Onde estamos?

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Ângela

Acordei em um lugar estranho, não tinha nenhuma lâmpada no teto, e em nenhuma das quatro paredes havia uma porta. Somente em uma das paredes cinzentas e de tinha desgastada do local tinha uma pequena janela com grades, nem minha cabeça passava por ela e a mesma ficava no alto.

As garotas estavam desacordadas ainda, nossas bolsas não estavam no local, nem Ártemis estava aqui, nem as armas, nada.
Éramos só nos e as nossas roupas no corpo.

Levantei sentindo uma pontada na cabeça lembrando de como viemos parar aqui. Tínhamos acabado de entrar na floresta quando fomos abordadas por soldados do exército.

Perai, soldados? Fora da Vila? Com todos aqueles demônios? Impossível. E como viemos parar nesse quarto? Não tem porta e mesmo que tirassem as grades das janelas ela era muito pequena para uma pessoa passar.

Agatha acordou assustada olhando para os lados.

- Onde estamos?- Perguntou vindo em minha direção.

- Na merda.- respondi olhando para o pequeno quadrado.

- Faz pezinho para eu poder ver o que tem lá fora.- Agatha falou se levantando junto comigo.

Fiz o que ela Pediu, Agatha se apoiou na janela e começou a observar.

- Meu Deus! - Falou exaltada.

- Tá vendo oque?- Perguntei curiosa.

- Porra nenhuma, tem um arbusto na frente. - Falou descendo.

- Cadê as portas desse lugar?- Perguntou Agatha, notando agora que o lugar não tinha uma porta.

- Não fasso a menor ideia.

Escutamos uma movimentação e olhamos para as garotas, Isa havia acabado de acordar.

- Onde estamos?

- Não sabemos.- Respondi

- Pior que eu estou com sede.- Comentou Isabella se juntando a mim e a Agatha.
Nossa pergunta era a mesma Como viemos parar aqui ?

Mas nós não tínhamos essa resposta.

- Vejo que as senhoritas já acordaram. - Falou alguém atrás de nós. Nos viramos e vimos um homem de, aparentemente, 30 anos, tinha olhos castanho claros, cabelos castanhos e barba rala. Usava o típico uniforme do exército.

- Quem é você? - Perguntei em um tom hostil, pois não o conhecia e nem sabia como ele tinha entrado aqui.

- Emanuel, e as senhoritas devem estar perdidas suponho. Sua amiga está bem?- Ele pergunta se referindo a Aline que ainda dormia.

- Só um minuto. - Agatha foi em direção da Aline e chaqualhou a mesma até ela acordar.

- O QUE FOI PRAGA? NÃO TA VENDO QUE EU QUERO DORMIR? - Exclamou Aline se levantando.

- E você não está vendo que estamos em cárcere privado? - Rebateu Agatha sem muita paciência.

Enquanto isso Emanuel olhava tudo atentamente, acho que ele estava procurando algum resquício de perigo e ameaça em nossas ações, mal sabe ele que somos quatro desmioladas em busca de aventura.

- Vim levar vocês até o meu superior.- Ele diz calmo e abre uma passagem em uma das paredes.

- Fui tapeada!- Disse Agatha olhando para a porta secreta que estava bem na nossa cara.

- Espera, não vai algemar a gente nem nada?- Perguntei achando estranho.

- Acredite, não é preciso. Até porquê, não vão conseguir fugir.- Completou nos dando passagem.

As Desventuras de um quarteto não tão fantástico: 1°ATOOnde histórias criam vida. Descubra agora