Bem vindas a nova era

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Isabella

Seguimos caminho por um deserto que parecia não ter fim, ainda estava escuro mas eu podia ver as dunas de areia formadas pelo tempo. Graças a Deus ainda tínhamos bastante água, mas não havíamos trazido nada que nos protegesse do sol.

Ártemis ainda estava na bolsa de Ângela, então ela era a mais tranquila do grupo. Havia acabado de dar 6:00 da manhã quando eu me toquei que nem café havíamos tomado, porém não podíamos nos dar ao luxo de parar.

Ângela pegou um pequeno pacote de amendoim para que nós fossemos comendo e de a Ártemis um dos lanches que Aline havia trago.

Ela estava um pouco a frente para nos "guiar" enquanto olhava o mapa. O sol ainda não havia dado as caras, to começando a achar que o lugar foi muito afetado pela radiação. Sério, saímos da Vila a dois dias e eu ainda não vi a cara do sol.

- Quanto ainda falta para chegarmos?- Perguntou Aline olhando em volta.

Depois da Tormenta, todas estavam ainda mais alertas.

- De acordo com o mapa estamos na metade do caminho. Mas acho que ainda hoje, se não pararmos, chegamos lá. -Disse Ângela observando o mapa.

Eu ainda não havia aberto a carta, é sinceramente não estava interessada. Continuamos andando em silencio até que escutamos barulhos de motor se aproximando.

Agatha olhou pra mim com uma cara de Agora fudeu e paramos de andar.

- Temos que nos esconder! - Exclamou Aline desesperada.

- Se esconder aonde minha filha? Aqui só tem areia! - Rebateu Ângela olhando em volta.

- Como que tem um carro funcionando no meio de um deserto? Sendo que o país, e se bobear o mundo, está abandonado? - Perguntou Agatha.

- Deve ser do exército. - tentei tranquiliza-las.

- Olha, mais pra frente tem algumas construções destruídas, tipo uma cidade pequena, vamos nos esconder lá! - Disse Ângela chamando nossa atenção.

Corremos até lá e nos escondemos dentro do que um dia foi uma casa. Escutamos o barulho de varios carros passando, ficamos abaixadas e olhando pelos buracos. Ártemis ainda estava quieta, o que era bom pois Nossa maior preocupação era se ela iria acabar latindo.

Eu pude ver que alguns carros pararam próximo a cidade, na verdade eram tipo caminhões, daqueles que levam soldados. Eles estavam pintados da cor da areia para se misturarem melhor na paisagem e de lá saíram alguns soldados, mas eles não portavam nenhuma arma. Pelo menos é o que parecia.

Pude ver dois rasgos nas costas deles mas não sabia o por que da roupa rasgada. Eles começaram a apontar para onde estávamos.

PUTA QUE PARIL FUDEU

- Temos que sair daqui, rápido! - Exclamei e as puxei para fora de la.

Nós tentamos ir silenciosamente para outra parede mas acabaram nos vendo e vieram em nossa direção de um modo calmo e despreocupado. Já eu e as meninas estávamos deseperadas pois não sabíamos que eles fariam conosco ou o que queriam.

Começamos a ouvir disparos e nos desesperamos mais ainda, era uma troca de tiros muito intensa. Só conseguíamos ver o clarão dos disparos. Ártemis estava tentando tapar suas orelhas com as patas.

Os disparos estavam ficando mais intensos porém nós não éramos os alvos. E eu estava com medo de descobrir quem era.

Logo os disparos se misturaram ao som de explosões e os clarões de tiros se misturaram a clarões de outras cores como azul claro e azul escuro.

As Desventuras de um quarteto não tão fantástico: 1°ATOOnde histórias criam vida. Descubra agora