Aconteceu um apocalipse?

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Aline

        Eu estava dormindo quando senti alguém me balançando de um modo nada delicado, porém eu não liguei e voltei a dormir.
        
       Mas o condenado me chacualhou mais forte. Esse povo não tem medo de morrer não?

       - Vocês não tem medo da morte não? -Pergunto com a maior cara de sono e uma voz de traveco ( nada contra. É so para descrever como esta a voz )que meu Deus do  céu tava maravilhosa.

         - Olha, levando em conta que saimos sozinhas da cidade para ir atrás do desconhecido, eu acho que não temos não-  Completou Ângela me entregando um dos sanduíches que eu havia trago. - Já que você não entendeu a parte de alimentos não perecíveis tomamos a liberdade de comer os sanduíches primeiro.

           Peguei o sanduíche e comecei a come-lo enquanto olhava o ambiente a minha volta, parecia um cenário pós apocalíptico. Prédios aos pedaços, as ruas todas quebradas e esburacadas ( igual as ruas de Guarulhos) haviam bastante árvores saindo do concreto e plantas nos prédios, casas com aspecto abandonado. Ou seja, parecia uma verdadeira cidade fantasma, essa era uma parte em que não podíamos estar.

         Quero dizer, a casa em que ficávamos estava em uma parte que de acordo com eles a guerra não havia afetado muito por mais que estivesse abandonada e tivesse algumas ruínas, mas isso? Parece que rolou um apocalipse zumbi.

          - O que foi que rolou nesse lugar? - Perguntei mais para mim, do que para elas.

           - Você matou aula? A terceira guerra mundial e a crise nuclear lembra? Dois terço da população mundial e de toda a vida no planeta exterminada, mais o professor falando da vida dele como bônus. - Disse Isabella com uma cara de: se ta me zuando né?

             - Ela tava é dormindo na aula, toda vez na aula de história ela dorme. - Completou Agatha rindo da cara de Isa, Ângela também acompanhava ela.

           - Isso é verdade, mas esse estrago todo foi causado por uma única guerra?

            - Não foi uma guerra, foi A Guerra , de acordo com registros da época, logo em seguida os Anjos desceram a terra para lutar contra os seres malignos enquanto os humanos lutavam em sua própria guerra por poder e status. Não que isso realmente seja verdade mas depois de ter visto aquele demonio eu não duvido de mais nada. - Ângela faz um resumo, do resumo, do resumo para mim.

            - Então quer dizer que o apocalipse bíblico já rolou?

           - Não, quer dizer que estávamos no período de mil anos de paz e agora ele acabou. Se for verdade essa teoria, estamos entrando em guerra de novo. Quer dizer.... os anjos estão. - Completou ela terminando de comer o seu/meu sanduíche. - terminem rápido, temos um longo caminho pela frente.

            Completou se levantando começando a guardar suas coisas e coloca o arco nas costas junto a aljava de flechas.

             - Uma coisa que eu ia te perguntar, você conseguiu armas brancas para nós, legal mas nós não sabemos como usa-las.- Falou Isabella também arrumando suas coisas a aljava de dardos dela e da Agatha ficava na cintura delas. E minha Katana também ficava nas minhas costas.

             - No caminho a gente aprende. Vamos logo, já são oito horas da manhã! - Exclamou Ângela começando a andar, e logo em seguida nós fomos atrás.

              - Como assim Já são oito horas? O certo seria Ainda são oito horas? - Falou Agatha indignada por ainda ser tão cedo. Eu concordo com ela, e pelo visto Isa também.

             - Vocês são pior que velhas, anima ai galera! Estamos perto de descobrir respostas de perguntas obscenas se parar para pensar. - Ângela tenta nos animar, porém é em vão.

          - Olha, somos a preguiça em pessoa. É melhor você nem tentar animar.

           Ela revirou os olhos e continuamos andando em silêncio apenas prestando atenção no ambiente macabro a nossa volta. Um ambiente macabro e silencioso, silencioso de mais na minha opinião.

              Em algumas paredes, pude ver os símbolos que a Ângela tanto desenha quando está intediada durante a aula. No final das contas, acho que ela não era tão louca assim, ou estamos enlouquecendo junto com ela.

             - Olha,- Falo apontando para um estabelecimento que um dia foi uma loja de artesanato.- Por que não damos uma olhada?

            - É uma boa, até por que pode ter algo útil lá ainda. E eu não lembrei de trazer tinta vermelha para fazer os sigilos e não to afim de ficar cortando o meu pulso.- Falou Ângela lembrando do incidente no salão. E coloca a mão em seu pulso esquerdo onde ela havia cortado para fazer o símbolo na parede.

            Andamos até a loja que parecia ter sido saqueada e destruida por marginais, as vidraças estavam aos pedaços, as prateleiras vazias e empoeiradas e algumas quebradas também.

            - Olha, achei algumas latas de tinta vermelha em spray.- Falou Agatha chamando nossa atenção. Quando chegamos mais perto dela pude ver três latas idênticas de tinta intocadas, porém, elas estavam tão intocadas que nem pó elas tinham.

              - Agatha, você por acaso já pegou nas tintas ?

             - Não,  Por que? - Ela respondeu me olhando tipo no que você está pensando?.

             - Por que esse lugar está abandonado a um milênio e as tintas estão tão intactas ao ponto de nem pó ter, - Falou Ângela pegando uma das latas e a analisando. - E ela nem está vencida.

             - Isso quer dizer que?

             - Que alguém, ou algo esteve aqui. - Falou ela guardando as tintas.

             - Você não acha muita coincidência de acharmos as tintas alguns minutos depois de você ter dito que precisaríamos delas? - Questionou Isabella olhando para nossa cara tipo; Caímos em uma armadilha!

            - Acha que estamos sendo observadas? - Perguntei já sabendo a resposta.

            - Eu tenho certeza! Mas isso não parece ser uma armadilha.- Ângela fala olhando em volta.

             Estavamos prestes a sair quando escutamos um barulho insurdecedor, pareciam várias trombetas tocando ao mesmo tempo. O som era tão alto que as poucas vidraças que estavam inteiras se quebraram. Acabei me arranhando um pouco por causa dos estilhaços mas nada sério.

            Olhei para as garotas e Agatha estava checando se estava surda mas Isa e Angela estavam com uma cara mais de; Que porra que você disse?.

            - Vocês ouviram isso? - Perguntou Agatha com a mão esquerda em sua orelha.

            - Sim, pareciam trombetas tocando.- Falo me recuperando da surdez temporária.

            - Eu não ouvi nenhum som de trombeta, eu ouvi vozes. Mas não entendi nada. - Falou Isa me olhando.

            - Eu consegui entender uma frase.- Falou Ângela olhando para Isa-  Eu entendi algo parecido com; não voltem para a cidade, não é seguro.

           -Espera ai, primeiro; Por que só você  e a Isa ouviram? E segundo; Não voltar para a cidade? O que tem de tão perigoso lá?

           Isso está ficando muito estranho. Será que foi uma boa ideia termos saido de lá? Nós nem atravessamos o muro.

         - E agora? Vamos continuar com nossa "missão" ?- Perguntou Agatha.

         - Bom, se não é seguro voltar... o melhor seria seguir em frente. - Respondi saindo do que restou da loja e continuamos nossa jornada.

        

      

As Desventuras de um quarteto não tão fantástico: 1°ATOOnde histórias criam vida. Descubra agora