Cade a Aline

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Corríamos até uma casa no meio da metrópole em ruínas a procura de Aline. Estávamos Eu, Ângela, Agatha, Gabi e Carol já Duda ficou lá para ser atendida pela ambulância.

Eu sentia que havia algo atrás de nós, porém não dei muita bola pra isso. A casa era um lugar onde nós nos escondiamos da sociedade.

Entramos na casa e nos dividimos. A sala parecia a de uma casa abandonada com coisas quebradas e cheia de pó. Havia um grande pentagrama no chão e vários símbolos desenhados na parede. Ângela adora desenha-los pela casa, ela nunca disse o porquê.  Fomos para a cozinha e Ângela abriu um dos armários retirando vários pacotes de sal.

- Gente, cubram todas as entradas e janelas com o sal que eu irei sela-las. - Fala pegando um pedaço de carvão vegeral para desenhar, e sai pela casa.

- Dês de quando temos um estoque de sal?- perguntou Agatha olhando para o armário.

Dou de ombros e saio pela casa colocando sal em todas as janelas que eu encontro. Subo as escadas com um certo cuidado, já que ela estava meio que aos pedaços, e vejo Ângela desenhando um símbolo que eu nunca havia visto.

Era um círculo com um Z dentro e pequenos   N em volta, quatro "N" no total.

- Que símbolo é esse? -Pergunto colocando sal mas nas duas janelas da sala.

- Esse é de banimento, os outros são de proteção.- Falou terminando de desenhar.

- É como ele funciona? - Perguntou Agatha, aparecendo com a Gabi e a Carol.

- Eu espalhei esse selo por toda a casa. Se virem algo estranho em algum dos cômodos batam a palma da mão no meio do símbolo. - Ela explica limpando as mãos.

- Acho que já vi esses símbolos antes...- Falou Gabi olhando as paredes e o chão.

- Vimos eles na aula de história.-  Falou Ângela indo para a nossa " Verdadeira sala".

- Sim, vimos eles nos capítulos que falavam sobre a " Lendaria" Guerra do Armagedon. Fala sério, Você acredita mesmo nessas histórias velhas?- Perguntou Gabi novamente.

- Você não? - Perguntou Ângela entrando na "sala" e se jogando em um sofa que tinha lá.

- Não,  isso é história para crianças rebeldes!- Falou Carol se sentando em uma cadeira que tinha no canto da sala.

- Crianças rebeldes vulgo eu.- Brincou Ângela olhando para a Carol.- Acreditando ou não eu sei o que eu vi e acreditem... vão me agradecer depois, se estivermos vivas!

- Ao que legal!- Falou Agatha sarcasticamente.

- Da pra voltarmos para o assunto original? Como vamos encontrar a Aline? Não podemos demorar, ela está no nosso grupo de biologia e o trabalho é essa semana!- Falo chamando a atenção delas.

- Será que ela foi pra casa? - pergunta Agatha olhando pra mim.

- Não, ela teria avisado. Se bem que ela estava com um garoto na festa.- Ângela disse se levantando.- Já volto. - Fala saindo da salinha.

- Só eu acho que vai dar merda?- perguntou Agatha indo pro sofá.

- Pra mim já chega, eu vou sair da qui!- Falou Gabi exaltada saindo do cômodo, com o intuito de sair da casa.

- Espera Gabi, é melhor você ficar aqui! - Falo seguindo ela até a sala onde estava a entrada da casa.

- Acha que eu vou ficar aqui, esuperando um milagre trazer a Aline? Vejo vocês amanhã na escola!- Fala saindo da casa.

- ISA!!!!!- Agatha apareceu gritando na sala.

- O que foi?- Perguntei para ela. A mesma parecia assustada.

- A Carol sumiu!-Falou ofegante, como se tivesse corrido uma maratona.

- COMO ELA SUMIU CARALHO?- Falo me desesperando junto.

- Sei lá, eu só me abaixei para amarrar meu cadarço e quando me dei conta, Puff , ela tinha sumido!- Tentou explicar.

- Espera...Cade a Ângela? - Perguntou a ela ficando mais desesperada.

- Casete, a única que manjava dos paranauê das macumba some... e agora?- Pergunta Agatha.

Nós duas estavamos desesperadas, três amigas nossas desapareceram e uma resolveu voltar sozinha para casa.

Logo escutamos um barulho na cozinha que ficava mais próximo a cada segundo.

Eu peguei uma tábua que estava solta e fiquei perto da entrada da sala para o corredor. Agatha estava atrás de mim. Logo vejo uma sombra se aproximando, não penso duas vezes e acerto a sombra assim que ela passa pela entrada.

- AI, PORRA... PRA QUE ISSO?- Exclamou Ângela após eu ter lhe acertado na cabeça.

- Foi mal, achamos que era outra coisa.-Falo pra ela. Espero que ela não me mate por isso.- O que você estava fazendo?

- Fui pegar um chocolate que eu guardei no armário.-  Fala comendo um pedaço de chocolate amargo.

Logo escutamos um barulho em um dos quartos. Ângela pegou um cabo de vassoura que estava jogado com a intenção de se proteger. Passamos pela cozinha e Agatha pegou uma frigideira que havíamos deixado lá para fritar hambúrguer, ovo, essas coisas, e fomos ver o que havia causado esse barulho.

Chegamos no quarto e vimos alguem deitado no chão,  no meio de uma poça de... Sangue?

- Aquilo é sangue? - Pergunto mais para mim do que pra elas.

- Parece que sim, espera... é a Carol!-  Falou Ângela se aproximando do corpo.

Chego mais perto junto com Agatha e vejo que, realmente, era a Carol. Ou melhor... o corpo dela.

- MISERICÓRDIA!- Agatha exclamou apertando meu braço.

- O corpo da Carol estava mutilado e havia um enorme corte em sua garganta que parecia ser recente.

- Nós temos que sair da qui!- Falo porem, sou interrompida com as luzes da casa estourando.- AGORA!

Gritei puxando a Agatha para sairmos da casa e Ângela estava logo atras. Saímos da casa e corre os pelas ruínas da cidade.

- POR QUE OS SIGILOS NÃO FUNCIONARAM?- Pergunto gritando para Ângela.

- EU NÃO SEI, EU FIZ TODOS ELES CERTINHOS! -Respondeu gritando.

Voltamos correndo para o salão e entramos nele. Ângela fechou as janelas e porta e colocou sal nelas.

- O que foi que aconteceu? Por que os desenhos não funcionaram? - Pergunto novamente já estressada.

Ângela pega um livro de História que ela havia trago na bolsa e começa a folhea-lo.

-Ano dois mil do antigo mundo, século ápocaliptico, Armagedon... Achei!- Fala folheando as paginas- Os sigilos de proteção e banimento e até ciladas do diabo devem ser feitas com samge ou tinta permanente vermelha para não apagarem. Eu fiz com carvão vegetal, droga!

Fala jogando o livro sobre a mesa e sentando em uma cadeira.

- O Ângela...- Chamo a atenção dela.

- Fala.

- Onde é que tá a Agatha?- Pergunto notando, só agora, que ela não estava com a gente.

As Desventuras de um quarteto não tão fantástico: 1°ATOOnde histórias criam vida. Descubra agora