vinte e nove

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BAIOCHI PAULA

A casa de Philippe estava lotada, as crianças estavam dormindo no novo quarto de Maria, Philippe havia transformado seu quarto em um quarto para ela, dizia ele que era pra ela se sentir mais perto da mãe, mas ambos sabemos que ele não conseguia dormir ali, os casais ficaram pelos quartos de hóspedes e eu em um quarto com ele, segundo ele quando eu voltasse de NY, já estaríamos em uma casa nova, eu fiquei bem sem reação pois acho que estávamos indo rápido demais, mas ele disse que queria acompanhar de perto e não concordava comigo ficando sozinha naquele apartamento caso algo acontecesse e eu não fui capaz de rebater. Já havia amanhecido e eu sabia disso porque ele não parava de se mexer na cama me deixando desconfortável.

— Da pra você parar com o faniquito! — Digo e ele bufa e se senta ao meu lado.

— Eu quero logo saber o resultado! — Ele diz e eu rio.

— Você é um péssimo mentiroso Philippe. — Digo caminhando em direção ao banheiro.

Fecho a porta do banheiro e começo a escovar meus dentes e ouço ele se reencostar na porta do outro lado e diz:

— O que você quer dizer com isso? — Sua voz soa abafado.

Puxo a porta e ele cai sentado no chão por estar encostado na porta.

— Que eu sei que você chamou meus pais e estava com medo de eu descobrir e brigar, mas para sua sorte eu tenho outras milhões de coisas para me preocupar.

— Nem sei se eles vêm. — Ele justifica.

Passo por ele e entro no closet me trocando rápido colocando apenas uma de suas camisetas e um shorts, pego um de seus chinelos pois os meus pés estão tão inchados que nem cabem mais em nada, Philippe aparece de toalha na porta do closet e quando abre a boca eu o corto dizendo:

— Eu não estou brava com você e sei que eles têm direito de estar aqui, mas da próxima vez fala comigo. — Digo passando por ele lhe o deixando surpreso. — Vou arrumar a Maria para o café e acordar o pessoal.

— Você fica linda nas minhas roupas. — Ele diz.

— São as únicas que cabem em mim.

•••

Todos estavam sentados nos fundos, o café da manhã já estava no fim, as crianças corriam em volta da piscina e eu estava sentada ao lado de Bruna que estava com um enorme pote cheio de melancias.

— Eu ainda não acredito que você trouxe uma melancia do Brasil. — Digo e ela ri.

— Ultimamente é a única coisa que eu como.

— Que dieta louca em.

— Não é dieta, é só uma vontade incontrolável de comer melancias.

— Hum.

— Nem começa Paula!

— Eu não fiz nada! — Digo levantando os braços.

— Fez a cara do diagnóstico. — Ela disse e todos pararam para me observar.

— O que?

𝐁𝐀𝐂𝐊 𝐓𝐎 𝐘𝐎𝐔 | PHILIPPE COUTINHO [𝘧𝘪𝘯𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘥𝘢]Onde histórias criam vida. Descubra agora