PRÓLOGO

678 21 1
                                    

     Era uma noite estrelada, onde bem no fundo ouvia-se passos de homens armados perseguindo a bela jovem que encontrava-se foragida do seu dono, seu chefe que um dia fora um pretendente que prometeu, dar-lhe o melhor e um futuro seguro ao seu lado seguindo pela eternidade como sendo marido e mulher.

     Maria, encontrava se agachada, escondendo-se dos homens que a perseguiam sentindo dores na barriga, dores extremamente agressivas. Agoniada com tudo aquilo, ela sabendo do seu estado, tentou manter o maior silêncio por um motivo maior. Havia algo que ela precisa proteger e cuidar. Era obrigação dela sobreviver daquelas dores teriveis para que nada de mau, lhe acontecesse ou ao que lhe estava causando aquelas dores fortes. Talvez aquela fosse a hora dela trazer ao mundo um filho de uma aberração que um dia o chamara de "amor". Ela odiava a ideia de ter que parir um filho de alguém como aquele homem. Mas isso não queria dizer que ela odiava o filho. Não... Era aquele filho que dava esperanças a ela, talvez em meio de muitos problemas existisse um motivo de felicidades, de alegria e que essa alegria fosse o motivador das esperanças que já não se faziam presentes no seu interior a 9 meses atrás.

     - Eu consigo, eu aguento, eu sou forte. -ela repetia essa palavras no seu interior, tentando manter a dor e o disispero dar a luz, no meio do nada. Atrás do contentor azul que continha lixo.

     E foi naquele momento em que os homens que lhe perseguiam passaram apressados pela esquina deixando um alívio a ela para que continuasse com a sua fuga.

      - Deus está connosco. Nada nos irá acontecer meu bebê. -disse ela levantando e acariciando a sua barriga gigantesca e com esperança de talvez achar uma casa ou alguém que a possa ajudar.

     Em paços bem largos, ela correu tendo cuidado pelo chão. A qualquer descuido dela, ela correra grande perigo de aconteceu algo grave a ela e a filha. Continuando ela, correu sem olhar atrás apenas mantendo o foco de ser ajudada e não ser pega foragida. E foi numa dessas que ela caiu... Bateu com a cabeça na perda que ela não tinha notado a segundos atrás. E foi nesse sufoco que o sangue não parava de jorrar pela sua cabeça e nesse exacto momento sentiu um líquido entre as pernas, molhando as poucas vestes que trazia consigo. Ela não estava mais aguentando, aquele parecia ser o seu fim. O fim pelo qual não desejava ao seu filho. Talvez ela não se importasse mais com ela. Mas com o filho ela se importava e muito.

     - Meu filho... Meu bebê... -lamentou ela entre soluços.  - - Por favor, alguém me ajude! Por favor. -implorou pela ajuda com um tom franco de voz que ainda lhe restara. - Por favor... Alguém me ajuda. -tentou ela ajeitar-se no chão. A noite estava fria, e o chão também estava congelando. Mas naquela momento, isso não importava a ela. Ela tinha que ser forte pelo filho. E ela tentou, gritou, implorou, suplicou pela ajuda e mesmo assim, não fora atendida. Ninguém ouvia a sua voz. Ninguém nem si quer passava daquele beco para socorrê-la. E com as suas últimas forças e suspiros ela pediu...

     - Deus, não permita que meu filho morra. Cuide dele para mim. Por favor...

     E com essas palavras, todo tornou se escuro na sua face... Não sentia mais dor, não estava chorando, não sentia mais nada. Ela estava leve. Mas lá no fundo da sua alma, fazia se sentir a culpa de ela não ter sido capaz de proteger algo importante que estava ainda em seu ventre. - Adeus vida injusta!

VENDIDA A UM ESTRANHO (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora