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w e n d y d a r l i n g

foi difícil convencer nancy e jonathan que a terra do nunca é um lugar real e que peter morava lá.
havia a questão da sininho e do gancho e tudo mais, mas eu finalmente consegui.

- cacete, eu não consigo acreditar! - nancy deu o seu famoso sorriso de coringa, corando as bochechas. - faz aquela coisa de novo.

peter riu: - claro! - ele colocou uma música em seu celular. - senhorita darling, me concede esta dança? - ele estendeu a mão, e eu a segurei.

- seria um prazer. - eu sorri, enquanto ele jogava uma pitada de pó mágico sob meus cabelos.

a sensação de dançar no ar novamente era incrível.
finalmente eu estava com ele, com Peter, e no momento, era tudo o que eu queria.
de repente a música foi pausada, mas nancy e jonathan não estavam perto do celular.

eu e Peter voltamos ao chão, quando vimos a pequena criaturinha de tomara-que-caia verde, com seus pequenos pézinhos no botão ''pausa'' do celular.

- sininho, é você mesmo? - eu sorri.

- caramba, que saudade! - peter sorriu para o ser reluzente.

a pequenina fez um gesto para eu e o moreno nos afastarmos um pouco, e assim fizemos.

ela ficou... grande? ela tem nosso tamanho agora!

- eu só conheci outras fadas, entende? - ela disse. disse? - caramba... você... você cresceu, peter.

- me desculpe, tirintim. - chamou-a pelo antigo apelido. - eu não sabia mais como voar.

- e eu não sabia onde você estava... mas percebi que o pó de fada está funcionando. as outras fadas queriam saber de onde havia saído tanto poder, e eu achei vocês. - ela disse. - eu senti tanto a sua falta...

uma lágrima escorreu enquanto eles deram seu primeiro abraço após anos.
a amizade deles era linda.

- eu não queria interromper o momento, mas... como é essa terra do nunca? - jonathan perguntou.

- eu não queria te interromper, mas... quem é você? - sininho apontou para jonathan, com deboche.

- Jonathan, jonathan byers, prazer. - ele sorriu. - pode me contar agora?

- mas é claro! - ela sorriu, se sentando com Jonathan e Nancy, enquanto eu e Peter fomos até outro cômodo, para conversar.

- ouviu o que ela disse? o pó de fada não funcionava! você parece ser o coração daquela ilha, como faremos para voltar? não somos crianças. - sussurrei.

- bem, a sininho não é tão velha assim, ele deve ter uns quatorze anos? nós temos quase dezoito, isso vai ser difícil mas temos que tentar. - ele disse, com a respiração descontrolada.

beijei-o rapidamente.
ele pode controlar a respiração se prende-la.

- outro dedal? parece que está realmente com saudades de mim. - ele sorriu.

- eu só queria fazer sua respiração voltar ao normal. - eu sorri, me virando. - ah, beijo, não dedal.

- beijo... eu sabia disso!

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