8° Capítulo

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Capítulo narrado pela Micaela " A surpresa "

Ontem depois de ter explorado a casa do Daniel, fiquei exausta que logo apos do jantar fui dormir em sono profundo e cheio de promessas boas.

Na manhã seguinte, de todos fui a primeira ao acordar, ainda precisava me familiarizar com aquele novo ambiente. Um quaro grande com um banheiro só para mim, isso é gratificante e tenho de aproveitar bastante. Não sei quando é que vai durar tanta bondade de um quase desconhecido por mim.

Fui ao banheiro e fiz a minha higiene. Saí, fui a cozinha, comprimetei o Vicente que estava lá preparando o café da manhã.

- Bom dia Vicente. Como estás? -indaguei sorridente. Não tinha motivos para estar numa manhã daquelas aborrecida com a vida. Eu dormi muito bem e acordei bem humorada. E bem disposta para trabalhar. Pena que não tenho nada para fazer.

- Bom dia linda... Como foi a tua noite? -perguntou ele sorrindo e parando com seus afazeres.

- Muito bem passada. E a tua? -questionou ela pegando em uma maçã.

- Eu tranquilamente como sempre menina.

- Não queres que eu te ajude? -ofereceu se ela para ajuda-lo.

- Já estou quase a terminar. Mas podes indo colocando a mesa que daqui a nada o senhor Daniel Chega para o café da manhã.

- Ele é rígido?

- As vezes.

- Chato?

- Quando é necessário!

- Casado?

- Não que eu saiba nunca vi mulheres nesta casa. Exceto você e a tua tia claro.

- Hummm. "Será que ele não é casado de verdade? Não que eu queria mudar esse status dele. É que, parece um pouco estranho para um homem daqueles".

- Ajude com os talheres...

- Ta!

Depois de alguns minutos, a mesa já está feita e ouvia-se paços vindo da direção da cozinha para a sala de jantar. Era a tia Miranda e pela cara dela, a noite passada não dormira muito bem.

- Bom dia tia... Como foi a noite? -levantei e fui abraça-la. Aliás, o meu objetivo era esse.

- Não toque em mim sua pirralha. -bravejou ela. Logo nesta manhã?!

Que mal eu fiz a esta senhora afinal? Porquê ela tanto odeia-me?

Sem querer discutir, voltei ao meu lugar ficando em silêncio. Só faltava o Daniel chegar para comermos.

- Podem servirem-se. O senhor Daniel disse que não chegaria cedo para o café da manhã.

- Ele não está em casa? -indaguei. - Pensei que ele estivesse dormindo ainda. -concluí.

- Porquê te preocupas com ele? Ele nem da tua família é! -disse a minha tia servindo-se.

- "Realmente há pessoas que nunca mudam". -pensei em voz alta. - Ao invés de agradecer por ele ter nos convidado para morarnos com ele, falas assim?

- Agradecer? Só se for você! -murmurou a Miranda dando a primeira mordida no pão.
No fundo ouviu se o som da porta abrindo. Imediatamente fiquei alerta. Talvez eu não devesse preocupar-me e ficar tranquila, pois pode ser o Daniel.

- Bom dia... -disse ele com a voz grossa. E em seguida depositou um beijo na minha teste. -o que para mim significou muita coisa. Beijo na testa para mim tem um sentimento bom e profundo. É uma forma de carinho que quase tinha esquecido. 

- Bom dia. -saudei.

- Como foi a tua noite? Dormiste bem? -indagou ele.

- Dormi sim. E você?

- Tranquilamente bem.  Tenho uma surpresa para ti!

- E a mim? Não perguntarás como passei a noite? - indagou a tia Miranda.

- Bom dia Miranda. Acreditas que nem tinha notado a tua presença?

- Ha... Sim, claro que não tinhas notado. Mas agora que notaste podes indo perguntando! -exigiu ela.

- Ha... Ha... Ha... Ha... Vai sonhando. -disse ele debochando da cara dela.

Desde quando eles estavam assim? Porquê estão chateados um com o outro?

- Sim, como eu estava dizendo, tenho uma surpresa para ti!

- Da última vez que alguém disse isso, fiquei congelada sem conseguir sair do lugar.
Lembro-me do dia que a tia Miranda chegou do hospital feliz, dizendo que tinha uma supresa para contar-me. E foi a tal surpresa que destruiu a minha vida. Tudo o que eu tinha planejado e sonhado, desapareceu naquela surpresa. As palavras ainda encontram-se cravadas na minha cabeça.
- O teu queridinho papai faleceu. -no momento pensei que ela estivesse a blefar. Pensei que fosse brincadeira.

- Aposto que acabaste de lembrar da tua última surpresa. -debochou ela sabendo o quanto daquilo magoava-me.

- Miranda, pare já com isso. -vociferou o Daniel. - Olha, eu não sei de que surpresa vocês estão falando. Mas acredite, não é nada que vá prejudicá-la. Pelo contrário. Gostarás bastante.

- Então desembuche logo que estou morrendo de curiosidade. -disse tia Miranda.

- Primeiramente, a surpresa é para ela e não para ti. Segundo, se quiseres terminar o teu café na minha casa, mantenha-te de boca fechada. OK? - disse Daniel indiferente á ela.

- O quê aconteceu convosco, porquê estão briguentos esta manhã? -indaguei querendo saber.

- Isso não importa querida. Agora coma que estou para levá-la a um sítio que será do teu agrado.

"- Tomara que seja em um bordel"
Olhei-à incrédula. Eu não ouvi isso! Mas porquê ela desejaria isso a mim? Qual maldade eu causei a ela? Porquê ela sempre tem de desejar o pior para mim sendo que eu desejo sempre o bem a ela?
Percebendo ela que eu escutei aquilo, levou a mão à boca fechando a mesmo.
- Miranda, saia agora já daqui antes que eu lhe machuque. -disse Daniel indignado. Também não era para menos. Eu sei que ela não gosta de mim, mas porquê desejar-me o pior? O que foi que eu fiz a esta senhora? Porquê ela odeia-me tanto? Porquê?

VENDIDA A UM ESTRANHO (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora