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w e n d y d a r l i n g

EU SOU WENDY DARLING, MELHOR AMIGA DE PETER PAN E EU NÃO POSSO ACREDITAR QUE EU NÃO ME LEMBRAVA DELE!

ele havia sumido por dias, eu achei que ele tivesse me abandonado! eu preciso procurá -lo.
passei o dia em casa pensando no que havia acontecido em relação a aquela carta e após algumas horas, eu finalmente recuperei minha memória.

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wendy peter vem aqui em casa
wendy é urgente

peter tá me espera na janela

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deixei meu celular em cima da cama e fui para a janela espera-lo.

- pode falar. - ele disse ao terminar de escalar a pequena árvore que estava ali.

- peter. - eu chamei sua atenção.

- sou todo ouvidos, baby. - ele brincou.

- precisamos voltar para a terra do nunca. - eu disse, rapidamente, e de olhos fechados.

eu estava com medo do que ele poderia dizer, talvez ele pudesse reagir mal ou coisa do tipo, meus braços tremem e meu coração está apertado, e pesado.

fui surpreendida por um abraço. fiquei com um pouco de falta de ar por bater com o rosto em seu ombro e não ter ar em meio seu moletom, mas estava feliz por não ter sido uma reação agressiva.

- eu esperei tanto pra te achar. - ele disse. - finalmente eu consegui.

- eu pensei que você tinha me abandonado! - eu sorri, e tentei secar a lágrima que ameaçava a descer, no meio do abraço. - o que aconteceu?

- eu caí da janela da sua casa, naquele dia em que seus pais entraram no quarto. - ele apertou o abraço.

- você... caiu? - eu ri. - o que aconteceu com o peter pan?

- o peter pan também cai. - ele riu. - não consigo ser incrível o tempo todo.

- até parece que você é incrível. - eu ri. - o que hook faz aqui?

- eu não sei. - peter saiu do abraço e me segurou pelos ombros. - mas isso não importa agora.

coloquei uma das minhas mãos em seu rosto e o observei.
ele estava diferente.

- você mudou tanto. - eu sorri, o olhando. - o que houve?

- infelizmente, eu cresci. - ele disse. - e você também. está bonita.

- eu queria que meus irmãos estivessem aqui comigo nesse momento. - suspirei.

- já era a hora deles, wendy. - ele segurou minha mão.

- esqueça isso, precisamos descobrir um jeito de falar com a sininho. - eu disse. - nossa, tem muito tempo que eu não falo isso.

- não acho que vamos conseguir falar com ela. - ele se sentou no tapete.

- por que?

- porque ela foi para a terra do nunca quando eu caí e fui levado pro hospital. - ele disse. - ela me avisou que voltaria mas ela nunca voltou. e eu não consegui mais voar depois disso.

- acha que o capitão gancho a pegou? - questionei.

- isso é improvável. - ele arqueou uma sobrancelha. - mas não é impossível.

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