VII

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- Acorda piranha!!!

Ouvi vocês femininas gritado extremamente próximas ao meu ouvido e acordei assustada.

Quase cai da cama que, no segundo em que abri os olhos, vi que não era minha.

Uma buzina tocou ao lado do meu ouvido e eu gritei assustada outra vez.

- Mas que merda...? - comecei, tentando me organizar.

As vozes femininas riram alto e descontroladamente, como estavam fazendo desde quando abri os olhos.

Quando cai de volta a realidade percebi que eram a Maria, a Geo e a Fernanda.

Logo notei que a buzina estava na mão da Geo, que ria freneticamente, quase sem respirar.

- Hã? - perguntei quando vi que não estava no meu quarto - o que houve?

- Você dormiu. - Geo falou de imediato.

- Durante o filme. - Fernanda completou.

De repente tudo voltou a minha cabeça.

Minhas pálpebras ficando mais pesadas enquanto minha cabeça caía ainda mais sobre o ombro do Arthur.

Acho que eu apaguei de vez.

- Como eu vim pra cá? - perguntei.

Olhei ao redor e vi que não era o quarto da Maria.

Era o do Arthur.

- Você dormiu meio em cima do meu irmão. - a Maria explicou - aí no final do filme, quando você já estava apagada fazia uma meia hora, ele te carregou e te deixou aqui.

Percebi nitidamente a mudança na expressão da Fernanda quando ela se lembrou dessa cena.

- Ele me carregou? - questionei perdida.

- An-hã - a Geo afirmou, quase que orgulhosa.

Fiquei ainda mais perdida nesse momento.

Por que o Arthur teria todo o cuidado de me carregar, sem me acordar, e me colocar na cama dele?!

Quando olhei para baixo quase desmaiei.

Ainda por cima eu estava com uma roupa dele!!

- Que roupa é essa?! - quase gritei.

- É do Arthur. - a Fernanda começou - ele achou que seu short jeans e a sua blusa azul não eram confortáveis o suficiente para você dormir, aí ele mandou a gente te trocar.

Respirei aliviada por terem sido elas a tirar a minha roupa.

Se eu acordasse e descobrisse que durante o meu sono o Arthur tirou minha roupa, mesmo que para colocar outra, eu me mataria!

Parei para reparar no que eu usava.

Era uma camiseta preta com algumas inscrições em branco e uma bermuda que praticamente sumia de baixo da camiseta enorme.

- Onde o Arthur está? - perguntei aflita.

- Ele saiu. - Maria respondeu.

- Saiu? - perguntei, para a minha surpresa até meio desapontada.

- Eh - Geo concordou - foi para uma festa eu acho.

- Foi uns minutos depois de ele te deixar aqui. - a Fernanda completou.

Fiquei desapontada. Eu meio que queria vê-lo agora.

- Que horas são? - perguntei depois de alguns minutos em silêncio.

De Longe Até Parece Que Somos Um CasalOnde histórias criam vida. Descubra agora