A garota que roubou meus sonhos

Capítulo 11

Minutos passam e nada da senhorida Hardwell aparecer. Fico preocupada com a demora, pois estava nos meus planos que a sr.Hardwell começasse a me dar umas aulinhas ainda hoje. Fico dividida entre tentar desvendar o que ela tanto faz em segredo, ou chamá-la gritando o nome dela.

Me levanto do sofá velho, mas aparentemente de elevado valor económico e dou dois passos ainda incerta sobre a acção a tomar.

-O que eu faço? Será que eu devo ir e invadir a privacidade da Srita. Hardwell e descobrir o que ela tanto faz em segredo? Não seria nada mau, pensando bem eu amo uma aventura.

Avanço mais dois passos, que são rapidamente interrompidos pela senhorita Hardwell que aparece carregada de um monte de livros velhos, empoeirados, aparentemente de matemática.

-Me ajude mocinha!_Diz e coloca os livros em minhas mãos, o que me faz encurvar um pouco, pois os livros são muito pesados.

-Wau! Que obras são essas?_Digo e observo alucinada para os livros enormes e repletos de formulas matemáticas diante de mim.

-Esses são a chave para a sua vitória nas olimpíadas matemáticas._Diz ajeitando os ócolos.

-Sério?_Abro um enorme sorriso alucinado.

-Muito sério Strangoly. Nunca perdi em nenhuma olimpíada. Por causa desses livros. Aqui está o âmago da matemática. Com esses manuais preciosos, ninguém poderá derotá-la.

-Wau!_Digo e esfolheio as páginas do livro com os olhos bem abertos e a boca semi-cerrada.

-Acredite pequena gênia. Eu já tive 99 vitórias nas olimpíadas. Eu vou somar agora a número 100 assim que derrotar o Dr.Coisinha.

-Meu Deus! Você participou em tudo isso?

-Sim, Não tinha outra maneira, meu pai me obrigava a participar delas. Ou eu fazia isso ou sobrava para mim._Diz com o rosto triste.

-Por que ele te obrigava? E sua mãe, ela também obrigava você?

-Eu odiava a matemática. Não podia nem vê-la nem pintada de ouro._Diz e se emociona derramando uma lágrima.

-Porquê está chorando?_pergunto triste.

-Eu era a única filha. Ele queria que eu ficasse com os negócios da família. Para isso eu tinha que saber matemática. Mas eu nunca quis isso. Mas ele me obrigava a estudar. Me proibia de brincar com outras crianças. Me isolava. Me metia em olimpíadas......

-E sua mãe ela não te defendia?

 -Minha mãe morreu quando eu tinha 5 anos. Foi vítima de um acerto de contas. coisas do meu pai sabe._Diz e limpa a lágrima.

-Nossa que história triste. Sinto muito.

-Foram horríveis todos aqueles anos que passei com o meu pai. Se minha mãe estivesse comigo, sinto que eu poderia ser uma pessoa diferente. Mais amigável, doce. Na verdade é o que eu era.

-O que aconteceu nesse tempo que te magoou tanto?

-È complicado minha pequena. Eu vivi a vida toda competindo, foi assim que fui educada. A competir e a arriscar.

-Então....

-È melhor você ir._Diz e me interrompe.

-Está bem. Eu volto noutro dia._Digo e me retiro porta á fora.