Perto de te achar

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[Pov's Natsu]

- Desgraçado! - grito, pegando o grampeador que estava em cima da mesa, tacando-o na parede, fazendo-o espatifar.

- Calma! - Gray fala, se mantendo longe.

- Calma? Calma! Como você quer que eu mantenha a calma!? - grito, me segurando para não chorar - aquele infeliz veio aqui, fingiu que estava do meu lado! Quando tudo o que ele queria era pegar e caçoar de mim! - falo, me jogando na cadeira um pouco mais calmo, depois de desabafar.

- Cara, sabemos que é difícil, mas você precisa ficar calmo! Pela Lucy! - o Gajeel diz, me fazendo perceber que realmente preciso pensar com cuidado, ou poderei perde-la para sempre.

Bem, essa confusão toda se deu porque eu, além de estar rastreando o Sting há alguns dias e também grampeei seu celular, o fez eu me sentir muito mal, porém, agora que descobri que foi ele quem sequestrou a Lucy, minha vontade é de encontrá-lo e socar a cara daquele desgraçado.

Respiro fundo, me lembrando da Lucy e seu sorriso, mas me irritou de novo, pois lembro que ela não está aqui e agora, para me abraçar e mostrar aqueles lindos dentes. Dou uma pequena risada, a imaginando brava por demorar tanto em encontrá-la, suspiro e abro os olhos, me dando conta de que os havia fechado:

- Tá bom! Vocês estão certos! Eu preciso manter a calma, é só que… - não termino, pois inclino para frente na cadeira, começando a chorar.

Gajeel, Gray e Jellal chegam perto de mim, dando leves tapinhas nas minhas costas, tentando me confortar, o que até dá certo, contudo, ouço a voz daquele inseto, me irritando novamente:

- Natsu? - ele me chama e levanto a cabeça, vendo seu rosto preocupado, porém, posso jurar que em seus olhos, vejo um certo divertimento, mas não posso afirmar, já que é algo muito rápido.

- Oi? - pergunto, curto e grosso.

- Calma cara! - ele vem até mim, se agachando na minha frente, me fazendo ter de controlar meus instintos assassinos para não voar em seu pescoço - ela vai ficar bem!

- Eu sei - digo, me levantando e andando para longe dele - mas é difícil continuar tendo fé!

Ele não me olha nos olhos, se soubesse como tenho vontade de soca-lo por se fazer de desentendido. O Sting então fala algumas palavras de consolo e deixa pizza em cima da mesa, esperando que eu me anime, apenas dou um sorriso e digo que mais tarde como, o fazendo enfim me deixar em paz:

- Cara! Achei que você ia mata-lo! - Gajeel fala.

- Né? - o Gray pergunta.

- Quem me dera a Erza tivesse esse autocontrole pra não me castigar! - Jellal diz e caímos na gargalhada.

- Bom, vamos armar uma emboscada! - Gray fala e se aproxima de mim - a gente vai resgata-la hoje a noite!

Sorriu, pois sei que se montarmos um bom plano, em poucas horas eu terei a minha loira de volta.

[Pov's Lucy]

Eu já perdi a conta de há quanto tempo estou presa nessa sela, que todos insistem em chamar de quarto e nesse meio tempo que estou aqui, sai pouquíssimas vezes, apenas para esticar um pouco as pernas, mas obviamente, sempre com quatro seguranças me acompanhando e uma arma apontada para a minha cabeça.

Já está de noite, não sei que horas são, mas sei que logo aquela cobra da Lisanna, aparecerá! E menos de cinco minutos depois de eu pensar isso, a albina entra no meu quarto, dando um sorriso malévolo:

- Olá, Lucy! - fala, dizendo meu nome com o maior desdém possível - sabia que o momento, logo chegará? - pergunta.

- Momento? Momento de quê? - pergunto, confusa.

- Bem… você já está grávida de nove meses, ou seja, logo seu filho nascerá, e… - ela vem até mim, deixando seu rosto face a face comigo - adivinha quem vai cuidar dele? - não me controlo e levanto minhas mãos para agarrar seu pescoço, porém, ela é mais rápida que eu e se afasta antes que eu tenha a chance de acabar com ela.

- Sua bruxa! - grito, chorando, pois só de pensar em não poder ter o meu filho por perto, um grande desespero me abate.

- Hahaha! Você é hilária! - diz, gargalhando - vai ser incrível! Poder ver o SEU filho me chamando de mãe, enquanto você, nunca vai nem existir na memória dele! - fala, me fazendo chorar mais ainda.

- Já chega, Lis! - o Sting fala, encostado no batente da porta - bem ou mal, ela ainda está grávida!

- Ah, eu nunca consigo me divertir! - diz, indo para o lado dele - ainda bem que logo estarei livre de ter que olhar para esse seu rosto!

- Não se preocupe, não iremos te matar! - o Sting diz, como se isso fosse me tranquilizar.

- Não, apenas irão me separar do meu filho! - digo, o fazendo tirar aquele sorriso do rosto.

- Você devia ser mais agradecida! Já estou me arriscando muito te deixando viva! - responde, como se eu tivesse tirado a sorte grande.

- É claro! Irei escapar de ser morta para viver sem o meu filho e ainda servir de escrava sexual… - falo, o que o faz sorrir.

- Como adivinhou? - pergunta, o que me faz arrepiar.

Sinto então uma pequena dor, o que me faz olhar para baixo, vendo uma poça de água se formar ao meu redor. Levanto o olhar, vendo Sting na porta, estático:

- O meu filho… ele vai nascer! - assim que digo isso, ele se desespera.

- Ah! O que vamos fazer!? - ele grita, bagunçando o cabelo.

No segundo seguinte, apesar dos gritos histéricos do Sting, posso jurar que ouço um barulho de viatura, bem perto daqui, mas não posso ter certeza, já que pouco tempo depois, começo a sentir as contrações, me fazendo dar pequenos gemidos de dor:

- Natsu… - sussurro seu nome, pois agora, é o momento que eu mais gostaria que ele estivesse junto a mim, já que estou entrando em pânico, junto com Sting.

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