro do carro, indo em direção a minha casa.

(Quebra de tempo)

- Pronto! – o Natsu diz, saindo do carro e abrindo a minha porta – vem Luce... – fala, carinhoso, pegando na minha mão e me levando até a porta.

Pego a chave, mas antes que eu possa pensar em qualquer coisa, o Natsu pega as chaves da minha mão, abrindo a porta, me levando para dentro. Me sento no sofá, enquanto ele subia as escadas, indo para o meu quarto, aproveito a distração dele, voltando a chorar, me curvando para frente, com as mãos na boca, relembrando a vida que tive antes de decidir estudar, uma vida, a qual mais que tudo, quero esquecer:

- Luce! – o Natsu me chama, se sentando ao meu lado e abrindo os braços, aos quais, eu me jogo sem pensar duas vezes.

Ele não faz perguntas e nem tenta me fazer parar de chorar, apenas me abraça, sabendo que eu precisava colocar para fora tudo que estava sentindo e assim o faço. Depois de quase 30 minutos chorando, paro e deixo o Natsu enxugar minhas lágrimas com os dedos, devagar e amavelmente; quando ele termina, sorriu, me dando conta da sorte que possuo, por ter alguém como ele ao meu lado em um momento como esse.

[Pov’s Natsu]

Quando a Lisanna agarrou no meu pescoço e olhou para a Luce, perguntando quem era a loira, só pude vê-la abaixar a cabeça, triste e logo em seguida sair da cafeteria, segurando as lágrimas. Não pude evitar o desejo de cuidar da Luce, foi mais forte que eu naquele momento, então, acabei por me desvencilhar da Lisanna, indo atrás da minha loira, pera minha!? Ah, esquece!

A questão é que acabei decidindo levar a Luce para casa, pois a mesma parecia muito abalada, então assim o fiz, entrei e subi para o quarto, evitando olhar muito, peguei uma roupa qualquer para ela e enchi a banheira, desci para chama-la, porém, quando a vir chorando, só pude abraça-la, um jeito de dizer que eu estava ali por ela e para ela.

A Luce chorou por um tempo e quando percebi que ela já estava mais calma, finalmente comecei a limpar suas lágrimas, as quais me entristeciam, por ter de vê-la mal daquele jeito e não saber bem como ajuda-la. A mesma, enquanto eu limpava suas lágrimas, acabou por abrir um sorriso, aconchegando o rosto na minha mão que estava em seu rosto, colocando a mão dela por cima da minha. Não me aguentei e voltei a abraça-la, beijando sua testa e fazendo carinho em suas costas:

- Sabe, meio que o que estamos fazendo é errado, mas mesmo assim, não consigo evitar me sentir bem perto de você... – a Luce sussurra, me fazendo abrir um sorriso também.

- Concordo! Mas... – me levanto, estendendo minha mão para ela – você precisa tomar um banho, descansar um pouco! Vem! – digo e ela segura minha mão.

- Sério? Poxa, não achei que o cheiro de gordura do uniforme estivesse tão ruim assim pra você, mas tá bem! – a Luce diz, só que antes que ela possa se afastar, a puxo, fazendo a mesma se chocar contra meu peito.

- Que cheiro de gordura? Eu só senti o seu famoso odor de baunilha! – falo, a fazendo sorrir mais ainda – agora, o cabelo já é outra história! – digo, o que a faz me dar alguns tapinhas – o que? Só estou dizendo... – coloco minhas mãos em sua cintura, chocando nossas intimidades – que eu preferia ver esse cabelo bagunçado, por causa de outra coisa! – sussurro em sua orelha, mordendo o lóbulo, a sentindo arrepiar.

- Bom, acho melhor uma ir tomar um banho! – fala, se soltando de mim e subindo as escadas.

- Não quer uma ajuda? – pergunto, a fazendo olhar para trás vermelha, porém, sorrindo.

- Acalme esse seu fogo Natsu! – fala.

- Difícil! Perto de você ainda? Ferrou! – digo, a vendo terminar de subir as escadas.

Sorriu, pois já fazia muito tempo que não me sentia tão feliz assim, desde que... aquilo aconteceu. Balanço a cabeça, decidido a pensar somente na Luce, ligo para uma das minhas pizzarias favoritas, pedindo comida para mim e a Lu. 

Heart RescueOnde histórias criam vida. Descubra agora