𝐁𝐀𝐂𝐊 𝐓𝐎 𝐘𝐎𝐔 | PHILIPPE COUTINHO [𝘧𝘪𝘯𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘥𝘢]

vinte e um

→ BAIOCHI, PAULA

Eu e Philippe descemos as escadas conversando e todo mundo parou para olhar, Gabriel que estava com Maria no colo foi o primeiro a perguntar:

— Se resolveram? — Ele perguntou entregando Maria para Philippe.

— Somos amigos. — Digo simples dando ombros e escuto todos bufarem fazendo Philippe rir.

— Todo mundo já sabia? — Ele perguntou e eu assenti.

— Se você advinhar quem foi o boca grande que contou pra todo mundo eu te dou um par de chuteiras novas.

— Ou o Juninho ou o Gabriel.

— Vocês desconfiam demais de mim. — Neymar disse bufando fazendo Bruna rir. — Mas foi o fofoqueiro do Gabriel. — Ele disse e logo uma almofada foi em direção ao rosto de Neymar fazendo o mesmo cambalear para trás.

— Você não bate no meu pai! — Davi gritou e pisou no pé de Gabriel que gemeu de dor.

— Pelo menos alguém me defende. — Neymar diz olhando pra Bruna que dá ombros e sai de perto.

Me aproximei de Philippe e Maria gritou assim que me viu.

— OI DODOLA! — Ela diz acenando para mim me fazendo sorrir.

— Oi Maria. — Digo. — Tudo bem?

Antes que ela pudesse responder o celular de Philippe começa a tocar freneticamente e ele fica meio pálido ao olhar no visor do celular.

— Você pode segurar ela pra eu atender? — Ele me pergunta e eu assinto.

Estendo os braços e Maria se joga neles o que me deixou surpresa já que ela só havia me visto uma vez. Me sentei com Maria no sofá e lhe dei o meu celular e ela começou a brincar com o filtro do snapchat e acabou se distraindo.
Quando Philippe voltou para dentro ele estava pálido e desabou no sofá, eu vi as lágrimas brotarem em seus olhos e logo os meninos se amontoaram ao lado dele e eu escutei ele dizer:

— Eu vou precisar ir pro Rio. — Ele disse entre os soluços. — A Aine...

Me levantei na hora e me aproximei dele, os meninos abriram espaço e eu me agachei em sua frente, Maria em um gesto singelo segurou o rosto do pai e secou suas lágrimas.

— Não chola papai.

— O que aconteceu com ela Couto? — Neymar perguntou.

— Ela morreu Juninho, em um acidente de carro. — Ele disse e mais lágrimas brotaram. — Bateram no carro dela na ponte Rio Niterói e o carro capotou.

Eu não tive outra reação a não ser o abraçar forte.

→ DAYS  LATER

Os dias após aqueles foram corridos, Philippe precisou embarcar para o para o Brasil as pressas e eu pedi que ele deixasse Maria comigo, já que imaginei o quão pesado o clima estaria por lá, ele pediu para que eu ficasse em sua casa com a menina e apesar de não me sentir confortável lá dentro eu atendi seu pedido, a casa era enorme, eu levava e buscava Maria na escola e depois ia trabalhar, sempre falava com o pessoal pelo facetime, inclusive com Philippe que estava mais que desolado, em meu tempo livre procurava dar o máximo de atenção a Maria, já que as únicas companhias que ela tinha na casa eram eu, os cachorros de sua mãe e os empregados que á adoravam.