🌷Capítulo Trinta e Quatro🌷

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"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu"

Eclesiastes 3:1

Adentramos o estabelecimento e nos sentamos em uma das mesas vagas, fizemos nosso pedido. Por todo o tempo ele ficou fitando o chão enquanto o esperava falar algo.

— Gustavo! — chamo a sua atenção

— Oi — fala sem me olhar

— Preciso que você olhe para mim — ele levanta as vistas e os nossos olhares se encontra

Não consigo decifrar o seu olhar, parece que há um pouco de tristeza e dúvida.

— O que está acontecendo? Já estou ficando aflita — decido perguntar

— Bom... É que... Eu estou, como posso dizer, estou apaixonado?

Arregalo os olhos assustada, estou com medo que não seja Juli e ela fique triste, também que as suspeita de Mari esteja certa.
E se estiver ele pode sair machucado assim como Juli. Quando ia dizer alguma coisa os nossos pedidos chegam.

— Não vai dizer nada? — pergunta assim que a garçonete saiu de perto

— Bom... É... — coço a cabeça — Acho que isso é bom, não é?

— Por um lado sim, tenho medo de não ser recíproco e acho que ela não gosta de mim, também tenho medo de não ser de Deus, sabe?

— Entendo, e desde quando você descobriu essa paixão?

— Me admira você não perguntar quem é — me encara

— Tenho medo da resposta — acabo pensando alto

— O quê?

— Disse que estou esperando a resposta — mexo o suco com o canudo

— Pouco tempo, a conheço desde o ano passado, mas só vim nota-la agora

— Ah...

— Te chamei aqui porque preciso que me diga o que tenho que fazer

— O que posso te dizer é que entregue nas mãos do Senhor o seu coração, primeiro pergunta se é da parte dEle e se não for pra Ele tirar do seu coração esse sentimento

— Você faz isso com o Jotta, não é? — olha no fundo de meus olhos, não respondo nada e desvio o meu olhar do dele — Fica tranquila Sophi, sei que em breve você entenderá todo esse processo

— Espero que sim

— Vou te fazer uma proposta

— Que proposta? — volto a olha-lo

— Orar comigo, você topa?

— O quê?! — pergunto e ele ri

— Calma, me expressei mal

— Então explica

— Vamos fazer uma campanha de oração, você pelo Jotta e eu por Juli

— Ah entendi... Juli? — sorrio ao perceber que ouvi o nome dela

— Sim Juli, ela é fantástica, Sophia, simplesmente perfeita, se encaixa perfeitamente no que sempre pedi a Deus

— Que bom que você​ pensa assim

— Por quê? — pergunta confuso

— Em breve entenderá, qual o tempo que você quer que dure essa campanha? — como uma batata frita

Unidos Pela Graça Do PaiOnde histórias criam vida. Descubra agora