M. P. I. Cap: 011.

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Pela manhã Luiza vai até o apart de Diego e aperta a campainha várias vezes. Diego só de cueca, sonolento, vai até a porta e a atende.

Diego. _ Mãe? Que foi? Isso são horas de me acordar.

Luiza. _ Não me chama de mãe. Quero saber que merda essa aqui!

Luiza adentra, pega seu celular e o mostra as fotos que recebera na noite anterior dele com outro rapaz ao beijos. Diego fica sem dizer nada e em choque.

Luiza. _ Vai me explicar, ou não?! - seria.

Diego. _ É... eu... eu...

Luiza. _ Não, nem termina, já entendi tudo. Que decepção, hein! Não bas-
tasse aquele infeliz do Gah; agora tu. Eu mereço.

Diego. _ Saiba que isso não foi uma escolha. Eu nasci assim. Simples.

Luiza. _ Escolha, escolha. Hã! Escolhesse o certo, né. Todos nós temos escolhas, e obtémos pelas certas. Isso é surreal.

Diego. _ Surreal é esse seu preconceito
isso sim é surreal. É a minha natureza e eu não vou mudar isso.

Luiza. _ Vai, vai sabe por quê? Ou deixa de ser esse monstro que é, ou eu te deserdo, não vai ver mais a cor do meu dinheiro. Acabou mesada. - diz seria e certa de si.

Diego. _ Quê!? - surpreso.

Luiza. _ É isso. Não se faça de desentendido. Pense. Pense bem no que você quer pra ti. Só espero que não tenha nem um macho aqui, aff, só de imaginar, me dá ânsia de vômito.

Diego. _ Quer que eu me tranque no armario, é isso? Que eu viva uma mentira? Seja infeliz, por ser aquilo que eu não sou, mãe? É isso?

Luiza. _ Ué, não teve todo esse tempo escondido, um tempo a mais não vai mudar nada! Ou vai?

Diego. _ Eu não vou fazer isso. Cansei. Cansei dessa mentira, dessa farça, de ser algo que eu não sou. Faça o que quiser, me deserde, até corte laços comigo, mas eu não vou me submeter a chantagens. Não!

Luiza. _ É isso mesmo? Não quer pensar melhor?

Diego. _ Não. Já tá decidido.

Luiza. _ Ok. Caso mude de ideia, só me procurar. Tchau. - vai embora.

Diego fecha a porta e segue até o sofá onde senta-se e passa a chorar.

Luiza e Eric estão a tomar café, até que Luiza chega.

Gah. _ Bom dia, mãe! - diz ao vê-la.

Eric. _ Bom dia! - serio.

Luiza. _ Não tem nada de bom. Com licença! - segue até o escritorio.

Gah. _ Eita!

Eric. _ Liga não, ela sempre foi assim. É. Vou indo. Bom dia! Nossa noite foi ótima. - levanta-se o dá um beijo na testa.

Gah. _ Bom dia. Bom trabalho! - sorri.

Eric. _ Tchau! - sai andando.

Gah. _ Tchau.

Estela recebe alta do hospital e recebe os cuidados de Alicia. Estela avisa que irá investigar seu passado.

Alicia. _ Tem certeza que isso que a senhora quer, mãe?

Estela. _ Sim, filha, tenho que entender minha história. Quero saber toda a verdade e tenho quase toda a certeza de que a Luiza sabe de algo.

Alicia. _ A mãe do Gah?

Estela. _ Sim. Fomos grandes amigas no passado. Ela esteve comigo durante meu parto. E ela que me informou que meu filho havia morrido.

Alicia. _ E será que ela vai lhe dizer alguma coisa? - questiona.

Meu padrasto. I. Onde histórias criam vida. Descubra agora